quarta-feira, 30 de maio de 2012

O EXÍLIO DE PALUMBO


PUBLICADO NO JORNAL DE HOJE, NA COLUNA "CENA URBANA" DO JORNALISTA VICENTE SEREJO.

                                                Giácomo Palumbo
Outro dia, não faz muito tempo, andei reclamando aqui dos antigos feriados que encontrei num velho Alrnanaque de Lembranças, de 1929, e que há anos cochila nas prateleiras deste pequeno armazém de livros velhos e de ocasião. Figuras e datas abandonadas por esta cidade sem memória que esquece seu próprio passado nas gavetas empoeiradas dos arquivos. Menos de uma sema­na depois, fui encontrar nas páginas deste JH o artigo de Ormuz Barbalho Simonetti sobre o exílio do arquiteto Giácomo Palumbo.
         Digo exílio, Senhor Redator, para não ser indelicado com os viventes daquela ruela. Também moro numa rua assim, pequena e estreita, mas não há nada em mim que justifique uma avenida. Já com Palumbo aquela ruela p­xima ao cruzamento da Presidente Bandeira com São José, é um exílio do seu Plano de Sistematização. Nem um lugar em Tirol ou Petrópolis a cidade encontrou para homenageá-lo com dignidade. Tem apenas seu nome numa placa de rua onde ninguém sabe quem ele é e nem o que fez.
         Não preciso lembrar sua história toda contada que foi por Ormuz Barbalho Simonetti, mas destaco um detalhe que ele ressaltou e que fixa com todos os traços e cores o retrato trá­gico de uma cidade ainda tão desmemoriada. Conta nosso historiador dos iluminados verões de Pipa que um dia, no ano da graça de 1972, o chefe do arquivo geral da Prefeitu­ra, certamente aborrecido com tanto papel velho, fez oficio ao eno secretário do planejamento solicitando permissão para incinerar o que julgava imprestável e inútil.
Contam que veio a resposta concordando, e assim foi feito. Imagino as chamas devorando tudo, os processos, mapas, fotografias, certidões e relatórios. Era a própria his­tória da cidade crepitando nos olhos do burocrata ordeiro e exemplar. Nada restou, a não ser um arquivo limpo e varri­do, inútil por não saber contar, com documentos históricos, a evolução urbana da cidade. E de Palumbo, a placa numa rua longe do mundo que ele criou, sem inscrição nenhuma. Num exílio injusto, sem glória e sem consagração.
Foi assim com o sítio histórico da Rampa, hoje partido ao meio, para no seu chão histórico agora se erguer uma construção modernosa, a sede do III Distrito Naval. E como se já não bastassem as grandes áreas militares que cercam o perímetro urbano da cidade. A então governadora Wilma de Faria consentiu sob o silêncio da Fundação José Augusto, ale­gando que a representação local do· Patrimônio Histórico tombou apenas a sede da Rampa, na sua clara demonstração de insensibilidade e, mais que isto, incultura.
Tem razão Ormuz Barbalho Simonetti quando pro­testa diante do espaço que a cidade reservou a um dos planejadores do seu desenvolvimento urbano. Não tem lima herma, uma estátua, um monumento, um pequeno jardim, uma rua, uma avenida, nada. Pior: a área de Tirol e Petrópolis sequer foi tombada. Seus canteiros largos estão sendo rasgados para estacionamentos. E ali na Afon­so Perna com a Jundiaí um nio inventou a bestialidade de um contra-fluxo, sinal perfeito da mentalidade moder­nosa que nos cerca.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

GIÁCOMO PALUMBO- UM ESQUECIMENTO IMPERDOÁVEL

                                                          Giácomo Palumbo

Um dos documentos mais importantes da história da cidade de Natal é o Plano de Sistematização, elaborado em 1929 pelo arquiteto Giácomo Palumbo.


Formado na Academia de Belas Artes na França, nasceu na Grécia no dia 2 de fevereiro de 1891. Chegou ao Brasil em 1918, indo morar inicialmente em Recife. Lá construiu várias edificações, entre elas a Ponte Duarte Coelho, considerada até hoje um dos cartões postais da cidade. Posteriormente muda-se para a Paraíba, onde também realiza várias obras durante o governo de João Pessoa.


Chegou a Natal nos anos 20, procedente da Paraíba, e logo foi contratado pelo Intendente Municipal (prefeito), Omar O’Grady, para realizar um plano de Sistematização da Cidade, de acordo com a resolução n° 304, de 6 de abril de 1929. O contrato foi assinado no dia 22 do mesmo mês. Na ocasião disse o Intendente O’Grady: “ era este plano, no meu pensar, uma necessidade inadiável...”


Nesse mesmo ano, o prefeito, que também era engenheiro Civil, formado nos Estados Unidos, preocupado com o ordenamento da cidade, institui a Lei n° 4 que “dispõe sobre construções, reconstruções, acréscimos e modificações de prédios”. Esta lei tornou-se o primeiro instrumento legal a fazer o zoneamento da cidade.


Conhecido apenas como Plano Palumbo, até os dias de hoje, são grandes os benefícios embelazadores da nossa capital. Para se não falar dos aspectos de modernidade inseridos no seu famoso planejamento arquitetônico. O seu principal objetivo era criar uma cidade planejada, e com pensamento voltado para o futuro. Com um traçado urbanístico moderno e eficaz, com forte influência Européia e Norte- americana, definia e distribuía funções administrativas, comerciais e industriais. Nos bairros residenciais, preocupou-se com o embelezamento, arborização e lazer de ruas e avenidas. Os bairros eram ligados por largas avenidas com espaços públicos destinados ao lazer. Tirol e Petrópolis foram os bairros que mais se beneficiaram com o Plano, muito embora alguns historiadores defendam que esses bairros foram criados a partir do bairro de Cidade Nova, como eram chamados os bairros de Tirol e Petrópolis, criado pelo Plano Polidrelli em 1904, durante o governo de Alberto Maranhão.


O arquiteto Palumbo projetou uma cidade para 100 mil habitantes, tendo atingido esse número já no ano de 1950, possivelmente com o meu nascimento, ocorrido no dia 6 de dezembro daquele ano.


Entretanto, a revolução de 1930 tirou do poder os idealizadores desse plano, o que impediu a continuidade na sua completa implantação.


Até hoje, apesar de buscas feitas por diversos pesquisadores, ainda não se tem notícia dos originais dessa peça histórica. Em 1977, o Diário de Natal publicou uma matéria onde informava que os originais foram criminosamente incinerados. Dizia à matéria que o então chefe do Arquivo Geral da Prefeitura de Natal, Severino Césio Pereira Dantas, enviou no dia 7 de fevereiro de 1972 ao então Secretário de Planejamento, Efren Lima, um memorando onde solicitava autorização para incinerar documentos, ditos antigos. Fazia parte dessa solicitação todos os documentos sob a guarda da Prefeitura, produzidos entre os anos de 1898 a 1950, juntamente com o material (?) que se encontrava “jogado” em um sótão, em cima do Mercado das Rocas, onde o chefe do arquivo dizia encontrar-se em “estado não prestável”. Não se sabe se a esdrúxula solicitação foi atendida. O fato é que existe grande possibilidade de o Plano Palumbo ter sido incinerado juntamente com esses documentos, já que o mesmo datava de 1929, por conseguinte condenado pelo servidor, a ser transformado em cinzas.


Portanto, já vem de longe o desrespeito que administradores e a população em geral têm com documentos antigos e com todas as formas de cultura em nosso Estado. Não custa lembrar, que o povo que não se preocupa em preservar o seu passado, certamente não terá um bom futuro.


Quanto ao grande arquiteto Giácomo Palumbo, os administradores da cidade de Natal foram “bastante generosos” e lhe prestaram uma grande e merecida homenagem. Para isso, puseram seu nome em uma ruela localizada próximo ao cruzamento das ruas Presidente Bandeira com a São José. No mapa, a tal ruela é tão pequena que não deu pra escrever o nome. Com apenas algumas pequenas residências de um lado e do outro lado, galpões onde funciona uma distribuidora. A ínfima ruela, não faz jus ao grande arquiteto que teve reconhecida importância no traçado urbanístico de nossa cidade.


Com o advento da Copa do Mundo, nossa cidade, que figura entre as doze sedes onde ocorrerá à disputa dos jogos, obrigatoriamente receberá várias obras importantes, principalmente na área de mobilidade urbana. Fica aqui nossa humilde sugestão para que as autoridades responsáveis corrijam essa imperdoável ingratidão, batizando pelo menos uma dessas obras em sua homenagem, dignificando o nome daquele histórico e grande profissional, além disso, trazendo à luz, a sua história de valoroso arquiteto, para que seja conhecida por todos os natalenses inclusive, aqueles que sabiamente adotaram a cidade de Natal para viver com suas famílias.










sexta-feira, 11 de maio de 2012

DO LIVRO "A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS"

        MINHA HOMENAGEM AO DIA DAS MÃES

                  

Dona Cirene Barbalho Simonetti era a mais antiga e assídua veranista da Praia da Pipa. Contava apenas três anos de idade quando chegou nesta praia pela primeira vez, em companhia de seus pais, no distante ano de 1926. Não podendo continuar com os veraneios na praia de Tibau do Sul, em virtude da cheia de 1924, meus avós escolheram a Praia da Pipa, poucos quilômetros ao Sul, como substituta. Desde então, Dona Cirene retornou religiosamente todos os meses de janeiro, pelos últimos 83 anos.
Tinha por essa praia um amor incondicional. Seu último veraneio foi em janeiro de 2009, quando sofreu uma isquemia e precisei socorrê-la às pressas, levando-a para Natal. Foi a mais longa viagem da minha vida, dadas as dificuldades que enfrentei durante todo o percurso. Depois desse incidente, nunca mais retornou à praia que tanto amava.Nasceu no dia 19 de abril de 1923, na cidade de Goianinha-RN. Passou sua infância entre o verdor dos canaviais que ondeavam o vale do “Engenho Benfica” e a cidade onde nascera. Como toda criança nascida nos antigos engenhos de cana-de-açúcar, passava boa parte do dia brincando com os irmãos entre a bagaceira, a casa das moendas e as formas de açúcar dispostas na “casa de purgar”.

                                                                          Carro de bois - Engenho Ilha Grande- Goianinha/RN



Quando criança, por várias vezes viajou dentro de caçuá em lombo de animal, do “Engenho Benfica” até a Praia da Pipa, onde passava com a família, o mês de janeiro. Fazia dupla com seu irmão Antônio (Tio Tonho), que adorava dizer que eram como irmãos gêmeos. Sendo praticamente da mesma idade, com apenas um ano de diferença, partilhavam alguns pertences. Um par de alpargatas servia para os dois. Quando um ia à cidade, o outro, resignado, ficava em casa.

Na adolescência, já demonstrava uma grande habilidade quando cavalgava do Engenho a Goianinha, distante poucos quilômetros.
Nos períodos de férias da Escola Doméstica, onde estudou por vários anos, retornava ao engenho e, livre da rigidez disciplinar, entregava-se de corpo e alma às mesmas brincadeiras de menina de engenho. Gostava de “pegar parelha” com os irmãos em desabaladas corridas no pátio, em frente à casa-grande, onde se lia no alto em letras graúdas “Vila Elvira”, em homenagem à minha avó, Elvira Macionila Barbalho. Nessa brincadeira, ela quase sempre saía vencedora, o que era motivo de zombaria aos que perdiam.Na época em que as viagens para a Pipa eram feitas a cavalo, mamãe ganhara de meu avô Odilon Barbalho um cavalo e lhe deu o nome de “Trinta e Um”. Montada em cilhão, desafiava os irmãos ou primos a disputar corridas ao longo de toda a viagem.
                                                          Vila Elvira - Engenho Benfica- Goianinha/RN

Nas longas conversas que tivemos, sempre recordava saudosa de momentos felizes de sua infância. Contava que gostava de procurar ninhos de pássaros nos arvoredos próximos à casa grande, tomar banho nas tapagens – barragens feitas nas levadas para aguar os partidos de cana-de-açúcar –, ou simplesmente de contemplar o céu em dias ensolarados, tentando adivinhar figuras que se formavam nas nuvens de algodão. À noite, procurava no céu escuro estrelas cadentes para a elas fazer pedidos ou lhes contar seus segredos de criança. Falava do quintal da casa grande – cheio de mangueiras, goiabeiras, araçazeiros, laranjeiras e uma jabuticabeira em que, frequentemente, subia para se esconder dos irmãos, ou quando queria simplesmente ficar sozinha. Lá mais para o fim do quintal, perto do rio, touceiras de cana caiana e flor de cuba, onde gostava de chupar seus roletes molinhos e doces. Ao lado da casa, um grande pé de cajá-manga onde todas as manhãs reuniam-se sanhaços, xexéus, galos de campinas, canários da terra e tantos outros pássaros que gorjeavam, saudando o milagre do amanhecer de mais um dia.
                                                                           Engenho Benfica - Goianinha/RN

Dizia que ainda podia sentir o cheiro doce do caldo da cana cozinhando nos grandes tachos de bronze, para fazer o açúcar mascavo. Logo as lembranças lhe chegavam com tamanha intensidade que, por diversas vezes, pude observar em seu semblante que, em devaneios, revivia aqueles momentos, ao tempo em que os pensamentos voavam para o velho engenho. Falava do rangido das moendas amassando a cana, do caldo escuro escorrendo para os tanques de armazenamento, do bagaço sendo transportado pelos animais que, arrastando um couro de boi, levavam para o pátio o que sobrava das moendas. Quantas vezes, em brincadeiras com outras crianças, subia naquele couro junto com o monte de bagaço para ser levada também até o pátio. Recordava-se do feitor que aos berros, dirigia homens e animais, naquele frenético vai e vem de burros, cambiteiros e puxadores de bagaço. Lembrava do mestre de açúcar e descrevia seus movimentos precisos, transportando de um tacho para outro o caldo quente que, cada vez mais apurado, ia se transformando em açúcar. O cheiro doce do mel de furo escorrendo das formas de açúcar que descansavam na casa de purgar.

Quando criança, chegou a morar um tempo na casa do meu pai e seu cunhado, Arnaldo Barbalho Simonetti, na cidade de Macaíba, recém casado com sua irmã mais velha, Inaldy Barbalho. Com apenas 11 anos de idade, foi ajudar a irmã que descansara de seu primeiro e único filho, Dante Simonetti. Quis o destino que tempos depois, com a morte prematura da irmã, viesse a se casar com Arnaldo, que também era seu primo legítimo.
No início de seu casamento morou em São José de Mipibu, onde nasceram três de seus filhos, inclusive eu. Outros dois nasceram em Natal.
Ela gostava de recordar o tempo das campanhas políticas, quando em 1947 meu pai elegeu-se deputado à Assembleia Constituinte.Teve cinco filhos e foi muito feliz durante cinquenta anos que permaneceu ao lado daquele homem, treze anos mais velho. Ela o amou e respeitou até o último dia de sua existência aqui na Terra.                                                                 Praia da Pipa/RN                           

Não gostava de seu nome. Dizia ter sido um viajante, que em passagem pelo engenho, vendo minha avó grávida, sugeriu o nome. Ela ainda completava: “Que falta de sorte!” Ultimamente, por brincadeira, eu só a chamava de CIRLENE e ela dizia: “Esse, sim, é mais bonito!”.A alegria era sua principal característica que, embora contrapondo com a sisudez de papai, nunca foi por ele reprimida. Nos veraneios da Pipa, sempre promovia brincadeiras para distrair a família. Incentivava o roubo de galinhas nas casas dos parentes e que viravam tira-gostos de uma boa cachaça e animavam os banhos de mar à luz de lampiões ou em noites de lua clara. Todos os veraneios, volta e meia, gostava de reunir no alpendre da sua casa amigos e parentes para degustar seu maravilhoso “arroz doce”, feito com açúcar mascavo.
Como todo ser humano, também teve suas dores e decepções. A perda do meu pai foi um grande golpe em sua vida. Tempos depois, perdia dois dos seus amados filhos. Ninguém deveria sepultar os filhos. A recíproca é verdadeira. O caminho natural é que os filhos sepultem seus pais. Quando a mão de Deus interfere nessa trajetória, a dor é incomensurável. Só alguém que a sentiu, pode avaliá-la. Rogo a Deus, para que nunca me aconteça tal infortúnio.
Nos últimos 10 anos estive muito presente na vida da minha mãe. Durante esse tempo, pelo menos em cinco dias da semana, almoçávamos juntos. Após as refeições, ficávamos a conversar. Ela gostava de lembrar a infância na casa-grande do Engenho Benfica, dos meses de julho que passava na fazenda “Lagoa Nova”, propriedade que meu avô possuía no município de Santo Antônio.

                                                                D. Cirene em seu alpendre na Pipa/RN


Adorava cantar e ouvir músicas. Tinha uma grande coleção de CDs e gostava de dormir ouvindo seus cantores preferidos, dentre eles: Roberto Carlos e Trio Iraquitã. Declamava poesias aprendidas quando criança nos bancos do Grupo Escolar Moreira Brandão. Lembro que nos emocionava quando recitava, sem tropeços, a poesia que mais gostava:  “Pássaro Cativo” (Olavo Bilac, 1929). “Arma-se em um galho de árvore um alçapão e em breve uma avezinha descuidada, batendo as asas cai na escravidão[...]”.  
Depois da isquemia, ela foi ficando mais calada. Já não tinha a vivacidade de outrora. Sempre que terminávamos o almoço, pedia para se deitar. Às vezes ficava calada durante toda a refeição. Eu sempre procurei entendê-la e respeitar aquele momento, muito embora me doesse profundamente vê-la com o olhar perdido, mergulhada em seus pensamentos. Entretanto, eu sabia que a minha simples presença ao seu lado trazia-lhe conforto e segurança. Ficávamos ali, sentados, em silêncio, até que ela pedisse para se deitar.Ultimamente, vez por outra, dizia que estava com muita saudade de papai e que tinha sido muito feliz no casamento. Lembrava dos parentes já falecidos e coisas dessa natureza. Outras vezes apenas dizia: “Meu filho, estou muito velha e cansada!”. Parece que Deus, na sua divina sapiência, dota as pessoas, em momentos de suas vidas, de conformação. A ideia da morte já não as assusta. Inconscientemente, ela sabia que já tinha cumprido sua missão aqui na Terra.No último dia 8 de fevereiro ela partiu. Seu semblante era tranquilo e refletia a paz dos justos. Não se observava em seu rosto qualquer traço de sofrimento. Dormia como tantas vezes a vi dormir em seu quarto, que há algum tempo tinha se transformado em seu refúgio preferido. A exemplo de meu pai e meus dois irmão, foi contemplada com a partida sem sofrimento e hoje está reunida em comunhão com todos os parentes e amigos, ao lado do Criador.
Obrigado, mãe, pelo amor que nos dedicou, pela alegria que nos contagiou, pelo exemplo que nos deixou e por todos esses anos felizes que vivemos ao seu lado.