ASSIM ERA JOÃO PRIMÊNIO
Li há poucos dias no jornal “Tribuna do Norte” uma crônica da série que vem sendo escrita pelo historiador Ormuz Barbalho Simonetti acerca da Praia da Pipa e de sua gente. Desta vez, no entanto, o personagem da história era o seu primo João Primênio Barbalho Simonetti, magistrado com todos os dons indispensáveis à prática da Justiça: tranqüilo, ponderado, simples, equilibrado, inteligente, ético sobretudo.
Não tive com ele mais aproximação. Mesmo assim o admirava porque a sua estatura de magistrado o fazia admirar. O que a respeito de sua crônica contou Ormuz retrata, com excepcional exatidão, com a mais absoluta fidelidade, a personalidade do Dr. João Primênio: nada o alterava, nada ameaçava o seu equilíbrio.
Um seu gesto quando eu ainda engatinhava como advogado fez-me responsável pelo profissional que eu teria que ser.
Em um fim de tarde quando eu chegava ao fórum, ao tempo em que se encontrava instalado num pardieiro da Av. Rio Branco. Procurava fazer entrega no então 3° Cartório Cível, do qual era escrivão o meu saudoso amigo Fernando Carvalho, da inicial de uma ação. Sentado ao fundo da sala se encontrava o Juiz João Primênio. Ao ver-me indagou: “A petição esta distribuída a mim?” Confirmada a distribuição, pediu-me para levá-la até onde ele se encontrava. E ai, retirando do bolso a sua caneta lançou o clássico despacho: “Como pede”. Eu surpreso disse-lhe: “Dr. João Primênio o senhor sequer leu a minha petição para despachá-la... E ele interrompendo o que lhe dizia, foi peremptório: “Sei que o senhor não pede uma indignidade.”
Realmente, era assim o correto magistrado João Primênio Barbalho Simonetti que conheci.
Eider Furtado
Advogado
Li há poucos dias no jornal “Tribuna do Norte” uma crônica da série que vem sendo escrita pelo historiador Ormuz Barbalho Simonetti acerca da Praia da Pipa e de sua gente. Desta vez, no entanto, o personagem da história era o seu primo João Primênio Barbalho Simonetti, magistrado com todos os dons indispensáveis à prática da Justiça: tranqüilo, ponderado, simples, equilibrado, inteligente, ético sobretudo.
Não tive com ele mais aproximação. Mesmo assim o admirava porque a sua estatura de magistrado o fazia admirar. O que a respeito de sua crônica contou Ormuz retrata, com excepcional exatidão, com a mais absoluta fidelidade, a personalidade do Dr. João Primênio: nada o alterava, nada ameaçava o seu equilíbrio.
Um seu gesto quando eu ainda engatinhava como advogado fez-me responsável pelo profissional que eu teria que ser.
Em um fim de tarde quando eu chegava ao fórum, ao tempo em que se encontrava instalado num pardieiro da Av. Rio Branco. Procurava fazer entrega no então 3° Cartório Cível, do qual era escrivão o meu saudoso amigo Fernando Carvalho, da inicial de uma ação. Sentado ao fundo da sala se encontrava o Juiz João Primênio. Ao ver-me indagou: “A petição esta distribuída a mim?” Confirmada a distribuição, pediu-me para levá-la até onde ele se encontrava. E ai, retirando do bolso a sua caneta lançou o clássico despacho: “Como pede”. Eu surpreso disse-lhe: “Dr. João Primênio o senhor sequer leu a minha petição para despachá-la... E ele interrompendo o que lhe dizia, foi peremptório: “Sei que o senhor não pede uma indignidade.”
Realmente, era assim o correto magistrado João Primênio Barbalho Simonetti que conheci.
Eider Furtado
Advogado
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