Por: Carlos
Roberto de Miranda Gomes - secretário Geral do IHGRN
A propósito do
aniversário dos 112 anos do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO
NORTE, que transcorrerá no próximo dia 29, vimos tecer algumas considerações esclarecedoras
aos nossos associados e à sociedade em geral.
Há exatamente
um ano assumiu uma nova Diretoria do IHGRN e desde então passou a dar
expediente diário no anexo do Instituto, cuidando dos inúmeros problemas
decorrentes da importância de manter em funcionamento uma Entidade de tão magna
importância, sem contar com uma receita ordinária regular, carecendo de apelos
às pessoas abnegadas e às organizações privadas e públicas, bem assim do
desembolso dos próprios dirigentes.
Em verdade
logramos um relativo êxito conseguindo colocar em dia as obrigações de custeio
e fiscais e obtendo numerário para dar início aos serviços de manutenção
indispensáveis para a preservação física do prédio e do seu rico acervo.
O trabalho foi
iniciado, preparando-se uma sala para abrigar comissão responsável para o
inventário dos documentos, obras e peças do Instituto e dando início aos
serviços de pintura, colocação de vidros quebrados, climatização e recuperação
do auditório que estava sem condições de uso em razão de depressão do piso e
danificação quase total, então não visível, pelo fato de estar coberto com um
carpete.
Feita a remoção
e compactado o aterramento, que estava tão inconsistente a ponto de permitir a
introdução fácil de uma barra de ferro e, quando já se pensava em colocação de
um piso novo eis que surge um “denunciante invisível” e provoca o IPHAN que
logo tratou de lavrar auto de infração e o embargo do serviço, causando um
transtorno inusitado.
Este fato
ocorreu em novembro do ano passado e até agora não teve desfecho, fazendo com
que tenha ficado diminuído o espaço útil do Instituto, causando prejuízos aos
usuários, além de danos patrimoniais, pois já aconteceram três furtos de
equipamentos e a implosão espontânea de uma porta de vidro em razão do fechamento
do recinto e agora se agravando com a chegada o inverno com a penetração de
água pelas janelas sem vidro e infiltração nas paredes sem reparo.
Nosso propósito
era ter tudo pronto em dezembro de 2013, mas não foi possível. Agora as comemorações dos 112 anos e
também não temos condições de realizar a solenidade na nossa Casa da Memória, em
face de ainda persistir o embargo. Também está suspenso o trabalho do
inventário do acervo.
Contudo, decidimos
enfrentar a realidade e vamos comemorar a efeméride em outro local, contando
com a compreensão do Pároco da Matriz de Nossa Senhora da Apresentação que nos
cedeu o prédio do Centro Pastoral Dom Heitor de Araújo Sales, na mesma rua da
Conceição, nº 615, quase em frente ao nosso vetusto prédio.
É bem possível
que esse denunciante incógnito não tenha noção do quanto a sua atitude à
sorrelfa tenha causado em prejuízo para a Secular Instituição de Cultura.
Estamos à mercê
dos porões da burocracia na expectativa de uma graça de que possamos retomar o
sonho de uma gestão profícua e revolucionária para os pesquisadores e
visitantes do velho Instituto.
Ainda não
perdemos a esperança e continuamos firmes no expediente diário, fazendo o que é
possível fazer, sob o comando firme do Presidente Valério Mesquita, mesmo sem
qualquer retribuição financeira, somente pelo amor à cultura e preservação da
documentação histórica da terra potiguar.
PRESTIGIEM A
NOSSA FESTA!