-IHGRN - PRESIDENTE EM EXERCÍCIO VAI EMPOSSAR NOVOS SÓCIOS E DIZ QUE PODE REALIZAR ELEIÇÕES PARA COMPOR NOVA DIRETORIA SE O TITULAR NÃO REASSUMIR
O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO do Rio Grande (IHGRN) vai empossar oficialmente 24novos sócios na próxima sexta-feira. Trata-se da primeira medida tomada pelo presidente em exercício Jurandyr Navarro, que assumiu o cargo com o afastamento do titular, Enélio Lima Petrovich, que se recupera de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Enélio Petrovich é o presidente do instituto desde 1963, quando foi eleito para o cargo. Navarro explica o motivo da longevidade desta gestão: "Na época da sua posse foi realizada uma reunião entre a diretoria e ficou decidido que seu cargo seria perpétuo", disse. “Assumi pela ordem natural dos fatores e principalmente para não deixar o Instituto acéfalo, mas esperamos que ele volte. Não cogito no momento assumir o cargo definitivamente em respeito à sua condição de saúde", complementa.
Não é a primeira vez que o IHGRN fica na mão de um presidente vitalício. Nestor dos Santos Lima, tio de Enélio Petrovich, também dirigiu a instituição até a data do seu falecimento, em 1959. Ficou no cargo por 32 anos, tendo assumido a função em 1927. Após seu mandato, Aldo Fernandes assumiu o cargo até o ano de 1963, quando Enélio Petrovich foi eleito.
Alguns dos novos sócios do IHGRN esperam pela solenidade de posse há mais de 20 anos. Questionado sobre os motivos da desta demora, Navarro desconversa: "Sinceramente não sei, esta é uma questão para se conversar com Enélio". Em seguida, porém, fez questão de ressaltar que, durante todo este tempo, o presidente do instituto procurou empossar os demais sócios, no entanto, seu estado de saúde e algumas complicações no espaço físico do prédio não viabilizaram a ação.
"Ele já havia, inclusive, marcado uma reunião para empossar os sócios mas o teto do Instituto estava prestes a desabar então nós tivemos que resolver este problema e isso tomou quase dois anos", justificou. "Vários objetos do (prédio) anexo tiveram que ser transferidos para o salão do Instituto e isso tomou ainda mais tempo da diretoria", reforçou. Apesar disso, em abril do ano passado o IHGRN empossou como sócia Daliana Cascudo.
O presidente do Instituto de Norte-Rio-Grandense de Geologia, Ormuz Barbalho Simonetti, que se tomou sócio do IHGRN em setembro de 2008, é um dos que espera ansiosamente pelo momento de ser empossado. Sobre o atraso na entrega do titulo, ele nada tem nada a criticar. "Pela situação do momento, com o estado de saúde delicado no qual se encontra o presidente, serão empossadas 24 pessoas de uma vez só, mas isso não é comum.O normal é empossar uma pessoa de cada vez", explica.
Pela quantidade de novos sócios a cerimônia que será realizada no próprio Instituto também não reprisará um momento tradicional no qual o empossado apresenta um trabalho temático. "Mas alguns, se quiserem, podem exigir depois uma solenidade individual com os demais integrantes do Instituto e então apresentar o seu trabalho", explica Ormuz, comentando também que ele provavelmente fará a sua. “Ainda não tenho certeza se vou apresentar, mas pretendo sim. Estou com o meu trabalho pronto, inclusive, com o tema Genealogia a Serviço da Humanidade", disse, acrescen-tando que a gestão temporária abriu espaço para que isso possa acontecer em 2012.
Sobre o cargo vitalício do presidente ele prefere não comenta, falando apenas que esta é uma "página virada".
Aproveitou, contudo, para sugerir mudanças na estrutu¬ra do Instituto, principalmente com relação ao horário de funcionamento. “Acho que de¬veria começar o quanto antes a funcional nos dois expedientes, porque hoje só abre pela manhã e muitos estudantes, que não podem pesquisar durante esse período, ficam se acesso ao acervo”, concluiu.
(Matéria publicada no NOVO JORNAL, edição de 03/12/2011 pelo jornalista Henrique Arruda)
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
DO LIVRO "A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS"
Prezado Ormuz,
Embora à distância, tenho acompanhado a sua trajetória de sucesso nas letras.
Eu sou um potiguara longe da taba há mais de quatro décadas. Mas me deleito com as suas reminiscências da Praia de Pipa, apesar da minha praia de infância ter sido na direção oposta, ao Norte, a praia da Redinha. A travessia do Potengi, o mais belo rio do mundo, do Canto do Mangue com seus peixes e barcos a vela, da festa do cajú e das pinturas do N. Navarro nas paredes do Ridinha clube.
Travei contato com o seu blog depois do fato lamentável da morte, melhor, do encantamento do nosso amigo comum Bartolomeu Melo.
Mando-lhe minhas saudações pelo mais recente êxito no Instituto histórico e desejo-lhe mais sucessos. Aproveito e mando lembranças aos amigos e conhecidos comuns quais Pedro Vicente e Homero Costa.
Segue um convite, em anexo.
Abraços,
Natanael Sarmento.
Embora à distância, tenho acompanhado a sua trajetória de sucesso nas letras.
Eu sou um potiguara longe da taba há mais de quatro décadas. Mas me deleito com as suas reminiscências da Praia de Pipa, apesar da minha praia de infância ter sido na direção oposta, ao Norte, a praia da Redinha. A travessia do Potengi, o mais belo rio do mundo, do Canto do Mangue com seus peixes e barcos a vela, da festa do cajú e das pinturas do N. Navarro nas paredes do Ridinha clube.
Travei contato com o seu blog depois do fato lamentável da morte, melhor, do encantamento do nosso amigo comum Bartolomeu Melo.
Mando-lhe minhas saudações pelo mais recente êxito no Instituto histórico e desejo-lhe mais sucessos. Aproveito e mando lembranças aos amigos e conhecidos comuns quais Pedro Vicente e Homero Costa.
Segue um convite, em anexo.
Abraços,
Natanael Sarmento.
domingo, 4 de dezembro de 2011
DO LIVRO "A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS"
SAUDOSOS VERANISTAS
Cleto Gadelha do Espírito Santo
Como de costume, durante todo o verão, passo a maioria dos meus fins de semana na Praia da Pipa. A minha casa fica em uma posição bastante privilegiada, bem de frente para o mar. Acostumei-me a dormir e acordar embalado pelo gostoso e melódico barulho das ondas.

Quando a maré está cheia, as vagas rebentam em um quebra-mar que fica na frente da casa, mas não impede as água de se projetarem terraço adentro. Já me acostumei com a impressionante proximidade de minha casa com o mar.

Pois bem, foi numa dessas manhãs que acordei com uma saudade danada daqueles finados veranistas com quem tivemos a sorte de conviver por tanto tempo. Saudade daquelas brincadeiras que promovíamos, das pescarias, dos passeios a Sibaúma, do banho no Rio do Galhardo, enfim, de tudo que já não fazemos mais.

EVILÁSIO E O POETA ANTÔNIO PEQUENO
No dia anterior, tinha assistido à missa de sétimo dia do meu amigo Evilásio de Souza Lima. Ela aconteceu na igreja do distrito de Piau. Lá, encontrei toda sua família, mas, infelizmente, quase nenhum amigo mais próximo. Fiquei analisando com que rapidez nos esquecemos dos nossos amigos e parentes que vão para o andar de cima. Muita gente no enterro, pouca gente na missa de sétimo dia, na missa de trinta dias praticamente só a esposa, os filhos e, quando muito, os netos. Na missa de um ano, quando a família resolve fazer, imaginem!

E nesse saudoso dia seguinte à missa, comecei a me lembrar dos que já haviam nos deixado. Fiquei surpreso quando comecei a contar e percebi a quantidade de amigos nossos que até “ontem” estavam com a gente nos veraneios de janeiro.
Lembrei-me de Cleto Gadelha do Espírito Santo, meu primo e grande amigo. Frequentador assíduo da Pipa, principalmente nos veraneios de janeiro, que nunca perdeu nenhum. Gostava de reunir os primos e sobrinhos no alpendre de sua casa, depois de uma pescaria, para tomar uma cachaça de cabeça com peixe frito. O seu passatempo preferido era a pescaria, pois ele amava o mar e tinha nesse esporte a sua plena realização. Dizia ser uma ótima terapia e que não havia melhor maneira de esquecer uma estafante semana de trabalho na Secretaria de Tributação, de onde era funcionário. A pescaria, além de terapêutica, também tinha a finalidade de conseguir o tira-gosto do fim de semana.

Saía sempre muito cedo, acompanhado dos filhos e alguns sobrinhos. Lá para o meio-dia chegavam orgulhosos com o produto dos belos arremessos que ele fazia com sua longa vara de bambu. Nessa arte era um especialista. Ninguém naquelas bandas conseguia arremessar mais longe que ele. Para chegar a essas distâncias, tinha uma técnica toda especial: deixava a chumbada descansando sobre a areia e com mãos firmes e o corpo um pouco dobrado para trás, lançava a linha em direção ao mar, feito uma catapulta, 150 gramas de chumbada que, atrelada a anzóis espetados em apetitosos camarões, desaparecia de nossas vistas.
Muitas vezes já traziam os peixes tratados, para não perder tempo nem aumentar o serviço de dona Evaneide, sua paciente esposa, que em casa já preparava outros quitutes para quando a turma chegasse. Sempre podíamos contar com um caldinho de feijão verde regado com muito coentro e cebola, e uma paçoca bem batida no pilão, puxada na cebola roxa e na carne de charque, como só ela ainda sabe fazer.
Quando ele aparecia ao longe, caminhando sem pressa, com o seu inseparável molinete, atrelado a uma enorme vara de bambu, bem apoiada no ombro, era o sinal para os que estavam no banho de mar, e que logo mais começaria a “reunião”. Sempre trazia o samburá cheio de barbudos, carapebas, pescadas e mais todos os peixes que, por curiosidade ou fome, fisgassem seu anzol.

OS AMIGOS CLETO, CAFÉ E QUINCÓ
Era um homem feliz, nunca o vi mal humorado... Gostava da vida ao ar livre. Nasceu em Goianinha, no início dos anos trinta, e passou toda a infância e adolescência pelas ruas de barro batido da velha cidade. Gostava de caçar passarinhos, tomar banho de rio, andar a cavalo, enfim, de todas as travessuras próprias dos meninos daquela geração.
Morreu Cleto no dia 17 de janeiro de 1988. Era um domingo e a comunidade fazia os últimos preparativos para a famosa festa de São Sebastião. Estava ele cercado de parentes e amigos, sentado no alpendre da casa de seu companheiro de infância, Paulo Barbalho. A casa de Paulo ficava bem ao lado da sua. Era uma manhã ensolarada, própria do mês de janeiro, e a turma já tinha iniciado os “serviços” na casa em frente, que na época pertencia a Evandro Carvalho. Em seguida, fomos para a casa de tio Paulo. Era muito comum, naquela época, as pessoas começarem a beber na casa de um parente e, quando findava o dia, já tinham passado por diversas casas, numa peregrinação que se repetia por todo o fim de semana.
Em dado momento, Cleto encostou a cabeça no ombro de seu compadre e amigo Rubens Lisboa, que estava ao seu lado, e adormeceu para sempre... Morreu sem sofrer, no lugar de que mais gostava, vestido da maneira que se sentia bem. Na praia se livrava das roupas de trabalho e ficava a maior parte do tempo de calção, como ele gostava. Acredito que para a sua família deve ter sido, pelo menos, confortante saber que seu ente querido deu seu último suspiro nos braços acolhedores de seus amigos. Naquele ano, pela primeira vez, no dia 19 de janeiro, não foi realizada a parte profana da festa do padroeiro. Houve apenas a missa e a procissão, onde o comparecimento foi grandioso. A comunidade da Pipa juntamente com os veranistas lhe prestou a última homenagem, na igrejinha em que tantas vezes compareceu nas festas de São Sebastião. Quanta saudade, “camarada”!... Que Deus o tenha bem junto d’Ele e com todos aqueles saudosos veranistas que, certamente, estão com você.
Pipa, agosto de 2009.
Cleto Gadelha do Espírito Santo
Como de costume, durante todo o verão, passo a maioria dos meus fins de semana na Praia da Pipa. A minha casa fica em uma posição bastante privilegiada, bem de frente para o mar. Acostumei-me a dormir e acordar embalado pelo gostoso e melódico barulho das ondas.

Quando a maré está cheia, as vagas rebentam em um quebra-mar que fica na frente da casa, mas não impede as água de se projetarem terraço adentro. Já me acostumei com a impressionante proximidade de minha casa com o mar.

Pois bem, foi numa dessas manhãs que acordei com uma saudade danada daqueles finados veranistas com quem tivemos a sorte de conviver por tanto tempo. Saudade daquelas brincadeiras que promovíamos, das pescarias, dos passeios a Sibaúma, do banho no Rio do Galhardo, enfim, de tudo que já não fazemos mais.

EVILÁSIO E O POETA ANTÔNIO PEQUENO
No dia anterior, tinha assistido à missa de sétimo dia do meu amigo Evilásio de Souza Lima. Ela aconteceu na igreja do distrito de Piau. Lá, encontrei toda sua família, mas, infelizmente, quase nenhum amigo mais próximo. Fiquei analisando com que rapidez nos esquecemos dos nossos amigos e parentes que vão para o andar de cima. Muita gente no enterro, pouca gente na missa de sétimo dia, na missa de trinta dias praticamente só a esposa, os filhos e, quando muito, os netos. Na missa de um ano, quando a família resolve fazer, imaginem!

E nesse saudoso dia seguinte à missa, comecei a me lembrar dos que já haviam nos deixado. Fiquei surpreso quando comecei a contar e percebi a quantidade de amigos nossos que até “ontem” estavam com a gente nos veraneios de janeiro.
Lembrei-me de Cleto Gadelha do Espírito Santo, meu primo e grande amigo. Frequentador assíduo da Pipa, principalmente nos veraneios de janeiro, que nunca perdeu nenhum. Gostava de reunir os primos e sobrinhos no alpendre de sua casa, depois de uma pescaria, para tomar uma cachaça de cabeça com peixe frito. O seu passatempo preferido era a pescaria, pois ele amava o mar e tinha nesse esporte a sua plena realização. Dizia ser uma ótima terapia e que não havia melhor maneira de esquecer uma estafante semana de trabalho na Secretaria de Tributação, de onde era funcionário. A pescaria, além de terapêutica, também tinha a finalidade de conseguir o tira-gosto do fim de semana.

Saía sempre muito cedo, acompanhado dos filhos e alguns sobrinhos. Lá para o meio-dia chegavam orgulhosos com o produto dos belos arremessos que ele fazia com sua longa vara de bambu. Nessa arte era um especialista. Ninguém naquelas bandas conseguia arremessar mais longe que ele. Para chegar a essas distâncias, tinha uma técnica toda especial: deixava a chumbada descansando sobre a areia e com mãos firmes e o corpo um pouco dobrado para trás, lançava a linha em direção ao mar, feito uma catapulta, 150 gramas de chumbada que, atrelada a anzóis espetados em apetitosos camarões, desaparecia de nossas vistas.
Muitas vezes já traziam os peixes tratados, para não perder tempo nem aumentar o serviço de dona Evaneide, sua paciente esposa, que em casa já preparava outros quitutes para quando a turma chegasse. Sempre podíamos contar com um caldinho de feijão verde regado com muito coentro e cebola, e uma paçoca bem batida no pilão, puxada na cebola roxa e na carne de charque, como só ela ainda sabe fazer.
Quando ele aparecia ao longe, caminhando sem pressa, com o seu inseparável molinete, atrelado a uma enorme vara de bambu, bem apoiada no ombro, era o sinal para os que estavam no banho de mar, e que logo mais começaria a “reunião”. Sempre trazia o samburá cheio de barbudos, carapebas, pescadas e mais todos os peixes que, por curiosidade ou fome, fisgassem seu anzol.

OS AMIGOS CLETO, CAFÉ E QUINCÓ
Era um homem feliz, nunca o vi mal humorado... Gostava da vida ao ar livre. Nasceu em Goianinha, no início dos anos trinta, e passou toda a infância e adolescência pelas ruas de barro batido da velha cidade. Gostava de caçar passarinhos, tomar banho de rio, andar a cavalo, enfim, de todas as travessuras próprias dos meninos daquela geração.
Morreu Cleto no dia 17 de janeiro de 1988. Era um domingo e a comunidade fazia os últimos preparativos para a famosa festa de São Sebastião. Estava ele cercado de parentes e amigos, sentado no alpendre da casa de seu companheiro de infância, Paulo Barbalho. A casa de Paulo ficava bem ao lado da sua. Era uma manhã ensolarada, própria do mês de janeiro, e a turma já tinha iniciado os “serviços” na casa em frente, que na época pertencia a Evandro Carvalho. Em seguida, fomos para a casa de tio Paulo. Era muito comum, naquela época, as pessoas começarem a beber na casa de um parente e, quando findava o dia, já tinham passado por diversas casas, numa peregrinação que se repetia por todo o fim de semana.
Em dado momento, Cleto encostou a cabeça no ombro de seu compadre e amigo Rubens Lisboa, que estava ao seu lado, e adormeceu para sempre... Morreu sem sofrer, no lugar de que mais gostava, vestido da maneira que se sentia bem. Na praia se livrava das roupas de trabalho e ficava a maior parte do tempo de calção, como ele gostava. Acredito que para a sua família deve ter sido, pelo menos, confortante saber que seu ente querido deu seu último suspiro nos braços acolhedores de seus amigos. Naquele ano, pela primeira vez, no dia 19 de janeiro, não foi realizada a parte profana da festa do padroeiro. Houve apenas a missa e a procissão, onde o comparecimento foi grandioso. A comunidade da Pipa juntamente com os veranistas lhe prestou a última homenagem, na igrejinha em que tantas vezes compareceu nas festas de São Sebastião. Quanta saudade, “camarada”!... Que Deus o tenha bem junto d’Ele e com todos aqueles saudosos veranistas que, certamente, estão com você.
Pipa, agosto de 2009.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
CONVITE -

A Presidência em exercício do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, convida Vossa Excelência e Família, para Sessão solene, em que tomarão posse na categoria de Sócio Efetivo, desta Instituição, os integrantes da lista inclusa, devidamente aprovados pela Diretoria.
Saudará os novos sócios, representando este Instituto, o historiador e escritor, Marcus César Cavalcanti de Morais. E, em nome dos empossados, falará o historiador João Felipe da Trindade.
Em seguida, fará o juramento em nome dos Sócios, ora empossados, o historiador e folclorista Severino Vicente, e tecerá outras considerações.
Após, em breve alocução, farão apreciação sobre seus novos livros, os sócios Cláudio Galvão e João Felipe da Trindade, respectivamente.
A sua presença abrilhantará o evento
Natal (RN), Dezembro de 2011
RELAÇÃO DOS NOVOS SÓCIOS
1. AUGUSTO MARANHÃO
2. AURICÉIA ANTUNES DE LIMA
3. CARLOS ADEL TEIXEIRA DE SOUZA
4. CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES
5. GEORGE ANTÔNIO DE OLIVEIRA VERAS
6. GILENO GUANABARA
7. HOMERO DE OLIVEIRA COSTA
8. IVAN LIRA DE CARVALHO
9. JAIR FIGUEIREDO
10. JOÃO FELIPE DA TRINDADE
11. JOSÉ ADALBERTO TARGINO DE ARAÚJO
12. LÍVIO ALVES DE ARAÚJO DE OLIVEIRA
13. LÚCIA HELENA PEREIRA
14. LUIZ EDUARDO BRANDÃO SUASSUNA
15. MARCELO NAVARRO RIBEIRO DANTAS
16. MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO WANDERLEY DE CASTRO
17. MARIA JANDIR CANDÉAS
18. ODÚLIO BOTELHO
19. ORMUZ BARBALHO SIMONETTI
20. PEDRO VICENTE COSTA SOBRINHO
21. RACINE SANTOS
22. SEVERINO VICENTE
23. UBIRATAN QUEIROZ DE OLIVEIRA
24. UILAME UMBELINO GOMES
Dia 09.12.2011 - 6° feira
Horas: 20:00
Local: Salão Nobre do IHGRN
Rua da Conceição, 622
Jurandyr Navarro
Presidente em Exercício
domingo, 27 de novembro de 2011
A RESSUSCITADA DO CUNHAÚ - ÚLTIMA PARTE
A explicação da presença fabulosa da Ressuscitada de, Cunhaú apareceu depois, correndo toda a região, alacremente comentada pela familia Albuquerque Maranhão, pelos amigos solidários e fiéis.
Anacleto José de Matos, Delegado de Polícia, perseguira teimosamente a uns ladrões de gado, os irmãos Francisco, Antonio e Manuel Cavalcante, que, ajudados por outros manos, bastardos, excediam a profissão, mansa e contínua, do abigeato. Como eram valentes, havia temor em deter-lhes a mania criminosa. Anacleto acabou o domínio dos Cavalcantes que, desmoralizados e furiosos, juraram vingar-se.
A vingança consistira naquela farsa extraordinária. Encontraram uma pobre mulher, moradora no Bujarí, muito parecida com a finada Dona Maria Umbelina. Forjaram toda a lenda, industriando a comedia. Quando passou o perigo para os Albuquerque Maranhão apareceu o pai e a mãe da falsa Ressuscitada, dizendo ambos como se havia dado a história. A pseuda dona Maria ainda, recusou reconhecer o casal que se afirmava seus pais.
Em julho de 1935 conversei com d. Filomena de Medeiros Melo, irmã do sr. José Lúcio de Medeiros, de "Sacramento", em Santana do Matos. D. Filomena sabe toda a tradição, conservando as versões da família do Cunhaú, pelas ligações de amizade com seus antepassados; É neta do tte-cel, Manuel Salustino de Medeiros, que foi a Paraíba depor contra a Ressuscitada. E esse Manuel Salustino foi o segundo sôgro de Anacleto José de Matos, que se casara, depois dos sucessos, com d. Sensata de Medeiros, chamada "Dondom", não havendo filhos. O pai de d. Filomena, minha amável informante, era filho de Joaquim de Araújo Melo e de d. Apolonia Maria de Medeiros (esta irmão de Manuel Salustino de Medeiros). Joaquim de Araújo Melo era íntimo da Casa de Cunhaú e fôra uma das testemunhas mais decisivas para a ínocentação de Anacleto e do Comendador, quando das acusações do assassinato de d. Maria Umbelina.
Joaquim de Araújo Mélo ajudara a colocar d. Maria Umbelina no caixão mortuário e o levara a enterrar na Capela de Cunhaú. Manuel Salustino recordou, no curso do processo, que a fidalga fora sepultada com uma marrafa de tartaruga, ouro e pedrarias, posta na cabeleira, do lado esquerdo. Fizeram uma vistoria, exumando os ossos de dona Maria Umbelína. A cabeleira estava intacta e nela, faiscando, a marrafa de tartaruga, ouro e pedrarias.
A roupa anteriormente descrita por Joaquim de Araújo Mélo como tendo amortalhado o corpo, coincidira inteiramente. Não restava a menor dúvida de que a Ressuscitada de Cu¬nhaú era uma mulherzinha de Bujarí, imaginosa e cheia de atrevimento mentiroso.
Hoje a tradição se mantem. Raros acreditam na simulação. Como haveria de existir uma mulher, naquele tempo, com a fria audácia de enfrentar a mais rica e poderosa família da região, acusando-a de um crime? E como seria possível o conhecimento exato de peculiaridades e minúcias genealógicas, sinais físicos, a mancha rôxa de dona Joana, a cicatriz de Anacleto? E porque este se recusou mostrar, o peito, desmentindo o indício? Como esses irmãos Cavalcantes, ladrões de gado, analfabetos, conseguiriam imaginar essa façanha inaudita, inteiramente nova nos anais das duas Províncias? E essa mulher, humilde, apanhada num bordel, como possuiria desenvoltura, presença de espírito para arrostar os interrogatórios, respondendo a tudo e a todos com serena, impressionante simplicidade?
Outros obstáculos surgem. Conheço o testamento do Comendador. No "testamento", de março de 1802, o Comendador indica, entre suas filhas, dona Maria Umbelína Como d. Maria Umbelina, morta em 1858, estaria viva quatro anos depois? Se o fato ocorreu, há de ter sido posterior a 1862 e antes de setembro de 1865, quando o Comendador faleceu. De março de 1862 a setembro de 1865 é o espaço obrigatório para que tudo haja sucedido. Casamento, namoro, conselho, propinação do veneno, morte, enterro, rapto, ida para o Ceará, falecimento do português duas mancebias, ida para a Paraíba, vida de prostíbulo, conversa com o médico, denúncia, processo, formação de culpa (naturalmente no inquérito policial), viagens, precatórias, vistorias, aparecimento do dr. Amaro Bezerra, volta de todos á calma, viagem da mulher de Bujarí, tudo se teria dado nesse espaço de tempo, sob pena de arredar de cenário a figura indispensável do Comendador. Se d. Maria Umbelina estava viva em 1862, como está provado, Frei Serafim de Catania não a podia encomendar, mesmo se moresse, porque Frei Serafim não estava na região nessa data.
Está uma história confusa, difícil, atraente como uma novela policial.
Quando surge uma tradição como essa é porque existe o material determinador. Jamais lhe fala real no manque, en-sinava Arnald Van Gennep, Porque os Cavalcantes escolheram esse tema da "Ressuscitada"? Já não existiria uma lenda popular, espontânea, negando a morte de d. Maria Umbelina?
É uma lenda. A lenda da Ressuscitada de Cunhaú que haverá de verdade? Ninguém mais poderá responder...
(09.02.1941)
Anacleto José de Matos, Delegado de Polícia, perseguira teimosamente a uns ladrões de gado, os irmãos Francisco, Antonio e Manuel Cavalcante, que, ajudados por outros manos, bastardos, excediam a profissão, mansa e contínua, do abigeato. Como eram valentes, havia temor em deter-lhes a mania criminosa. Anacleto acabou o domínio dos Cavalcantes que, desmoralizados e furiosos, juraram vingar-se.
A vingança consistira naquela farsa extraordinária. Encontraram uma pobre mulher, moradora no Bujarí, muito parecida com a finada Dona Maria Umbelina. Forjaram toda a lenda, industriando a comedia. Quando passou o perigo para os Albuquerque Maranhão apareceu o pai e a mãe da falsa Ressuscitada, dizendo ambos como se havia dado a história. A pseuda dona Maria ainda, recusou reconhecer o casal que se afirmava seus pais.
Em julho de 1935 conversei com d. Filomena de Medeiros Melo, irmã do sr. José Lúcio de Medeiros, de "Sacramento", em Santana do Matos. D. Filomena sabe toda a tradição, conservando as versões da família do Cunhaú, pelas ligações de amizade com seus antepassados; É neta do tte-cel, Manuel Salustino de Medeiros, que foi a Paraíba depor contra a Ressuscitada. E esse Manuel Salustino foi o segundo sôgro de Anacleto José de Matos, que se casara, depois dos sucessos, com d. Sensata de Medeiros, chamada "Dondom", não havendo filhos. O pai de d. Filomena, minha amável informante, era filho de Joaquim de Araújo Melo e de d. Apolonia Maria de Medeiros (esta irmão de Manuel Salustino de Medeiros). Joaquim de Araújo Melo era íntimo da Casa de Cunhaú e fôra uma das testemunhas mais decisivas para a ínocentação de Anacleto e do Comendador, quando das acusações do assassinato de d. Maria Umbelina.
Joaquim de Araújo Mélo ajudara a colocar d. Maria Umbelina no caixão mortuário e o levara a enterrar na Capela de Cunhaú. Manuel Salustino recordou, no curso do processo, que a fidalga fora sepultada com uma marrafa de tartaruga, ouro e pedrarias, posta na cabeleira, do lado esquerdo. Fizeram uma vistoria, exumando os ossos de dona Maria Umbelína. A cabeleira estava intacta e nela, faiscando, a marrafa de tartaruga, ouro e pedrarias.
A roupa anteriormente descrita por Joaquim de Araújo Mélo como tendo amortalhado o corpo, coincidira inteiramente. Não restava a menor dúvida de que a Ressuscitada de Cu¬nhaú era uma mulherzinha de Bujarí, imaginosa e cheia de atrevimento mentiroso.
Hoje a tradição se mantem. Raros acreditam na simulação. Como haveria de existir uma mulher, naquele tempo, com a fria audácia de enfrentar a mais rica e poderosa família da região, acusando-a de um crime? E como seria possível o conhecimento exato de peculiaridades e minúcias genealógicas, sinais físicos, a mancha rôxa de dona Joana, a cicatriz de Anacleto? E porque este se recusou mostrar, o peito, desmentindo o indício? Como esses irmãos Cavalcantes, ladrões de gado, analfabetos, conseguiriam imaginar essa façanha inaudita, inteiramente nova nos anais das duas Províncias? E essa mulher, humilde, apanhada num bordel, como possuiria desenvoltura, presença de espírito para arrostar os interrogatórios, respondendo a tudo e a todos com serena, impressionante simplicidade?
Outros obstáculos surgem. Conheço o testamento do Comendador. No "testamento", de março de 1802, o Comendador indica, entre suas filhas, dona Maria Umbelína Como d. Maria Umbelina, morta em 1858, estaria viva quatro anos depois? Se o fato ocorreu, há de ter sido posterior a 1862 e antes de setembro de 1865, quando o Comendador faleceu. De março de 1862 a setembro de 1865 é o espaço obrigatório para que tudo haja sucedido. Casamento, namoro, conselho, propinação do veneno, morte, enterro, rapto, ida para o Ceará, falecimento do português duas mancebias, ida para a Paraíba, vida de prostíbulo, conversa com o médico, denúncia, processo, formação de culpa (naturalmente no inquérito policial), viagens, precatórias, vistorias, aparecimento do dr. Amaro Bezerra, volta de todos á calma, viagem da mulher de Bujarí, tudo se teria dado nesse espaço de tempo, sob pena de arredar de cenário a figura indispensável do Comendador. Se d. Maria Umbelina estava viva em 1862, como está provado, Frei Serafim de Catania não a podia encomendar, mesmo se moresse, porque Frei Serafim não estava na região nessa data.
Está uma história confusa, difícil, atraente como uma novela policial.
Quando surge uma tradição como essa é porque existe o material determinador. Jamais lhe fala real no manque, en-sinava Arnald Van Gennep, Porque os Cavalcantes escolheram esse tema da "Ressuscitada"? Já não existiria uma lenda popular, espontânea, negando a morte de d. Maria Umbelina?
É uma lenda. A lenda da Ressuscitada de Cunhaú que haverá de verdade? Ninguém mais poderá responder...
(09.02.1941)
terça-feira, 22 de novembro de 2011
A RESSUSCITADA DO CUNHAÚ- PARTE III
Durante a narrativa, a "Ressuscitada de Cuntuiú" descrevia, com precisão, o ambiente em que se criara, indicando a vasta parentela fidalga, as ligações genealógicas, aprumada, certeira, impecável. O dr. Rigueira Costa ficou impressionado. Levou o fato ao conhecimento do Presidente da Província da Paraíba, dr. Francisco de Araújo Lima. A história passou ao domínio público, despertando um interesse geral.
A "Ressuscitada" ficou literalmente coberta de presentes, de mimos, de agrados. Exigia-se uma punição severa para a família Albuquerque Maranhão. O Chefe de Polícia informou aos interessados, creio que em caráter particular, Anacleto José de Matos, sopitando a ira, acompanhado pelo Comendador, seu ex-sogro, compareceu à Chefatura de Polícia paraibana. Foram acareados com a mulher. Ambos afirmaram ser a primeira vez que a viam. O Comendador negou firmemente a história maravilhosa. A filha falecera e ainda era chorada por todos. Dona Joana não reconheceu a que se dizia sua filha. Nem mesmo achara uma parecida com a outra.
A "Ressuscitada de Cunhaú" se defendia tenazmente. Enumerava detalhes da casa de sua família, particularidades domésticas, anedotas privadas, desnorteando o auditório. Indicou um sinal roxo, bem visível, que sua mãe teria no alto da perna direita. Anacleto José de Matos tinha uma cicatriz em meia-lua, em cima do mamilo esquerdo. Era vestígio de uma dentada que ela lhe dera em certa ocasião. Rigueira Costa pretendeu, para anular as suspeitas, mandar proceder a um exame em Dona Joana d' Albuquerque Maranhão e em Anacleto José de Matos. Ambos repeliram a idéia com violência exagerada. Autoridades e povo ficavam convencidos de que a "Ressusoitada" era, positivamente, a filha martirizada pela família aristocrática, impiedosa e terrível.
Os amigos, mais íntimos e mais poderosos da Casa Cunhaú, correram em auxílio do Comendador, exposto ao exa¬me coletivo e atormentado pela crítica social e unânime da Paraíba. Dois amigos o tenente-coronel Manuel Salustiano de Medeiros e o dr. Felíx Antônio Ferreira d'Albuquerque, grandes proprietários e agricultores, o segundo ex-deputado provincial no Rio Grande do Norte, foram depor, endossando as negativas feitas e influindo para que a vistoria não fos¬se realizada. O Comendador, furioso pela curiosidade pública e fremente de indignação pelo atrevimento do dr. Rigueira Costa sonhar examinar a respeitavel coxa de dona Joana d'Albuquerque Maranhão, dizia que só depois de passar por cima do seu cadaver.

AMARO BEZERRA CARNEIRO CAVALCANTE
O processo contra Anacleto José de Matos, acusado de tentativa de uxoricídio, foi iniciado. Toda a família Albuquerque Maranhão, alarmada, movimentou o prestígio, para obstar aquele escândalo sem precedentes.
Surgiu então o dr. Amaro Carneiro Bezerra Cavalcanti, deputado-geral pelo Rio Grande do Norte, casado com dona Maria Cândida, prima do Comendador e irmã de Dona Joana, mãe da "sei disant" "Ressuscitada"_
O dr. Amaro, deputado-geral pela terceira vez era então conservador puro, casado na maloca saquarema legítima e cioso de sua bandeira, Amícissimo do Comendador, que fôra seu "suplente" na Décima Legislatura, vôou em socorro dos seus grandes eleitores.
A situação política era propícia. Estavam dominando os conservadores, com o gabinete presidido pelo Marquês de Olínda Senador Pedro de Araújo Lima. O dr. Amare Bezerra deteve a marcha do processo e fê-lo desaparecer. O dr. José Nicolau Rigueira Costa, o Chefe de Polícia que tanto cuida¬do estava tendo pelas averiguações, foi, imediatamente transferido para o sul.

PEDRO DE ARAUJO LIMA - MARQUES DE OLINDA
A Ressucitada de Cunhaú desapareceu. Dizem que o dr. Amaro a levou para o Rio de Janeiro. Dizem que a mataram. Dizem que viajou para o norte, com dinheiro dado pelos Albuquerque Maranhão. Nunca mais ouviram falar em sua existencia, centralizadora das palestras durante tanto tempo.
Anacleto José de Matos, que se casou novamente, o Comendador, Dona Joana, os parentes, regressaram, tranquilos, as residências. Dissipara-se o fantasma da "Ressuscitada".
(07.12.1941)
Continua na próxima semana.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
A RESSUSCITADA DU CUNHAÚ – PARTE II
(AS IMAGENS ABAIXO EXIBIDAS SÃO DA BARRA DO CUNHAÚ E VILA FLOR. FORAM COLETADAS DO GOOGLE E FUNCIONAM COM MERA ILUSTRAÇÃO)
Ao médico, e depois ao dr. José Nicolau Rigueira Costa, Chefe de Polícia da Paraiba, a "Ressuscitada" contou sua história espantosa.
Casara sem amor, imposto Anacleto José de Matos pelos pais. O namorado fiel era um português, moço forte, bonito. Anacleto era grosseiro, impulsivo, grotesco. Depois de casada, encontrava-se com o português frequentemente. Um dia o marido surpreendeu-os em palestra intima. Não a matou imediatamente por temer a vingança fulminante dos Albuquerque Maranháo. Procurou o Comendador e narrou a traição de sua filha.

Antonio d' Albuquerque Maranhão Cavalcanti reunira o "conselho de Família", expondo o enrêdo, denuncia de Anacleto e pedindo sugestões para o bom nome da raça ílustríssima. Discutiram quase uma noite inteira. Dona Maria já estava presa, num quarto, incomunicável, guardada por um escravo, de bacamarte ponteiro.
Uma escravinha de confiança, esgueirando-se pelos corredores achatando-se de encontro as paredes, furou o cerco dos negros fiéis e vôou até o português, dizendo a tragédia.

Pela madrugada um escravo montou a cavalo e galopou para Vila Flor, para a residência de um parente, levan¬do uma carta. O "conselho de Familia" deliberara suprimir Dona Maria do número dos vivos. Resolvera-se optar pelo veneno porque o corpo seria vestido e visitado, quando ex¬posto no caixão. Convinha, apesar' da onipotência, anular os vestigios de um crime. Deram a Dona Maria Umbelina ordem para que "se encomendasse a Deus, pedindo perdão pelos pecados cometidos." Os Juizes, membros natos desse "con¬selho", eram sem macula de pecado.

CASA DE CÃMARA E CADEIA EM VILA FLOR
Voltando de Vila Flor, onde recebera uma dose de ve¬neno, o escravo foi detido pelo português. E convenceu-se depressa que devia substituir o veneno por um outro pó, igual em côr, que o português lhe entregava ao mesmo tempo que moedas de ouro, sedutoras como uma tentação.

Dona Maria passou o dia orando mas a escrava vinha pode dizer-lhe o que estava preparado. Tomasse o "veneno" sem susto. O "veneno" foi ingerido ao escurecer. A's trindades, hora em que o sino da Capela soava as três badaladas da "Ave Maria". expirava, suavemente, em seu leito de jacaran¬dá trabalhado, a filha mais moça do Comendador Albuquer¬que Maranhão Cavalcanti.
Tão violento era o veneno que o corpo da morta se enríjou dentro de poucas horas. Vestiram-na, mandando par¬ticipar aos parentes distantes, com os convites para o enter¬ro que seria na manhã seguinte. Estavam com mêdo de uma putrefação rápida. Ainda corre uma reminiscência de que o •cadáver estava podre ao ser sepultado. Era um elemento que a familia fazia circular, apressando a ida para o sepulcro.
Sepultada, Dona Maria voltou a si, alta madrugada, nos braços do português, num galope doído de cavalo robusto se¬guido por dois negros possantes, armados e resolutos.

Os cavalos levaram a "Ressuscitada" até Barra de Cunhaú onde uma canôa esperava. Remaram para a Baía da Traição, terra paraibana. Aí passaram para uma barcaça porque o português não queria ir para a Paraíba, região cheia de Albuquerque Maranhões, influentes e ousados. O rumo era ao norte.

E, pela manhã, a barcaça, lentamente, cortou águas, roteiro do Ceará, ajudada pelos ventos que rodavam do sul.
No Ceará, morrera o português, de morte natural. Um soldado airoso, substituíra-o. Ficara morando em Míssão Velha. Indo assistir uma "Festa de Novena" em São José de Piranhas, na Paraíba, apaixonara-se por outro soldado, abandonando o primeiro. Com esse soldado paraibano vivera até que, sendo ele transferido para um destacamento longinquo, não o quizera acompanhar. Decidiu descer para à Cidade da Paraíba.
Era essa a história da "Ressuscitada de Cunhaú". . .
(03.02.1941)

MISSÃO VELHA-CE
-continua na próxima semana-
(Transcrição ipsis litteris do “Livro das Velhas Figuras”)
Ao médico, e depois ao dr. José Nicolau Rigueira Costa, Chefe de Polícia da Paraiba, a "Ressuscitada" contou sua história espantosa.
Casara sem amor, imposto Anacleto José de Matos pelos pais. O namorado fiel era um português, moço forte, bonito. Anacleto era grosseiro, impulsivo, grotesco. Depois de casada, encontrava-se com o português frequentemente. Um dia o marido surpreendeu-os em palestra intima. Não a matou imediatamente por temer a vingança fulminante dos Albuquerque Maranháo. Procurou o Comendador e narrou a traição de sua filha.
Antonio d' Albuquerque Maranhão Cavalcanti reunira o "conselho de Família", expondo o enrêdo, denuncia de Anacleto e pedindo sugestões para o bom nome da raça ílustríssima. Discutiram quase uma noite inteira. Dona Maria já estava presa, num quarto, incomunicável, guardada por um escravo, de bacamarte ponteiro.
Uma escravinha de confiança, esgueirando-se pelos corredores achatando-se de encontro as paredes, furou o cerco dos negros fiéis e vôou até o português, dizendo a tragédia.

Pela madrugada um escravo montou a cavalo e galopou para Vila Flor, para a residência de um parente, levan¬do uma carta. O "conselho de Familia" deliberara suprimir Dona Maria do número dos vivos. Resolvera-se optar pelo veneno porque o corpo seria vestido e visitado, quando ex¬posto no caixão. Convinha, apesar' da onipotência, anular os vestigios de um crime. Deram a Dona Maria Umbelina ordem para que "se encomendasse a Deus, pedindo perdão pelos pecados cometidos." Os Juizes, membros natos desse "con¬selho", eram sem macula de pecado.

CASA DE CÃMARA E CADEIA EM VILA FLOR
Voltando de Vila Flor, onde recebera uma dose de ve¬neno, o escravo foi detido pelo português. E convenceu-se depressa que devia substituir o veneno por um outro pó, igual em côr, que o português lhe entregava ao mesmo tempo que moedas de ouro, sedutoras como uma tentação.

Dona Maria passou o dia orando mas a escrava vinha pode dizer-lhe o que estava preparado. Tomasse o "veneno" sem susto. O "veneno" foi ingerido ao escurecer. A's trindades, hora em que o sino da Capela soava as três badaladas da "Ave Maria". expirava, suavemente, em seu leito de jacaran¬dá trabalhado, a filha mais moça do Comendador Albuquer¬que Maranhão Cavalcanti.
Tão violento era o veneno que o corpo da morta se enríjou dentro de poucas horas. Vestiram-na, mandando par¬ticipar aos parentes distantes, com os convites para o enter¬ro que seria na manhã seguinte. Estavam com mêdo de uma putrefação rápida. Ainda corre uma reminiscência de que o •cadáver estava podre ao ser sepultado. Era um elemento que a familia fazia circular, apressando a ida para o sepulcro.
Sepultada, Dona Maria voltou a si, alta madrugada, nos braços do português, num galope doído de cavalo robusto se¬guido por dois negros possantes, armados e resolutos.

Os cavalos levaram a "Ressuscitada" até Barra de Cunhaú onde uma canôa esperava. Remaram para a Baía da Traição, terra paraibana. Aí passaram para uma barcaça porque o português não queria ir para a Paraíba, região cheia de Albuquerque Maranhões, influentes e ousados. O rumo era ao norte.


E, pela manhã, a barcaça, lentamente, cortou águas, roteiro do Ceará, ajudada pelos ventos que rodavam do sul.
No Ceará, morrera o português, de morte natural. Um soldado airoso, substituíra-o. Ficara morando em Míssão Velha. Indo assistir uma "Festa de Novena" em São José de Piranhas, na Paraíba, apaixonara-se por outro soldado, abandonando o primeiro. Com esse soldado paraibano vivera até que, sendo ele transferido para um destacamento longinquo, não o quizera acompanhar. Decidiu descer para à Cidade da Paraíba.
Era essa a história da "Ressuscitada de Cunhaú". . .
(03.02.1941)

MISSÃO VELHA-CE
-continua na próxima semana-
(Transcrição ipsis litteris do “Livro das Velhas Figuras”)
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
DO LIVRO "A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS"
OS MACEIÓS

A praia da Pipa desde os seus primórdios convive com um fenômeno natural geográfico que os nativos denominaram de “maceió”. Esse fenômeno é o resultado de correntes marinhas que ao passarem próximas as nossas costas, provocam a migração de grandes bancos de areia localizados ao largo. Esse fato pode ser observado em grande parte do nosso litoral. No caso específico da praia da Pipa, o movimento de areia ocorre com maior intensidade desde a praia do Moleque até a praia do Madeiro. Porém os “maceiós” só ocorrem na praia do Centro. Em determinadas épocas do ano, o movimento dessas correntes retira e repõe grandes quantidades de areias, principalmente nas praias dos Afogados, do Centro e praia do Porto, onde causam maior impacto visual.

A PEDRA DO SANTO EM ÉPOCAS DE ATERRO
A pedra do Santo, por exemplo, em determinadas épocas do ano, pode se encontrar totalmente aterrada, e a imagem de S. Sebastião, fixada em cima de um pedestal com quase 3 metros de altura, fica ao alcance das mãos de quem passa pelo local. Quando acontecem as marés de cavação, a mesma imagem do Santo pode se encontrar a vários metros da água, modificando extraordinariamente a paisagem. É tanto que algumas pessoas que tiveram a oportunidade de conhecerem o local em determinada época do ano, terem dificuldade para identificar o mesmo local, quando lá retornam em situação inversa.

A PEDRA DO SANTO EM ÉPOCAS DE CAVAÇÃO
Essa grande movimentação de terras já provocou destruição de casas situadas na praia do Centro, por não terem sido devidamente protegidas, como também nas antigas árvores frutíferas, que adornavam toda a orla marítima, principalmente na praia do Centro.
Árvores muito antigas como fruta pão, mangueiras bacuri e espada, e principalmente os centenários coqueiros, foram os que mais sofreram com esses fenômenos. Geralmente nos meses de junho a setembro ocorre a retirada das areias, que os nativos chamam de “marés de cavação”.
A partir do mês de outubro/novembro essas areias, aos poucos e de acordo com o movimento das marés, começam a retornar às praias, aterrando o que havia escavado. Justamente nessas ocasiões é que, de vez em quando, são formados os “maceiós”. Essas formações geológicas ocorrem quando o retorno das areias acontece com maior velocidade, não dando tempo de haver a dissipação uniforme por toda a praia. O acúmulo se faz a partir da ponta do morro principal (morro de Castelo ou Morro da Pipa) onde se inicia a enseada da praia do Centro, visto que as correntes ocorrem no sentido Sul/Norte.
O primeiro registro fotográfico que tenho de um “maceió” na praia da Pipa é da década de 60. Nessa época, esses fenômenos eram bem mais escassos. Tive oportunidade de presenciar no início dos anos 60, um “maceió” que causou espanto aos nativos e veranistas, pois permaneceu de um ano para o outro. Isso ficou gravado em minha mente porque naquela época os veraneios aconteciam, impreterivelmente, nos meses de janeiro e o retorno à praia, só ocorria no ano seguinte.

MACEIÓ NA DÉCADA DE 60
Atualmente os “maceiós” têm ocorrido com mais freqüência. Isso deve-se, possivelmente, as modificações que a natureza vem sofrendo pela ações predatórias e irresponsável dos homens.
Como as casas que ficam a beira-mar, são constantemente assoladas pelas vagas, principalmente nos meses de janeiro e fevereiro, tradicionalmente de marés mais fortes, seus proprietários, na tentativa de proteger suas moradas contra a força das ondas, retiraram do mar grandes quantidades de pedras e as puseram em frente às casas, construindo assim uma espécie de quebra-mar.
Ocorreu que a retirada desse material, apesar de ter beneficiado os banhistas no que se refere a “limpeza” do local de banho, facilitou a chegada das ondas à praia, que sem empecilho, aumentou sobremaneira, a velocidade com que as areias eram depositadas. Quando isso acontece cria-se uma faixa de areia mais alta próxima a linha d’água, que durante a preamar é transposta pelas ondas. As águas sem possibilidade de retornares ficam aprisionadas do outro lado e aos poucos vão formando um grande lagoa que os nativos denominaram de “maceió”.
Essas formações, a princípio, constituem um cenário de rara beleza, onde o mar fica separado dessa lagoa por uma estreita faixa de terra. Enquanto as marés altas estão transpondo essa faixa de terra e irrigando com água nova o “maceió”, as águas permanecem limpas e oxigenadas.Porém, quando ocorrem as “marés mortas”, e as ondas não conseguem vencer a faixa de areia, as águas que se encontram aprisionadas, por falta de oxigenação tornam-se escuras e fétidas.

A situação tende a piorar se nesse período ocorrerem chuvas, pois a mistura com a água doce que desce das ruas mais altas arrastando grande quantidade de detritos acelera o processo de insalubridade. Isso torna a lagoa um ambiente propício para o desenvolvimento de determinadas algas que para continuarem crescendo, retiram desse ambiente grandes quantidades de oxigênio, o que consequentemente acelera sua putrefação.
Quando isso ocorre, necessário se faz a utilização de máquinas para a abertura de canais unindo o “maceió” ao mar, para que nas marés baixas seja realizado o escoamento das águas estagnadas e nas marés alta sua renovação. Às vezes, essas máquinas são utilizadas também para o aterro dos “maceíos”, pois quando secam deixam uma lâmina de lodo que se não coberto de imediato, exalam forte odor, além de propiciar o aparecimento de moscas e pernilongos.

Porém, se essas providências não forem tomadas, messes depois, a natureza, como sempre, se encarrega de repor tudo nos seus devidos lugares e a praia da Pipa volta a ser o que é de sua natureza: encher os olhos com estonteante beleza aos que tem o privilégio de visitá-la, com a benção de seu padroeiro São Sebastião.
Pipa, setembro de 2011.
A praia da Pipa desde os seus primórdios convive com um fenômeno natural geográfico que os nativos denominaram de “maceió”. Esse fenômeno é o resultado de correntes marinhas que ao passarem próximas as nossas costas, provocam a migração de grandes bancos de areia localizados ao largo. Esse fato pode ser observado em grande parte do nosso litoral. No caso específico da praia da Pipa, o movimento de areia ocorre com maior intensidade desde a praia do Moleque até a praia do Madeiro. Porém os “maceiós” só ocorrem na praia do Centro. Em determinadas épocas do ano, o movimento dessas correntes retira e repõe grandes quantidades de areias, principalmente nas praias dos Afogados, do Centro e praia do Porto, onde causam maior impacto visual.

A PEDRA DO SANTO EM ÉPOCAS DE ATERRO
A pedra do Santo, por exemplo, em determinadas épocas do ano, pode se encontrar totalmente aterrada, e a imagem de S. Sebastião, fixada em cima de um pedestal com quase 3 metros de altura, fica ao alcance das mãos de quem passa pelo local. Quando acontecem as marés de cavação, a mesma imagem do Santo pode se encontrar a vários metros da água, modificando extraordinariamente a paisagem. É tanto que algumas pessoas que tiveram a oportunidade de conhecerem o local em determinada época do ano, terem dificuldade para identificar o mesmo local, quando lá retornam em situação inversa.

A PEDRA DO SANTO EM ÉPOCAS DE CAVAÇÃO
Essa grande movimentação de terras já provocou destruição de casas situadas na praia do Centro, por não terem sido devidamente protegidas, como também nas antigas árvores frutíferas, que adornavam toda a orla marítima, principalmente na praia do Centro.
Árvores muito antigas como fruta pão, mangueiras bacuri e espada, e principalmente os centenários coqueiros, foram os que mais sofreram com esses fenômenos. Geralmente nos meses de junho a setembro ocorre a retirada das areias, que os nativos chamam de “marés de cavação”.
A partir do mês de outubro/novembro essas areias, aos poucos e de acordo com o movimento das marés, começam a retornar às praias, aterrando o que havia escavado. Justamente nessas ocasiões é que, de vez em quando, são formados os “maceiós”. Essas formações geológicas ocorrem quando o retorno das areias acontece com maior velocidade, não dando tempo de haver a dissipação uniforme por toda a praia. O acúmulo se faz a partir da ponta do morro principal (morro de Castelo ou Morro da Pipa) onde se inicia a enseada da praia do Centro, visto que as correntes ocorrem no sentido Sul/Norte.
O primeiro registro fotográfico que tenho de um “maceió” na praia da Pipa é da década de 60. Nessa época, esses fenômenos eram bem mais escassos. Tive oportunidade de presenciar no início dos anos 60, um “maceió” que causou espanto aos nativos e veranistas, pois permaneceu de um ano para o outro. Isso ficou gravado em minha mente porque naquela época os veraneios aconteciam, impreterivelmente, nos meses de janeiro e o retorno à praia, só ocorria no ano seguinte.

MACEIÓ NA DÉCADA DE 60
Atualmente os “maceiós” têm ocorrido com mais freqüência. Isso deve-se, possivelmente, as modificações que a natureza vem sofrendo pela ações predatórias e irresponsável dos homens.
Como as casas que ficam a beira-mar, são constantemente assoladas pelas vagas, principalmente nos meses de janeiro e fevereiro, tradicionalmente de marés mais fortes, seus proprietários, na tentativa de proteger suas moradas contra a força das ondas, retiraram do mar grandes quantidades de pedras e as puseram em frente às casas, construindo assim uma espécie de quebra-mar.
Ocorreu que a retirada desse material, apesar de ter beneficiado os banhistas no que se refere a “limpeza” do local de banho, facilitou a chegada das ondas à praia, que sem empecilho, aumentou sobremaneira, a velocidade com que as areias eram depositadas. Quando isso acontece cria-se uma faixa de areia mais alta próxima a linha d’água, que durante a preamar é transposta pelas ondas. As águas sem possibilidade de retornares ficam aprisionadas do outro lado e aos poucos vão formando um grande lagoa que os nativos denominaram de “maceió”.
Essas formações, a princípio, constituem um cenário de rara beleza, onde o mar fica separado dessa lagoa por uma estreita faixa de terra. Enquanto as marés altas estão transpondo essa faixa de terra e irrigando com água nova o “maceió”, as águas permanecem limpas e oxigenadas.Porém, quando ocorrem as “marés mortas”, e as ondas não conseguem vencer a faixa de areia, as águas que se encontram aprisionadas, por falta de oxigenação tornam-se escuras e fétidas.

A situação tende a piorar se nesse período ocorrerem chuvas, pois a mistura com a água doce que desce das ruas mais altas arrastando grande quantidade de detritos acelera o processo de insalubridade. Isso torna a lagoa um ambiente propício para o desenvolvimento de determinadas algas que para continuarem crescendo, retiram desse ambiente grandes quantidades de oxigênio, o que consequentemente acelera sua putrefação.
Quando isso ocorre, necessário se faz a utilização de máquinas para a abertura de canais unindo o “maceió” ao mar, para que nas marés baixas seja realizado o escoamento das águas estagnadas e nas marés alta sua renovação. Às vezes, essas máquinas são utilizadas também para o aterro dos “maceíos”, pois quando secam deixam uma lâmina de lodo que se não coberto de imediato, exalam forte odor, além de propiciar o aparecimento de moscas e pernilongos.
Porém, se essas providências não forem tomadas, messes depois, a natureza, como sempre, se encarrega de repor tudo nos seus devidos lugares e a praia da Pipa volta a ser o que é de sua natureza: encher os olhos com estonteante beleza aos que tem o privilégio de visitá-la, com a benção de seu padroeiro São Sebastião.
Pipa, setembro de 2011.

domingo, 6 de novembro de 2011
ACTA DIURNA
Muito bem, Ormuz! Parabéns. Você mais um tento em prol da divulgação da nossa cultura! Continuo defendendo que a produção intelectual de funcionário público estadual em órgão público do Estado do RN (A República, jornal extinto) não cabe direitos autorais.
Abs.
Luiz Gonzaga Cortez.
Abs.
Luiz Gonzaga Cortez.
ACTA DIURNA
Parabéns, Parabéns e Parabéns! Ormuz, V. acertou em cheio! "Não é possível crer-se" em tamanha leveza de estilo, nesta e nessas Actas Diurnas, do Câmara Cascudo. Elas são, verdadeiramente, patrimônio inusitado desta Cidade do Natal!
Aguardo "cartas", aguardo Actas!
Tenha um bom domingo! (Junto dos seus, aqueles que lhe são muito queridos)
Abraços,
ENYLDO EGITO
Aguardo "cartas", aguardo Actas!
Tenha um bom domingo! (Junto dos seus, aqueles que lhe são muito queridos)
Abraços,
ENYLDO EGITO
ACTA DIURNA
Caro Ormuz.
Só você pra resgatar esssas memórias adormecidas pelo tempo.
Esse galo faz parte das minhas lembranças de infancia
e eu sempre olhava pra ele, imaginando mil histórias
que poderiam cercar a sua própria história.
Um abraço do amigo
Zezé
Só você pra resgatar esssas memórias adormecidas pelo tempo.
Esse galo faz parte das minhas lembranças de infancia
e eu sempre olhava pra ele, imaginando mil histórias
que poderiam cercar a sua própria história.
Um abraço do amigo
Zezé
ACTA DIURNA
Nobre Ormuz,
Tenho recebido os seus e-mail's a propósito do que você escreve pelo que agradeço penhoradamente a gentileza.
Quanto ao seu livro sobre Pipa, eu diria que se trata de um sucesso anunciado.
Mando-lhe, nesta oportunidade, o último conto por mim produzido, desta feita, montado exclusivamente no Estado do RN.
Um abraço de seu amigo e admirador.
Djaci Ferreira de Souza.
Tenho recebido os seus e-mail's a propósito do que você escreve pelo que agradeço penhoradamente a gentileza.
Quanto ao seu livro sobre Pipa, eu diria que se trata de um sucesso anunciado.
Mando-lhe, nesta oportunidade, o último conto por mim produzido, desta feita, montado exclusivamente no Estado do RN.
Um abraço de seu amigo e admirador.
Djaci Ferreira de Souza.
ACTA DIURNA
Ormuz vc.está fazendo um serviço de utilidade pública de alta envergadura
intelectual e cultural. Revivendo a história e LCC. Que o galo do presépio do
Menino Deus cante em seu louvor Ormuz - anunciando forças para vc. continuar
com a vocação para a pesquisa.
Parabéns
Velho Maux
intelectual e cultural. Revivendo a história e LCC. Que o galo do presépio do
Menino Deus cante em seu louvor Ormuz - anunciando forças para vc. continuar
com a vocação para a pesquisa.
Parabéns
Velho Maux
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