terça-feira, 24 de maio de 2011

A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS - O LIVRO

Caro Ormuz, seu livro já é sucesso. Já estou desejosa de tê-lo em mãos para me deleitar com suas belíssimas crônicas e ilustrações. Excelente obra! Meus cumprimentos pela qualidade.

Jania Souza-UBE
Natal/RN

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS - ILUSTRAÇÃO



Mais uma tela do artista plástico Levi Bulhões, que faz parte da ilustração do livro "A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS", que será lançado em outubro/2011. O artista utiliza a técnica mista da pintura acrílica com o bico de pena. A ilustração refere-se à crônica OS PRIMEIROS VERANISTAS, que dentre outras coisas relata a saga dos veranistas quando se deslocavam com seus rudimentares meios de transporte, da cidade de Goianinha até a praia da Pipa.

domingo, 22 de maio de 2011

A LINDA LENDA POTIGUAR DO TOURO MÃO-DE-PAU.




Nos sertões do nosso Rio Grande, até os tempos do meu bisavô Antônio Alves Machado, rico-homem de terras e gados, as enormes fazendas sertanejas de criação não tinham cercas nem pastos; os rebanhos viviam livres, embrenhados na caatinga sem fim. No manejo desse gado, pela seca de cada ano, havia o mutirão da ferra, pra marcação da garrotada nascida no inverno. Havia um grande curral, onde se reunia e dali partia a vaqueirama das redondezas; vestida de couro, mode os espinhos, vaquejando mato adentro, tangiam com belos aboios as vacas mansas e suas crias desmamadas. As reses mais ariscas eram perseguidas e derrubadas durante a perseguição por forte puxavante do rabo, pois a mata densa não permitia uso de laço. Depois de dominadas a muque, eram mascaradas ou peadas e trazidas para o curralão. Havia disputas entre os vaqueiros pelo maior número de bichos aprisionados. Daí nasceu o brabo esporte da vaquejada.

Mas, tamanha era a caatinga e tanto era o gado, que nem todos os garrotes do ano eram pegos e ferrados. Sempre restava algum mais esperto e arredio que não se deixava vencer, fugia pros pés-de-serra, cheios de lagedos, onde ficava mais fácil pro perseguido e mais difícil pros perseguidores. Assim, crescendo livre e sadio, sem contato humano, ficava cada ano mais selvagem e chegava a touro erado, o dito barbatão. Eram machos fortes e violentos, sem marca de dono, que passavam a atacar os vaqueiros em defesa das fêmeas que arrebanhavam, prejudicando o bom andamento dos trabalhos da pega de gado.

Vencer um barbatão era feito glorioso e vantajoso, pois, além do ganho em fama de traquejo e valentia, o vaqueiro preador ganhava o direito de posse do tourão vencido. Por sua ferocidade, sem nunca amansar nem sujeitar-se, era castrado ou abatido, após um festejo de torturas e abusos por parte da vaqueirama, muitas vezes vingando colegas mortos ou feridos nas tentativas de derrotá-lo.
Alguns barbatões, por invencíveis, muito se afamavam, como o cearense Boi Barroso, tourão vermelhusco que, segundo contam, deu sobrenome aos descendentes daquele que o venceu e castrou.

Na ribeira do Potengi, abas da serra Joana Gomes, criou-se um barbatão castanho, enorme e ladino, que por mais de uma década escapava dos quantos vaqueiros também famosos que vinham de longe querendo caçá-lo. Certa feita, durante uma perseguição, esse touro pisou num buraco de tatu, machucando um mocotó dianteiro. Mesmo assim prejudicado, por alguma manobra de esperteza, conseguiu escapar. A perna sarou, mas o pulso ficou duro, daí obrigando o animal a mancar. E ainda por vários anos falavam nesse bicho macho que, mesmo manco, ninguém vencia.

Aí surgiu a lenda do Touro Mão de Pau. Essa estória foi contada em cantorias do grande Fabião das Queimadas, escravo rabequeiro nascido e vivido na Lagoa dos Velhos. Depois, coletada por Câmara Cascudo, virou folheto de cordel, sendo enfim adaptada por Ariano Suassuna e cantada pelo talentoso Antônio Nóbrega. É uma comovente mostra da mais pura arte poética e musical nordestina, onde os antigos costumes e os bravos valores de honra são pungentemente louvados.

Da casa-grande da Fazenda Aliança, lugar de nossa posse, se avista o por-do-sol detrás da serra Joana Gomes. Diz-que em nenhum outro poente o céu tanto se avermelha; por certo, mode o sangue ali vertido pelo pelo honrado Mão-de-Pau.

Bartolomeu Correia de Melo

Se duvida dessas belezas, apois acesse o link:
http://www.youtube.com/watch?v=uYgPzCPQXiU

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS - ILUSTRAÇÃO



Essa tela do artista plástico Levi Bulhões, faz parte da ilustração do livro "A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS", que será lançado em outubro/2011. O artista utiliza a técnica mista da pintura acrílica com o bico de pena. A ilustração refere-se à crônica OS PRIMEIROS HABITANTES, que dentre outras coisas relata o roubo do pau-brasil pelos corsários franceses.

domingo, 15 de maio de 2011

OS PÁSSAROS VOLTARAM

Caro amigo e confrade Ormuz: nunca na minha vida tinha lido uma cronica como a da "volta dos pássaros"! Concebida e escrita com o espírito e o coração de menino. Meus parabéns estrelado pela bela crônica. Um grande abraço.

Joaquim Medeiros
Natal/RN

OS PÁSSAROS VOLTARAM

Ormuz:
Os pássaros, sempre voltam.
Você, por exemplo, é prova disso.Aí está, me enviando e-mail e me convidando a cantar Geraldo Azevedo e apreciar um pouco de sua infância, em Natal(cidade que adoro).
Estou disposta, a trocar "figurinhas" genealógicas.
Convido-o a visitar me blog de nome "monárquico" rsr: Da Cadeirnha de Arruar, d'onde escrevo memórias, à luz das recordações da família -

Lúcia Bezerra de Paiva
Fortaleza/CE

OS PÁSSAROS VOLTARAM

Parabéns amigo, pude curtir um pouco da natureza e o cantar dos pássaros através da sua crônica, além de ver Deus em tudo isso.

Carlos Cabral
Natal/RN

OS PÁSSAROS VOLTARAM

Amigo Ormuz, li o artigo e tive o prazer de retorna a rua Vigário Bartolomeu 625, onde morei na infância. La ia sempre ao velho mercado compra as rodas dos nossos caminhões e também as belas frutas que ali eram vendidas. É muito bom relembrar o passado, principalmente o nosso que tivemos um grande privilegio de ter uma cidade como Natal dos anos 60 e 70.
um grande abraço e obrigado pelo prazer de retornar a minha infância.

Fernando de Melo
Terezina/PI

OS PÁSSAROS VOLTARAM

Caro Ormuz:

Sou desse tempo. Nasci na Deodoro, numa casa que meu pai alugou ao Palatinik e onde vivi bons momentos. Deixei a Deodoro pela Rua Assu, quando construímos uma casa. Sempre estive ligado à área, aos pés de fíicus que o Agnelo, prefeito, resolveu destruir. Brinquei na Praça pio X e sou testemunha da construção do cinema Rio Grande. Fui assíduo Frequentador dos papos noturnos, na esquina com a Rua João Pessoa, onde, aos domingos a mulherada gostava de fazer footing para nossa admiração. Sou do tempo do bondes que passavam acionando suas campainhas para Petrópolis. Ali também, o médico, já falecido, Costa Neto e eu esperávamos o transporte para nos levar para o americano Batista, no Barro Vermelho, onde conheci Carlos Gomes e Terezinha. Ali também deslumbrei-me com a beleza e o porte helênico de Marilda Freire, filha do médico Antônio Freire. Ali conheci José Evaldo Caldas, meu maior amigo por mais de 60 anos. Os pássaros voltaram e nós não podemos fazer o mesmo. Forte abraço do



Ciro José.
Brasília/DF

sábado, 14 de maio de 2011

OS PÁSSAROS VOLTARAM

Ormuz

A sua crônica sobre os pássaros está linda, muito bem feita, informativa e romântica, sobretudo com um estilo simples. Lembrei de meu tempo de menino, quando pegava canário no quintal de casa, alguns de um amarelo que dava gosto de ver. Hoje em dia, em Aldeia, mais ou menos uns 20km daqui, ainda os vejo, mas são raros. Por lá tenho em quantidade saíras as mais diversas, sabiás e bem-te-vis, mas também guriatãs e tenho um vizinho e amigo, a quem hei de mandar sua crônica, que passa o dia observando os pássaros em sua casa; observando e fotografando. Vou procurar o site dele com fotos lindas e lhe mandar o link.

Interessante a sua observação de que os pássaros estão voltando. Acho que há certas coisas na vida que se sabe, mas não se sabe dizer - meu pai dizia isso - e me parece que essa é uma dessas.

Atencioso abraço

Geraldo Pereira
Recife/PE

sexta-feira, 13 de maio de 2011

OS PÁSSAROS VOLTARAM


OS PÁSSAROS VOLTARAM

“Canta, canta passarinho, canta, canta miudinho,
na palma da minha mão.
Quero ver você voando, quero ouvir você cantando,
quero paz no coração
Quero ver você voando, quero ouvir você cantando,
na palma da minha mão. . . “
Geraldo Azevedo


Na minha infância, na cidade de Natal, recordo que gostava de admirar, nas manhãs ensolaradas, uma grande diversidade de pássaros que cantavam nos pés de ficus benjamim que adornavam e arborizavam a Av. Deodoro da Fonseca, onde residia com minha família na casa de número 622. Cantavam e nidificavam naquelas árvores, entretanto, eram bem mais “ariscos” dos que os de hoje. Naquela época, os garotos se divertiam puxando “carrinhos” feitos com latas de leite vazias que eram cheias com areia, ou com carros feitos de madeira que eram confeccionados por nós mesmos. A madeira era obtida no antigo Armazém Natal que ficava na esquina da Av. Rio Branco com a Rua Ulisses Caldas.

Esse tipo de trabalho de fazer os próprios brinquedos ajudava a desenvolver a criatividade e a habilidade com as primeiras ferramentas, além do apego e amor aquele brinquedo. Os carros ou caminhões mais sofisticados tinham as rodas cobertas com tiras de borracha e os feixes de molas eram feitos com aspas de ferro, muito utilizadas na época, nas embalagens que chegavam ao comércio. Também brincávamos de bolinhas do gude (bolinha à vera!); com rodas de ferro, que eram empurradas e equilibradas com um arame de ponta envergada etc., porém, o brinquedo mais utilizado eram as temidas baladeiras.

Estilingue ou baladeira compunha-se de um gancho de madeira em forma de Y que eram retirados de árvores como o fícus Benjamin e das goiabeiras, considerados os melhores. Nas extremidades superiores amarravam-se duas tiras de borracha com média de 20 cm de comprimento por 1,5 cm de largura, retiradas de velhas câmaras de ar ou compradas no antigo mercado municipal na Av. Rio Branco, onde hoje funciona o Banco do Brasil. Na outra extremidade as tiras eram presas a um pedaço de couro ou sola, que conseguíamos com um antigo sapateiro que tinha sua oficina na Rua Princesa Isabel.

A baladeira era um brinquedo possuído e desejado pela maioria dos garotos daquela época. Tinha lugar de destaque nas perigosas guerras que fazíamos contra meninos de outras ruas. Por exemplo: Av. Deodoro versus Rua Felipe Camarão. Av. Deodoro contra a Travessa Camboim, do temido “Canteiro”, famoso personagem que metia medo nos garotos da época, por ser muito brigão, e diziam que sempre andava armado com um canivete.

Nesses combates utilizávamos seixos (pedra rolada) que considerávamos “munição real”. Quando a disputa era apenas diversão entre meninos da Av. Deodoro, utilizávamos apenas munição de “festim” que era os frutos ainda verdes da mamona – carrapateira -, muito abundantes nos terrenos baldios e que nunca machucavam, pois só podiam ser atiradas a distâncias consideradas seguras. Mas, aqui confesso envergonhado “mea culpa”, pois, também a utilizei em diversas ocasiões, contra as indefesas aves, pois, o único pecado que elas cometiam era cantar. E ao fazê-lo, eram facilmente localizadas entre as folhagens das árvores e abatidas com as certeiras pedras que atirávamos pelo simples fato de testar a pontaria, nas inconseqüentes brincadeiras de criança.

Naquela época as residências costumavam ter em seus quintais, além dos galinheiros onde as “penosas” eram cevadas para os dias de festa ou daquela visita inesperada, muitas árvores frutíferas. Pitombeiras, abacateiros, sapotizeiros, mangueiras, mamoeiros, goiabeiras, só para citar as mais comuns. Devido à grande quantidade dessas árvores, esses quintais eram freqüentados por pássaros que, na amanhecência do dia, nos despertava com seus gorjeios melodiosos.

Na década de 70, por volta dos anos de 1973/74, nossa fauna local sofreria uma grande mudança. Nessas mesmas árvores já podiam ser vistos os famigerados pardais. Inicialmente em casais, e pouco tempo depois em enormes bandos. Fui apresentado a esses pequenos predadores, quando ainda morava no Rio de Janeiro, onde iniciei minha vida profissional, no Banco do Brasil.

A chegada desses pássaros em nossa cidade, a exemplo do que aconteceu em outras cidades do nosso país, constituiu-se num verdadeiro desastre para nossa fauna alada de pequeno porte. Infelizmente, na época, ainda não havia esse apelo ecológico em defesa da natureza, sua fauna e flora. Porém, tenho minhas dúvidas que se o fato tivesse ocorrido em nossos dias, algo fosse feito para evitar o desastre diante de todas as agressões sofridas pela natureza, que diariamente presenciamos por esse Brasil a fora.

Predadores destemidos, obstinados, oportunista e territorialistas, os pardais não demoraram a expulsar de nossas árvores, a grande maioria dos pássaros de seu porte, e até mesmo os de porte mais avantajado, como os anuns.
Esse predador da espécime (Passer domesticus) que tem origem européia foi trazido para o Brasil no início do século XX, e teve como porta de entrada a cidade do Rio de Janeiro. A sua introdução tinha como objetivo de reduzir a proliferação de moscas e mosquitos que infestavam a cidade. Apesar de também serem predadores de insetos, a base de sua alimentação se constitui de grãos, o que resultou na pouca eficiência no controle da população desses invertebrados. Essa decisão precipitada e irresponsável que introduziu em nosso território, uma espécie endêmica do continente europeu, sem as devidas avaliações do impacto que causaria, constituiu-se num verdadeiro desastre para nossa fauna.

Na luta por territórios, os pardais utilizam várias técnicas para expulsar seus concorrentes. Uma delas se constitui no ataque em bandos, deixando suas vítimas em desvantagem numérica e obrigando-os, conseqüentemente, a fuga. Praticam, também, a invasão de ninhos e destruição dos ovos não eclodidos ou simplesmente a matança dos filhotes recém-nascidos. Como os pardais são aves com hábitos urbanos, e convive bem com a presença do homem, é bem possível que nossos pássaros, que não pereceram diante dos invasores, tenham encontrado refúgio seguro nas matas que cobrem as dunas que circundam parte de nossa cidade.

Entretanto, como a natureza é sábia e quase sempre resolve os problemas causados pela bestialidade dos homens, ao longo dos anos nossos pássaros foram se adaptando a presença do invasor e aprendendo a se defender com maior eficiência, e assim conseguiram conviver com os invasores.

Há algum tempo, todas as manhãs, caminho com um grupo de amigos pela Av. Rodrigues Alves. Sinto-me feliz em observar que há alguns anos os pássaros estão voltando para nossas árvores. Ao contrário da década de 70, é bem inferior o número de pardais encontrados. Durante as caminhadas vemos muitas rolinhas andarem em nossa frente à cata de pedrinhas e migalhas, sem temer os transeuntes. Ficaram tão mansinhas que às vezes precisamos desviar o caminho para não pisá-las. Em frente à capela de São Judas Tadeu, no final da Av. Rodrigues Alves, as inúmeras rolinhas empoleiradas nos fios da rede elétrica, lembram as linhas de uma partitura musical com todas as notas de um brasileiríssimo chorinho, quem sabe, o Tico-Tico no Fubá.

Os Bem-ti-vis, sanhaços, anuns, sibites, rouxinóis, colibris e até os bico-de-lacre, que são pássaro endêmico do continente africano, mas que não tem causado nenhum dano a nossa delicada fauna alada, desfilam por entre as árvores de nossa cidade cantando animadamente, para o deleite dos que cedo madrugam.
A mansidão e a excelente proliferação dessas aves devem-se, principalmente, a consciência ecológica despertada “ainda que tardia”, e atualmente muito valorizada. Infelizmente em nome dessa bandeira, alguns fanáticos têm cometidos excessos o que terminam por prejudicar toda a comunidade. Mas essa mesma tranqüilidade, também se deve ao desaparecimento dos tais meninos munidos com suas terríveis baladeiras.

Um dia resolvi trazer um pedacinho dessa natureza livre, pra dentro da minha morada. Comprei um alimentador de beija-flor, enchi-o com uma mistura de água com açúcar, coloquei na sacada do meu apartamento, e pacientemente esperei. Ao fim do quinto dia tive a alegria de receber o primeiro visitante. Era um beija-flor de cor negra, chamado popularmente de tesourão, pois, tem suas penas da calda em forma de tesoura. A partir desse dia, a todo instante, recebo a visita de várias espécimes, de tamanho e plumagens variadas. É uma delícia para os olhos e a mente. Depois de algum tempo de observação, já posso identificar cada um dos visitantes e até mesmo nominá-los.

Hoje, sempre que entro em casa logo me sento na varanda para observa esses pequenos seres alados que, além de desempenhar importante papel na polinização das plantas, se constitui numa das mais belas criação da natureza.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

DO BLOG DE LUCIA HELENA PEREIRA



ROBERTO PEREIRA, FILHO DE NILO PEREIRA, JÁ SE ENCONTRA EM NATAL PARA A 20ª BNTM. APROVEITO PARA POSTAR SUA CARTA A ORMUZ SIMONETTI, POSTADO EM 05-05.

"Meu caro Ormuz:

Emocionado, apesar da tardança do horário e, à Drummond, cansado das canseiras desta vida, em plena madrugada, acessando o seu site, eis a surpresa do Guaporé, onde se situa, teimosa e resistentemente, o Museu Nilo Pereira, ocorreram-me somente palavras de agradecimento à sua sensibilidade e a sua “eterna vigilância” em clamar/preservar o patrimônio material e imaterial do Ceará Mirim de saudosas lembranças para a família Pereira, porque, cidade mágica e por ser a Pátria espiritual do meu saudoso pai, como assim se referiu o escritor Edgar Barbosa, passou a ser também pátria de todo o seu rebento, “filhos do sol, netos da lua”.

O poema do escritor Diógenes da Cunha Lima, deveria ser editado em poster e distribuído nas escolas, ofertado, também, aos visitantes do nosso Ceará - Mirim. Conversando com a prima e escritora Lúcia Helena - arte e talento na preservação da memória de Nilo Pereira - é o que costumo ouvir da lavra intelectual dela, que, nilopereirianamente, tem sido uma intérprete da obra de papai, da identidade deste com a cidade, onde “verde nasceu no engenho Verde Nasce”.

...muito, muitíssimo grato a esse espaço que você disponibiliza ao RN, à região Nordeste, ao Brasil e ao mundo, enfocando Nilo Pereira, o Guaporé, o Ceará Mirim.
Nesta semana, de 11 a 15 de maio, estarei em Natal, assoberbado por um evento internacional, a 20ª BNTM - Brazil National Tourism Mart -promovido pela Fundação CTI Nordeste que, há 12 anos, me tem como secretário executivo. Vou adequar a minha agenda para andar os bons caminhos do Ceará Mirim, como a refazer as inúmeras visitas feitas ao lado de Nilo, que, ao adentrar a cidade, exclamava/declamava: “esta é a ditosa pátria minha amada”, do poeta maior, Camões, no seu poema épico Os Lusíadas. Para, em seguida, ele puxar Os engenhos de minha terra, que, na primeira estrofe, dizia: “Dos engenhos de minha terra, só os nomes fazem sonhar: Esperança! Estrela d'Alva! Flôr do Bosque! Bom-Mirar!”

"...irei com a minha mulher, Elaine, que vai levando o meu/nosso netário, Mariana, Marcela e Rafaela, que, na parte do lazer, já me entregaram uma programação que contempla as dunas, as falésias, passeios de bugre etc, mas ainda não se reportaram à terra do bisavô, tampouco - são crianças - à civilização do açúcar, tão inerente ao Ceará - Mirim..." etc, Roberto.
O Filme que todos temos que assistir !!!
VAMOS MELHORAR 2011!

Uma das maiores empresas de marketing do mundo, resolveu passar uma mensagem para todos, através de um vídeo criado pela TAC (Transport Accident Commission) e que teve um efeito drastico na inglaterra. Depois desta mensagem, 40% da população da inglaterra, deixaram de usar drogas e se alcoolizar, pelo menos nas datas comemorativas. Não temos este tipo de iniciativa aqui no Brasil. Espero que todos assistam, mesmo que não se alcoolizem ou usem algum tipo de drogas, e que reflitam e passem para os seus contatos.

Link do video:

http://www.youtube.com/watch?v=Z2mf8DtWWd8