Caro Ormuz:
Sou desse tempo. Nasci na Deodoro, numa casa que meu pai alugou ao Palatinik e onde vivi bons momentos. Deixei a Deodoro pela Rua Assu, quando construímos uma casa. Sempre estive ligado à área, aos pés de fíicus que o Agnelo, prefeito, resolveu destruir. Brinquei na Praça pio X e sou testemunha da construção do cinema Rio Grande. Fui assíduo Frequentador dos papos noturnos, na esquina com a Rua João Pessoa, onde, aos domingos a mulherada gostava de fazer footing para nossa admiração. Sou do tempo do bondes que passavam acionando suas campainhas para Petrópolis. Ali também, o médico, já falecido, Costa Neto e eu esperávamos o transporte para nos levar para o americano Batista, no Barro Vermelho, onde conheci Carlos Gomes e Terezinha. Ali também deslumbrei-me com a beleza e o porte helênico de Marilda Freire, filha do médico Antônio Freire. Ali conheci José Evaldo Caldas, meu maior amigo por mais de 60 anos. Os pássaros voltaram e nós não podemos fazer o mesmo. Forte abraço do
Ciro José.
Brasília/DF
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