Estimados amigos,Comparo o lançamento de um livro ao nascimento de um filho. Digo isso por ter tido a graça da emoção do nascimento de três lindos filhos e o lançamento do meu segundo livro. Quatro longos anos se passaram para a chegada do segundo livro, intervalo muito menor com relação ao nascimento dos meus filhos. Dos filhos tive pressa, quanto aos livros, não.O esmero, a paciência, a dedicação que resultaram em horas indormidas para a produção de uma obra literária, são fatores primordiais para o resultado final dessa obra, que culmina com a festa do lançamento, onde partilhamos nossa emoção no abraço aos amigos.Portanto, gostaria de agradecer a todos os que compareceram a Academia Norte-riograndense de Letras na noite do dia 25 de outubro e partilhar comigo de um dos dias mais felizes de minha vida.O dia 25 de outubro também é dedicado ao Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, primeiro santo brasileiro.Abraço carinhoso a todos,Ormuz Barbalho Simonetti
terça-feira, 30 de outubro de 2012
LANÇAMENTO DO LIVRO "A PRAIA DA PIPA DO TEMPO DOS MEUS AVÓS"
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
A PRAIA DA PIPA DO TEMPO DOS MEUS AVÓS - O LIVRO
Caros amigos(as)
No próximo dia 25 de outubro -
quinta-feira – às 19:00, nas dependências da Academia Norte-Riograndense de
Letras, à Rua Mipibu n° 443, Petrópolis - Natal/RN, estarei lançando o livro "A PRAIA DA PIPA DO TEMPO DOS MEUS AVÓS".
O livro é composto de 406 páginas com
histórias e estórias reais e interessantes. Adornadas com 428 imagens, entre
fotos, telas e ilustrações, ajuda ao leitor a vivenciar as histórias e estórias
ocorridas em um tempo que costumo me referir como “tempo da delicadeza”.
Durante o evento, será servido um
coquetel aos presentes.
Solicito aos amigos, que repasse esse CONVITE para todos os seus contatos, ajudando
assim a divulgação do evento.
Abraços a todos,
Ormuz Simonetti
domingo, 14 de outubro de 2012
CARTA DO POETA FÉLIX CONTRERAS AO PRESIDENTE DA UBE AGRADECENDO SUA ESTADIA EM NATAL
Em minha já longa vida literária,
cultural, intelectual por tantos povos, cidades e países, nunca antes tinha
recebido tamanha demonstração de afeto, expressões de alto espírito, arte
e sensibilidade, como as recebidas na cidade de Natal/RN.
Aqui deixo meus agradecimentos saídos
desta grande saudade que já sinto muito próxima aos grandes poetas Horácio
Paiva, Eduardo Gosson e Diógenes da Cunha Lima, Lúcia Helena, Alberto Cícero
(na sua Douce France), à Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, Carlos Gomes, Ormuz
Simonetti, Betânia Ramalho (Secretária de Educação e Cultura do Estado),
Zelma Furtado (presidenta da Academia Feminina de Letras do RN – tão bonita na
mesa de honra), Geralda Efigênia, Rubens Azevedo, Auzê Freitas, Janilson
Carvalho e seus “Devaneios.”Teresinha Rosso
Gomes, a Gianine Costa que me presenteou com o maravilho livro sobre o
seu pai, meu conterrâneo Isauro, ao pianista Humberto Muniz e suas mãos
mágicas, a Natal, minha adorada cidade bela, hospitaleira e ao seu povo bom, Ormuz
Simonetti (presidente do Instituto Norte-Rio-Grandense de Genealogia) Ana Maria
Melo, Simone Silva e Mariana, também a Prefeitura Municipal de Ceará
Mirim(Antonio Peixoto, e Edilson Rodrigues), Tribuna do Norte (Yuri e outros),
Diário de Natal (Sérgio e outros), ao Toinho Silveira, ao Hotel Holyday
Inn (George Gosson) com suas janelas abertas a olhar o Atlãntico, Liége
Barbalho que com muito amor e profissionalismo divulgaram este evento que
ficará na memória desta região que olha o mundo desde A TORRE AZUL do poeta
Horácio Paiva. Para todos de corpo presentes e não, meus beijos, abraços, mãos,
pés, olhos e saudades.
FContreras
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
SAUDOSAS LEMBRANÇAS
Hoje eu lembro com saudade o tempo que passou
O tempo passa tão depressa, mas em mim deixou
Jovens tardes de domingo tantas alegrias
Velhos tempos, belos dias
(Roberto Carlos)
Tenho saudade
dos veraneios das décadas de 70 e 80. Vez por outra, pego-me em saudoso
devaneio, lembrando-me daquela época. Isso ocorre principalmente quando vejo a
praia sendo tão maltratada por aqueles que teriam a responsabilidade dela
cuidar. As falésias, invadidas pelas pousadas, estão pontilhadas de cano de
esgoto, propiciando aos que por ali passam uma triste visão e a sensação de que
estamos perdendo a guerra contra esse tipo de pessoa. Em alguns pontos os canos
são bem visíveis. Indicam que ali não se tem nenhum respeito pela natureza nem
pelo próprio lugar onde se vive com a família.
Quando vejo
aquele pequeno pedaço de praia, que com certeza é a menor do Brasil, sem espaço
para os banhistas, apinhada de sombrinhas e de vendedores, causa-me um extremo
desconforto. É um verdadeiro mercado persa, onde se vende todo tipo de
mercadoria, desde alimentos de duvidosa higiene a roupas, artesanatos e,
ultimamente, mais uma modalidade de exploração comercial: o aluguel de cadeiras
e sombrinhas. A desorganização é total. Não existem regras para nada, ou pelo
menos não as percebemos. As sombrinhas de praia tomam conta de toda a pequena
orla. Os comerciantes do local, no afã de ganhar mais dinheiro, invadem o
pequeno espaço que os banhistas têm para se locomover, chegando a ponto de
colocar as sombrinhas até dentro d’água, acompanhando a vazante da maré. E tudo isso sob os olhos complacentes do
poder público, que nada faz para modificar essa situação.
Tenho
saudade, sim, daqueles veraneios de outrora, quando podíamos andar pela praia
sem termos que nos deparar com esse tipo de situação. Não quero, com isso,
dizer que sou contra o progresso, principalmente aquele que traz benefícios à
população. Todavia, sou terminantemente contra o progresso a qualquer custo – aquele
que é feito sem o mínimo planejamento, desorganizado, poluidor e destruidor,
que passa por cima de tudo e de todos, contanto que atinja seus objetivos
mercantilistas.
De uns tempos
para cá, o lema na Pipa constitui-se em: dinheiro e lucro a qualquer custo!
Tenho saudade
de quando andava pela praia, pisando na areia branca que, de tão alva e macia,
dava vontade de se deitar. Ainda posso ouvir o rangido fino que ela produzia,
quando pisávamos com mais força ou então quando corríamos sobre ela. Quantas
vezes, depois de uma noite de “serenatas”, ficávamos a conversar até alta
madrugada naquela areia... Por vezes, dormíamos ali mesmo. Não tínhamos medo,
pois não havia motivo para tal. Até o final da década de 90, não me lembro ter
acontecido na Pipa qualquer fato que envolvesse violência. Era comum pessoas
dormirem em suas casas com as janelas abertas, sem nenhum receio. E como era
bonito acordar bem cedinho e olhar os botes ancorados no porto! Naquele seu
indolente balançar. Quando os primeiros raios do sol surgiam por cima do morro
do Cruzeiro, revelavam toda a exuberância de um pedacinho da Mata Atlântica,
naquele tempo, totalmente preservada. Infelizmente, não posso dizer o mesmo nos
dias de hoje. Basta dar uma olhada à noite, para ver o foco das luzes dentro da
mata que cobre o morro, para que se percebam as construções que lá existem.
Irregulares? ... Não sei!
Quantas vezes
eu vi a amanhecença naquela areia, contemplando a imensidão do oceano iluminado
pelos primeiros raios do sol... Logo era invadido por uma profunda paz de
espírito, como se sentisse a presença divina. A contemplação da natureza em
todas as suas formas nos propicia esse estado de paz e bonança com o Criador.
Sim, tenho
muita saudade das noites dormidas nos alpendres, das brincadeiras de dar “nó de
jabá” no punho das redes dos mais descuidados ou dos incautos “visitantes”. Os
namorados das nossas primas eram os nossos principais alvos. Alguns dos rapazes
mais afoitos, além de darem o famigerado nó, colocavam a rede de volta nos
armadores e, com o peso de seu corpo, arrochavam o máximo que pudiam. Depois,
ainda urinavam em cima para que o infeliz não pudesse usar os dentes para
desatá-lo. Que maldade! O coitado tinha que se arrumar lá pela areia da praia
e, certamente, amanhecia o dia sem pregar olhos.
Essa era a
Pipa dos anos dourados. Ocorreu-me agora a lembrança dos versos de uma música
do poeta Dorival Caymmi, eterno apaixonado por sua terra. Diz muito da Pipa
daquela época, do tempo da beleza, talvez do tempo da delicadeza.
[...] É quando o sol vai quebrando, lá pra o
fim do mundo pra a noite chegar
É quando se ouve mais forte o ronco das ondas
na beira do mar
É quando a cansaço da vida, da lida obriga João
se sentar
É quando a morena se enrosca, se chega pro lado
querendo agradar
Se a noite é de lua, a vontade é contar
mentiras, é se espreguiçar
Deitar na areia da praia que acaba onde a vista
não pode alcançar
E assim adormece esse homem que nunca precisa
dormir pra sonhar
Porque não há sonho mais lindo do que sua
terra, não há
(Dorival Caymmi)
Pipa,
junho de 2009.
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
terça-feira, 18 de setembro de 2012
TERCEIRO ANO DO INSTITUTO DE GENEALOGIA
É com satisfação
que registramos na data de hoje, o TERCEIRO ANIVERSÁRIO de fundação do INSTITUTO
NORTE-RIOGRANDENSE DE GENEALOGIA, nascida da ideia de vários
genealogistas e concretizada pelo esforço de ORMUZ BARBALHO SIMONETTI.
Justifica ele, em
um dos seus dos seus artigos, que ao longo dos anos "foi constatado
o grande o interesse da população pela pesquisa genealógica. A genealogia ou
Ciência da História da Família é uma ciência de grande valor para o estudo da
História. Registra, sob forma de texto ou árvore genealógica, a história de
nossos ancestrais, com nomes, datas, e lugares por onde eles passaram,
mantendo-os vivos na memória de seus descendentes, ou de quem interessar possa. O
historiador vê a massa como um verde ondear de selva; já o genealogista
exuma-lhe a raiz em busca do seu mistério.
O filósofo italiano Norberto Bobbio refere-se à genealogia com a seguinte
citação: “Se o mundo do futuro se abre para a imaginação, mas não nos pertence
mais, o mundo do passado é aquele no qual, recorrendo a nossas lembranças,
podemos buscar refúgio dentro de nós mesmo. Cada um olha o passado à sua
maneira. Uns com nostalgia, outros, com a certeza de que nele se encontra fonte
de conhecimento e de meio de passagem de testemunho, da herança cultural de um
povo e, na generalidade, de toda a Humanidade”.
Então na noite do
dia 17 de setembro de 2009, na sede da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras,
em Assembléia aberta pelo seu presidente - acadêmico Diógenes da Cunha
Lima, que em seguida nos passou o comando dos trabalhos, foi criado o Instituto
Norte-Riograndense de Genealogia. Naquela ocasião estavam presentes 40
personalidades do meio literário e cultural do nosso Estado, que em apoio à
nossa causa passaram a fazer parte como sócios fundadores da novel instituição.
O Instituto tem por finalidade, segundo o nosso Estatuto, promover e estimular
estudos sobre genealogia, especialmente, a norte-rio-grandense, e sua interação
com a história do país, estudos esses que poderão estender-se a disciplinas
afins, tais como, história, heráldica, paleografia, informática e arquivística,
aplicadas à genealogia.
Logo em seguida, participamos do Primeiro Encontro Norte-rio-grandense de
Genealogia na cidade de Caicó-RN, promovido pelo prefeito Rivaldo Costa, um
apaixonado pela genealogia, e também sócio fundador de nossa Instituição.
Esses eventos se sucederam nos anos seguintes de 2010 e 2011, com grande
participação de vários genealogistas do nosso Estado, inclusive alguns
procedentes de outros estados da federação como Paraíba, Pernambuco e Ceará. A
população também teve participação bastante expressiva e com notório interesse
aos temas abordados, principalmente nas mesas de debates, onde eram frequentes
os apartes da plateia."
É relevante registrar que conseguimos editar a
nossa PRIMEIRA REVISTA, cuja distribuição se pretendia fazer nas comemorações
do 3º aniversário, no próximo dia 21, no salão do Instituto Histórico e
Geográfico do Rio Grande do Norte, grande parceiro e que nos permitiu utilizar
uma sala do seu anexo. Contudo, enfermidade ocorrida com nosso sócio fundador
JOSÉ HÉLIO DE MEDEIROS, colaborador dos mais assíduos, resolvemos adiar o
evento para melhor oportunidade, rogando a DEUS que lhe conceda a graça de uma
breve recuperação.
PARABÉNS COMPANHEIROS. Lembrem-se das nossas reuniões
informais das quartas-feiras, a partir das 16 horas.
(Carlos Roberto de Miranda Gomes)
sábado, 15 de setembro de 2012
O INSTITUTO HISTÓRIO E GEOGRÁFICO DO RN TEM NOVO ESTATUTO
A mais vetusta entidade privada do Rio Grande do Norte, o
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE, como associação civil
sem fins econômicos, foi
fundado em 29 de março de 1902, cujo Estatuto original data de 26 de abril de
1927, apontado no livro de Protocolo nº 1, sob o nº 620, pág. 51, e registrado,
por extrato, no livro nº 3, das Sociedades Civis, sob o nº 34, às fls. 23 e 24
e feitas as respectivas indicações e referências nos demais livros do Cartório
do Oficial do Registro de Títulos e Documentos da Comarca de Natal/RN, ao tempo
em que era titular o escrivão Miguel Leandro, com personalidade jurídica de
direito privado.
Ao longo dos seus 110 anos a Casa da Memória, como a batizou
Câmara Cascudo, tem vivido momentos de glórias e de apreensões, notadamente
pelas dificuldades de sua manutenção a exigir custos elevados.
Carente de novos
instrumentos tecnológicos, carece de cuidados especiais para evitar os efeitos
erosivos do tempo e adentrar no século 21 como instrumento de preservação da
história.
Sem nenhum desprezo pelos
que por ali passaram e tiveram mandatos quase que eternos, o atual Presidente
Jurandyr Navarro da Costa está atento às necessidades de mudanças urgentes,
tanto que como tarefa inicial, nomeou comissão de sócios, comandada pelo
confrade Carlos Roberto de Miranda Gomes e mais os sócios efetivos Ormuz
Barbalho Simonetti e João Felipe da Trindade, que elaboraram uma nova Carta de
Princípios – o novo Estatuto, que mereceu aprovação unânime na memorável
assembleia geral extraordinária realizada no dia 02 de maio do ano corrente e, no
dia 13 do corrente mês, mereceu registro
no cartório competente, dando início a uma nova era para a Instituição modelar
da preservação histórica do Estado Potiguar.
Agora, em fase de eleição
de uma nova Diretoria, deverá traçar os rumos definitivos na direção do futuro,
esperando gestos de colaboração, na mesma dimensão de grandeza com que
proporcionou a escritora Ana Angélica Timbó com a doação de um imóvel, hoje
denominado de anexo e do desvelo da representante do Instituto do Patrimônio
Histórico Nacional (IPHAN), Senhora Jeanne Nesi.
Vamos dar as mãos para um
trabalho único na direção da total recuperação do IHGRN, em sua estrutura física,
patrimonial e humana, deixado à margem eventuais disputas pelo poder.
Honra e Mérito para os nove
Presidentes da Instituição: Olympio Vital (1902-1910); Vicente Lemos
(1910-1916); Pedro Soares de Araújo (1916-1926); João Dionísio Filgueira
(interino entre fevereirto e maio de 1926); Hemetério Fernandes (1926-1927);
Nestor dos Santos Lima (1927-1959); Aldo Fernandes (1959-1963); Enélio Lima
Petrovich (1963-2012); Jurandyr Navarro da Costa (2012, atual gestor).
A nova estrutura
administrativa está estatutariamente assim composta: Diretoria constituída de
08 (oito) membros, escolhidos dentre os sócios fundadores e/ou efetivos, para o exercício dos cargos de: Presidente,
Vice-Presidente, Secretário-Geral, Secretário-Adjunto, Tesoureiro-Geral,
Tesoureiro Adjunto, Orador e Diretor da Biblioteca, arquivo e museu, eleitos
para um mandato de 3 (três) anos, em Assembléia Geral Ordinária realizada entre
a última quinzena do mês de outubro e a primeira quinzena do mês de novembro do
último ano de mandato. Duas Comissões Permanentes
escolhidas pelo Presidente: A Comissão de Redação e Cultura, constituída de 5
(cinco membros), um dos quais podendo ser o próprio Presidente do Instituto, e
a Comissão de Admissão e Sindicância, constituída de 3 (três) membros,
incumbida de pronunciar-se sobre a admissão e exclusão de sócios, sem prejuízo
da criação de outras comissões para fins especiais, cujos mandatos acompanharão
o mesmo período atribuído à Diretoria. Conselho Fiscal, constituído de 3
(três) membros titulares, e 1 (um)
suplente, eleitos pela Assembleia Geral, dentre os sócios efetivos, desde que
não sejam parentes até o terceiro grau dos membros da Diretoria, para mandato
de igual período ao da Diretoria, podendo ser reeleitos por igual período,
mediante renovação de, pelo menos, 1/3 (um terço) dos seus integrantes.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
I.H.G.R.N - TEM NOVO ESTATUTO
PRESIDENTE JURANDYR NAVARRO E O SÓCIO EFETIVO ORMUZ SIMONETTI
NOVO ESTATUTO DO
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE
APÓS 85 ANOS FOI APROVADO EM ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA E REGISTRADO NO 2° OFICIO DE NOTAS EM NATAL RN O NOVO ESTATUTO DO I.H.G.R.N.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL
Recebi, através da imprensa, a informação que nesse
pleito teremos a oportunidade de escolher candidatos ainda não contaminados
pelos vícios da política. Pessoas que podem apresentar um currículo de
prestação de serviços à comunidade, com tempo suficiente para se
dedicar totalmente às atividades parlamentares, curso superior, com boa
situação financeira, fato esse de muita relevância, pois diminui o risco de cair
em tentação e, principalmente, poder apresentar aos eleitores sua
FICHA LIMPA, componente tão sonhado pelos cidadãos de bem deste
país.
O ideal seria que o cidadão quando se lançasse a um cargo eletivo, por um determinado partido político, procurasse, em primeiro lugar, conhecer e se identificar com ideologia do partido escolhido.
Os dogmas partidários, ultimamente sempre relegados, consistem num conjunto de orientações políticas que o partido define por ocasião de sua fundação, que o torna de esquerda, de centro ou de direita. Essas idéias podem mudar de acordo com o crescimento do próprio partido, decorrente de mudanças no contexto social.
A ideologia dos partidos políticos em nosso país resume-se a um simples calhamaço de papéis, que na maioria das vezes não é de conhecimento nem de seus dirigentes, tampouco dos seus filiados.
E com a incrível quantidade de 30 partidos políticos atualmente existentes em nosso país, em sua maioria, “de aluguel”, a ideologia partidária transforma-se em um verdadeiro samba do crioulo doido.
Os partidos menores tentam pegar carona se filiando a uma orientação política, que no meio de tantas legendas, terminam por não se definirem se, de centro, de direita ou de esquerda, o que para eles, não tem a menor importância, uma vez que as legendas são meras manifestações de interesse pessoais.
Nos programas eleitorais apresentados, principalmente os televisivos, quase nada se aproveita como informação ou mesmo orientação ao eleitor. Na maioria das vezes observa-se uma verdadeira lavagem de roupa suja recheada de acusações de corrupção, peculato, mau uso do dinheiro público, demonstrando que aqueles que lá estiveram exercendo seus mandatos foram maus administradores. Mesmo assim fazem de tudo para ludibriar a população, na pretensão de poder retornar. Para isso, os candidatos contam com a inegável famigerada falta de memória da população. E, pasmem, para justificar e conquistar a admiração do eleitor, costumam exibir, como principal troféu aos apáticos (INACAUTOS) eleitores, apenas uma administração pior que a sua, como se esse comparativo lhe credenciasse a novamente exercer o cargo, naquela velha máxima que diz:ruim por ruim, votem em mim.
Além do mais, o que costumamos ver no horário eleitoral gratuito em sua maioria se assemelha a um espetáculo de circo mambembe. Os nomes acompanhados de apelidos grotescos dão o tom dos pretensos administradores. Fulano do pão doce; cicrano borracheiro; beltrano prestanista, e assim por diante. Um absurdo!
Portanto, se pretendemos mudanças no país, essas mudanças passam, inevitavelmente, pela política. Como não conseguimos mudar os políticos, vamos tentar mudar o sistema, elegendo pessoas descomprometidas e descontaminadas dos vícios que impregnam o nosso atual sistema político.
Tenho esperança que num futuro próximo, nossas cidades sejam administradas por pessoas em condições de exercerem, na íntegra, as obrigações para as quais foram eleitas. Sem corporativismo, sem negociatas, sem troca de favores, enfim, respeitando aqueles que lhes confiaram o mandato.
Nossa sociedade não precisa de políticos profissionais. Precisamos, sim, de homens de boa vontade que queiram lutar pela melhoria de seus concidadãos tornando a sociedade mais justa e igualitária.
Atualmente, nosso sistema político assemelha-se ao passado sombrio ocorrido na Grécia Antiga quando, a sociedade ateniense padecia da total corrupção dos costumes. Fazia-se mister providências urgentes para salvar aquela alquebrada sociedade. Em discussão acalorada dos anciãos em busca de uma solução, surge a figura de Parrásio,(400 anos a.C.) que sacando das pregas da toga uma maçã podre, a esmaga contra o polido chão de mármore. E, à interrogação que se lia em todos os olhares, respondeu: a maçã está podre, porém boa estão as sementes. Cuidemos da juventude.
Portanto, enquanto esperamos que se forme uma juventude livre da contaminação e dos maus costumes que assola de maneira avassaladora a nossa célula social, procuremos votar com responsabilidade, pois não temos o direito de continuar errando em nossas escolhas.
Utopia? Devaneio? Talvez. Mas, o que seria de nós, pobres eleitores, constantemente ludibriados pelos falsos salvadores da pátria, se não tivéssemos, pelo menos, o simples direito de sonhar?
A democracia talvez não seja o melhor dos sistemas políticos, porém nos permite, de tempos em tempos, continuar escolhendo nossos administradores, na eterna procura de homens honrados para dirigir com altivez e competência o nosso amado país.
Natal/RN setembro
2012.
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
PERSONAGENS GOIANIENSE
GOIANINHA-RN - 1943
O município de Goianinha no Rio Grande do Norte foi, durante
os séculos XIX e XX, celeiro de grandes personalidades da história jurídica do
nosso estado e do nosso país. Dentre eles, destacamos o Dr. Augusto Carlos de
Vasconcellos Monteiro nascido em Goianinha no dia 12 de outubro de 1881.
Filho de Mathias Carlos de Vasconcellos Monteiro, bisneto do
italiano Pietro Nicolau Villa e de Genuína Adelaide Pedroza Galvão. Descendente
de seu patrício e companheiro de viagem, da Itália para o Brasil, no século
XVIII Giovanni Baptista Simonetti.
Iniciou o curso preparatório no Colégio Militar do Ceará,
porém o abandonou por absoluta falta de vocação. Volta para Natal e no ano de
1897 conclui o curso de humanidade no velho Atheneu.
No ano seguinte foi para o Recife e se matriculou na
Faculdade de Direito. No dia 13 de dezembro de 1902, conclui o curso de
Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais da daquela tradicional faculdade.
Em janeiro de 1903, casa-se com sua prima em 4° grau, Amália
Adelaide de Vasconcellos Monteiro, que nasceu em 1884, sua prima legítima,
filha de João Baptista Constant Simonetti e Primênia Pedroza Simonetti.
Dessa união nasceram os filhos: Belkiss Monteiro de Medeiros
que se casou com Eloi Cesino de Medeiros; Haydee Simonetti Monteiro que casou
com Ubaldo Bezerra de Melo, Interventor Federal, nomeado em fevereiro de 1946
pelo Presidente da República, General Eurico Gaspar Dutra, tendo tomado posse
no Ministério da Justiça no Rio de Janeiro. Ubaldo Bezerra de Melo era
proprietário das Usinas Ilha Bela e Santa Terezinha em Ceará-Mirim-RN. O
terceiro e último filho foi Carlos Simonetti Monteiro casado com Nazaré
Nascimento Monteiro.
Nesse mesmo ano, já era promotor público da comarca de Canguaretama.
Em 1906, muda-se para a região do Seridó, em virtude de sua nomeação para Juiz
de Direito da Comarca de Acari. No ano seguinte foi exercer a mesma função na
cidade de Caicó, onde permaneceu por de cinco anos.
Com o falecimento de sua primeira esposa, que também era sua
prima, Amália Adelaide de Vasconcellos Monteiro, em 30 de março de 1911,
casa-se pela segunda vez com a caicoense Maria Valle Monteiro (1896-1979) com
quem teve duas filhas: Eunice Valle Monteiro, nascida em Goianinha em 1915,
tendo falecido em Caicó em 27 de maio de 1944, vítima de um desastre quando
viajava com destino a Natal. Cléa Valle Monteiro nascida no Acre em 1917, falecida
em 1926 em Caicó com apenas oito anos de idade.
Desde muito cedo, já demonstrava interesse pela política.
Como na época era permitido aos magistrados exercerem a atividade política
partidária, chegou a dirigir por alguns anos o partido situacionista local. Em
1912 foi eleito Deputado Federal pelo Rio Grande do Norte para o triênio
1912/1914.
UMA NOVA ADMINISTRAÇÃO DO ACRE
RIO DE JANEIRO
IMPRENSA NACIONAL
1915
A sua mais importante contribuição para nosso país foi o projeto
de Lei à Câmara dos Deputados, n° 257 – 1914, intitulado REORGANIZAÇAO A ADMINISTRAÇÃO DO TERRITÓRIO DO ACRE, composto de sete
capítulos e quarenta e oito artigos. Em 29 de dezembro de 1914, defende no Congresso
Nacional o projeto apresentado, publicado em 1915, com ampla repercussão na
imprensa da Capital Federal.
Em 6 de janeiro de 1915, por Decreto Presidencial foi nomeado prefeito do Alto Acre, onde exerceu o cargo que lhe foi confiado pelo Chefe da Nação, com isenção e espírito público. Prestou, na medida do possível com muito esforço e dedicação, relevantes serviços ao povo daquela região esquecida do país.
Termo de Posse
Transcrevo abaixo o termo
de posse, conforme cópia do Documento Oficial.
“BRASÃO
DAS ARMAS
REPÚBLICA
DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL
O Presidente da
República:
Resolve nomear o Dr.
Augusto Carlos de Vasconcellos Monteiro para o cargo de Prefeito do Alto Acre.
Rio de Janeiro, seis de
janeiro de mil novecentos e quinze, nonagésimo quarto da Independência e
vigésimo sétimo da República.
Carlos Maximiliano
Pereira dos Santos”
Durante o seu mandato governamental que se estendeu de 1915
a 1918, realizou naquela distante região do nosso país, obras de grande
importância que muito contribuiu para o desenvolvimento regional.
Em maio de 1915, criou o Grupo Escolar “24 de Janeiro”
atualmente “Sete de Setembro” em Rio Branco, atual capital daquele Estado. Em
29 de agosto de 1915, cria em Xapuri, o Grupo Escolar “Seis de Agosto”. Em 13
de maio de 1916, instala o Serviço de Luz Elétrica em Rio Branco. Em 07 de
setembro de 1917 instala na mesma cidade, o Serviço de Telefonia público e
particular. Em 13 de maio do ano seguinte inaugura o primeiro hospital de
caridade, atualmente denominado Santa Casa de Misericórdia do Acre, ainda em
Rio Branco.
Vitimado pela “gripe espanhola”
contraída no Acre, que assolava todo o país faleceu aos 37 anos de idade, na
cidade de Belém-PA, após desembarcar do navio que viajava com destino ao Rio de
Janeiro, então Capital Federal, onde assistiria a posse do Presidente Epitácio
Lindolfo da Silva Pessoa. Nessa viagem estava em companhia de sua irmã mais
nova Alzira Adelaide Vasconcelos Monteiro.
O Rio Grande do Norte também padeceu
com a terrível peste. Estórias transmitidas pela oralidade informam que a
doença foi responsável por dizimar famílias inteiras. Os corpos eram jogados em
valas a céu aberto, tão grande era o número de mortos. As avenidas Rio Branco,
Princesa Isabel e Deodoro da Fonseca (com as respectivas denominações daquela
época), tornaram-se cemitérios obrigatórios. Como não havia pavimentação, as
fortes chuvas da época abriam nessas ruas, grandes valas que foram usadas para
sepultamento dos corpos.
Augusto Carlos de Vasconcellos Monteiro
não retornou ao seu amado torrão. Devido às dificuldades existentes na época,
foi sepultado, possivelmente no Cemitério de Santa Isabel, por ser o mais
antigo da cidade de Belém do Pará.
(matéria publicada em O JORNAL DE HOJE, desta sexta-feira)
RIO DE JANEIRO
IMPRENSA NACIONAL
A sua mais importante contribuição para nosso país foi o projeto de Lei à Câmara dos Deputados, n° 257 – 1914, intitulado REORGANIZAÇAO A ADMINISTRAÇÃO DO TERRITÓRIO DO ACRE, composto de sete capítulos e quarenta e oito artigos. Em 29 de dezembro de 1914, defende no Congresso Nacional o projeto apresentado, publicado em 1915, com ampla repercussão na imprensa da Capital Federal.
Em 6 de janeiro de 1915, por Decreto Presidencial foi nomeado prefeito do Alto Acre, onde exerceu o cargo que lhe foi confiado pelo Chefe da Nação, com isenção e espírito público. Prestou, na medida do possível com muito esforço e dedicação, relevantes serviços ao povo daquela região esquecida do país.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
YES, NÓS TAMBÉM TEMOS UMA ROCINHA

O IBAMA é
aquela instituição ambiental que no ano passado, entre um caçador e um ninho de
arribaçãs, atirou e matou o caçador. Como se a vida humana valesse menos que as
aves.
(SEREJO,
Vicente. Jornal de Hoje, Natal-RN, 02 de fev. 2010. Cena Urbana)
No dia 22
de maio de 2009, o agricultor Emanoel Josian Barbosa, no vigor de seus 19 anos
de idade, fazia um “facho” – caça de pássaros à noite – armado apenas com um
pedaço de pau e uma lanterna, quando foi cruelmente abatido com um tiro de
escopeta.
O disparo foi feito por um bravo fiscal do IBAMA que, “em cumprimento de seu dever”, junto com outros colegas, dava proteção a um “pombeiro” – local de postura de aves de arribação. O fato aconteceu no assentamento Boa Vista, no município de Jandaíra-RN. No seu bornal foram encontradas apenas duas aves que ele havia abatido naquela fatídica noite, e que seriam utilizadas para o consumo de sua família. A vida desse jovem trabalhador brasileiro foi brutalmente interrompida com um tiro à queima roupa. Seu crime, “inafiançável”, foi matar, para comer com sua família, uma parelha de arribação. Rápida foi sua morte e também rápido foi o esquecimento do fato, que na época fora amplamente divulgado pelos meios de comunicação. Até esta data tudo continua “como dantes no quartel de Abrantes”.
Na minha querida Pipa também é grande a “eficiência” dos chamados Órgãos de Proteção do meio ambiente. O morro principal conhecido como Morro de Vicência Castelo, cartão postal da Pipa, vem sendo agredido de diversas formas. Construções irregulares ponteiam a parte mais visível do morro que está virando uma verdadeira Rocinha, pela aglomeração desordenada de casas que se penduram em suas frágeis areias. O que deveria ser protegido por tais Órgãos Ambientais que, no cumprimento de seu dever, não hesitam em atirar em cidadãos desarmados, está totalmente abandonado, à mercê da ousadia de alguns espertalhões.
Com uma
fiscalização praticamente inexistente, a falta de atenção estimula a
multiplicação das construções clandestinas, ao velho estilo do “se colar,
colou”.
À noite, quem passeia pela beira da praia pode ver, dentro do morro, pontos de luz onde a escuridão da mata denuncia que ali tem uma casa já construída ou em construção. Em cima ainda é pior. Longe das vistas dos que passeiam pela praia, e naturalmente dos bravos fiscais do IBAMA, as construções se desenvolvem sem a menor preocupação, pois na Pipa como se sabe, tudo pode. É bem verdade que nesse morro também existem construções feitas há vários anos, em terreno adquirido regularmente, sem que tenha havido desmatamento e com as devidas autorizações dos órgãos competentes.
Há pouco tempo, vimos pela televisão imagens chocantes da destruição de construções erguidas no sopé de um morro em Angra dos Reis. Lá o prejuízo foi além do material. Vidas foram ceifadas em decorrência da insensibilidade e irresponsabilidade do Homem. Tudo começa com o desmatamento para a ocupação irregular de locais que deveriam ser rigorosamente protegidos. A natureza sempre vai buscar o que lhe tomaram. Na Pipa, temos várias casas nessa mesma situação.
Na praia principal, os sombreiros se multiplicam a uma velocidade espantosa, sem nenhum critério. Cada dono de barraca quer colocar o maior número de sombreiros, no afã de arrebanhar para si a maior quantidade de clientes. Para isso, contam com a ajuda das empresas de bebidas que doam, além dos sombreiros, mesas e cadeiras, com tanto que vendam o seu produto. E assim, a beira da praia, que deveria ser de livre acesso aos banhistas no direito de ir e vir, fica entupida com tanta barraca, que mais parece uma feira livre.
Se você caminha em direção a Praia
do Amor, nome atual do Morro dos Amores, já pode verificar a multiplicação das
barracas e, consequentemente, das areias invadidas por uma quantidade cada vez
maior de sombreiros de praia e suas cadeiras.
As falésias
estão sendo escavadas para a construção de mais um bar, tudo isso acontecendo sob as vistas complacentes do
poder público municipal e dos Órgãos de Proteção do meio ambiente.
O abandono da Pipa é tão grande, que outro dia um amigo escutou a seguinte conversa em um banco de praça:
– Vamos passar o verão na Praia da Pipa. Leve churrasqueira, fritadeira, isopor. Chegando lá, vamos à praia escolher o local para o nosso comércio. Lá nós armamos nossas mesas e cadeiras e as espreguiçadeiras, fazemos de tábuas de caixa de sabão. Os sombreiros a gente arranja com as empresas de bebida ou de cartão de crédito, e vamos esperar os turistas chegarem para vendermos nossa cerveja ou a caipirinha que a gente faz ali mesmo, de qualquer jeito.
– Como é
que eu lavo a louça?
– A gente
pega uma bacia com água e dá para usar o dia todo.
– E a gente
pode chegar assim, se instalar e ninguém fala nada?
– Pode, na
Pipa pode tudo, ninguém vai incomodar. Mas não pode nem pensar em regularizar,
tirar CNPJ, inscrição. Senão vem alguém cobrar pelo Alvará, IPTU, ICMS, ISS.
Você tem que ser clandestino, assim a COVISA não pode fiscalizar, nem o
Ministério do Trabalho.
– Mas pode
ser num lugar fixo?
– Pode. Você
vai para a Praia dos Afogados (Praia do Amor), corta um pedaço da barreira,
coloca freezer, geladeira, fogão.
Assim a maré não vai atrapalhar.
– E pode
ter água e luz?
– Pode, a
gente dá um trocado para vizinho mais perto e puxa um “gato”.
– E as cervejas
geladas que não venderem?
– Tem nada
não, no dia seguinte a gente gela de novo e ninguém reclama não.
– Mas, e
meu filho vai trabalhar de quê?
– Ah, ele
pode ser pastorador de carros na ladeira. Quando o turista chega, ele já
entrega o papelzinho dizendo que custa R$ 5,00
e que o dono do carro terá a certeza de não ter o carro arranhado.
– E a
noite, o que a gente pode faturar?
– À noite,
a gente escolhe um lugar na rua principal, onde os otários pagam alvará, IPTU,
ICMS, ISS o ano todo, e monta uma barraquinha de caipirinha, hula-hula, cerveja. Ou então a gente
tira uma onda de hippie e expõe umas
bugigangas na frente de qualquer loja bacana, no chão mesmo. Tem até fornecedor
que traz um carro cheio de coisas de outros estados.
– Mas eu
tive um probleminha com a polícia lá na minha cidade.
– Tem nada
não. Na Pipa ninguém pergunta de onde você veio, o que você fazia lá, ninguém
quer saber do seu passado e origem, nem pra onde você vai no próximo verão.
– Ah! Desse
jeito é bom demais!
Por onde
andamos aqui em Pipa, ouvimos conversas como esta que um amigo ouviu num banco
de praça.
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