sexta-feira, 18 de março de 2011
CARLOS DRUMOND DE ANDRADE
Num momento de descontração, o grande poeta Carlos Drumond de Andrade escreveu:
"Satânico é meu pensamento a teu respeito e ardente é o meu desejo de apertar-te em minhas mãos, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem.
A noite era quente e calma e eu estava em minha cama, quando, sorrateiramente, te aproximaste.
Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu,
sem o mínimo pudor! Percebendo minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos.
Até nos mais íntimos lugares.
Eu adormeci.
Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão.
Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo, para na mesma cama te esperar....
Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força.
Quero te apertar com todas as f orças de minhas mãos.
Só descansarei quando vir sair o sangue quente do seu corpo..
Só assim, livrar-me-ei de ti....
pernilongo filho da puta...
Desculpe, ormuz, mas este texto NUNCA foi escrito por Drummond, tadinho... Rola na Internet desse jeito, do mesmo modo que se atribui outras do tipo a Clarice Lispector, a Quintana, Martha Medeiros, Jabor...
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