Meu Caro Ormuz (Cópia para Lúcia Pereira)
Li com toda atenção o seu texto sobreo o Museu Nilo Pereira - meu pai -, que me foi enviado pela minha prima Lúcia Pereira, a quem segue cópria deste e-mail. Notável a sua descrição, um relatório, verdadeiramente, da incúria do poder público, do desprezo da gestão, do relaxamento com a coisa pública. Eu não compreendi se o seu extraordinário documento foi publicado (talvez seja longo para jornal) ou se o será em órgão de circulação reconhecida no RGN. Isso, necessariamente, deveria acontecer.
De minha parte, meu caro Ormuz, já escrevi dois ou três artigos em um dos jornais de Natal - a República, se não me trai a memória -, já expedi carta ao Prefeito do Ceará-Mirim, da mesma forma ao Presidente da Fundação José Augusto e recentemente me dirigi ao Governo do Estado, através da Ouvidoria. Apenas desse último recebi a seca resposta de que a reclamação tinha sido encaminhada a quem de direito. Não sei bem quem será o figurante que pode responder pelo descaso que você tão bem descreve.
Mas, se você me autoriza, vou novamente escrever sobre a questão, chamando a atenção já no título para a ótima descrição que você faz dos morcegos e das mariposas, além do cururu como guardiões daquele santuário de minha família, onde pontificaram o meu bisavô Vicente Inácio Pereira, genro, como está no texto, do Barão. Hoje tenho em terras de Espanha um neto, Pablo de prenome e venho insistindo com minha filha para que ensine essas origens nobiliárquicas ao menino, pentaneto do Barão do Ceará- Mirim. Com igual descendência, por parte da avó, do Visconde de Goiana.
Mas, além de sua autorização para que tome o seu texto como base, citando-o naturalmente, gostaria que me indicasse - ou Lúcia fizesse isso - o jornal de maior circulação em Natal, para cuja redação hei de enviar o artigo.
Grato
Geraldo Pereira
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