domingo, 21 de março de 2010



“Em geral, as mães, mais que amam os filhos, amam-se nos filhos.”
Friedrich Nietzsche.

MÃES SÓ MORREM QUANDO QUEREM

“Eu tinha sete anos quando matei minha mãe pela primeira vez. Eu não a queria perto de mim quando chegasse à escola no meu primeiro dia de aula.
Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer. Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.
Quando fiz 14 anos eu a matei novamente. Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis. Mas logo no primeiro porre eu felizmente a redescobri viva foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.
Aos 18 anos ache que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição. Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese. Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.

Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão. . . Foi quando me casei, finquei bandeira na independência e segui viagem. Mas bastou nascer meu primeiro filho para descobrir que o bicho mãe se transformara numa espécie ainda mais vigorosa chamada avó.
Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe em dose dupla. . .
Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos pouco fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela aparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar. . .

Mas o final da história, ao contrário de que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer. Assim sem mais nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida.

Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães são para sempre. Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o estéreo terreno da saudade. . .

(Desconheço o autor)

Não sei. . . Se a vida é curta ou longa demais para nós. Mas sei que devemos amar as pessoas enquanto elas estão por aqui... É por isso que temos que amá-la sempre! E não matá-la em vida. . . Nunca saberemos quando ela vai querer partir. . . O vazio que fica, nunca conseguiremos preencher. . . Para quem ainda a tem ao seu lado, ame-a . . . Abrace-a sempre, dê-lhe colo. . . E para quem já não a tem mais ao seu lado. . . Guarde suas lembranças no mais precioso dos baús. . . Mesmo onde ela estiver, saiba que ela vai entender o recado. . . E vai chorar, quando você chorar. . .Vai sorrir quando você sorrir. . . Vai velar seu sono, quando fazia na época de criança. . . Não espere ela partir para lhe dar AMOR.

Um dia você vai descobrir que talvez a pessoa que mais lhe amou na vida, foi ela. . .Incondicionalmente. . . Desde que você surgiu nessa vida. . .Se ela estiver ao seu lado, dê-lhe um beijo e um abraço e diga o que ela sempre quis ouviu: MAMÃE, EU TE AMO! OBRIGADO POR VOCÊ EXISTIR!
E se ela já não estiver ao seu lado. . .Feche os olhos e faça uma prece para ela, agradecendo pela vida e também dizendo que a ama . . .

quarta-feira, 17 de março de 2010

GENEALOGIA DOS TRONCOS FAMILIARES DE GOIANINHA

Caro Ormuz:
Tenho recebido com alegria suas mensagens que ajudam a minimizar o peso da cruz que todos carregamos por destinação, dando especial destaque ao livro sobre a genealogia dos troncos familiares de Goianinha, sem dúvida obra de grande importância para a historiografia do Rio Grande do Norte, e mais recentemente, com que prazer ouvi That's what friends are for".
Realmente, é para isto que servem os amigos.

Com estima e gratidão do amigo

Moacyr Gomes
Natal/RN

segunda-feira, 15 de março de 2010

A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS

Olá Ormuz,

Fiquei muito emocionada ao ler o texto que escreveu sobre a sua mãe. Não a conheci muito bem, mas conheço o filho que esteve ao lado da mãe, muitas vezes em silencio, até os seus últimos dias (dela). Ao meu ver, esse fato o torna uma pessoa ainda melhor! É gratificante escrever sobre os nossos pais, para eles, estejam aqui ou ao lado do Criador e para nós mesmos. Lembra que no aniversário de painho eu escrevi que eu não quero sentir “saudade”, pois acho um dos sentimentos mais difíceis, mas infelizmente um dia ela chega... Relembrando a música “´O pedaço de mim, ó metade arrancada de mim... Que a saudade é o revês do parto, é pior do que o esquecimento...
Forte abraco.



Mariana Barbalho.
Currais Novos/RN

A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS

Amigo Ormuz,

Você tem muita razão.
Tem que denunciar e proteger esse patrimônio natural de Pipa.
O papel da comunidade é muito importente.

Flávio Almeida
Natal/RN

quinta-feira, 11 de março de 2010

BACHAREIO DE RECIFE E OLINDA 1832 a 1932

ARNALDO BARBALHO SIMONETTI

Data de nascimento - 23 de novembro de 1910 - colocação de grau -26"de novembro de 1932. Em 22 de dezembro do mesmo ano, foi nomeado para o cargo de Promotor de Justiça da Comarca de Caicó. Com¬promisso e exercício a 14 de janeiro de 1933. Por Decreto nr. 1.399, de 27-6-1933, do Interventor de então, designado em ¬comissão, para exercer o cargo de Delegado Auxiliar da Capi¬tal. Por ato n. 193, de 4-1-934, do Interventor Mario Câmara removido, a pedido, da Comarca de Caicó para a de Macaíba quando deixou a comissão de Delegado Auxiliar, por decreto de 12-8-1942, removido, a pedido da Comarca de Macaíba para a de São José de Mipibú. Nomeado em 4-10-1945, por decreto do Interventor Georgino Avelino, para exercer, em comissão o cargo de Delegado Regional de Policia, com sede no município de Nova Cruz. Por decreto de 13-2-1946, do Interventor Ubaldo Bezerra de Melo, nomeado, em comissão, para o cargo de Dele¬gado da Ordem Política e Social, da capital, assumindo, em seguida, por designação do mesmo Interventor, a Chefia de Polícia, durante aproximadamente dois meses, quando trans¬mitiu o cargo ao Dr. Manuel Varela de Albuquerque, nomeado posteriormente para aquelas funções.

Em 1947, eleito Deputado à Assembléia Constituinte, tendo sido eleito 1° Secretário da Mesa. Transformada a Assembléia Constituinte, em Legislativa, com a promulgação da Constituição e organizada nova Mesa diretora dos trabalhos, nova¬mente eleito primeiro Secretário, em cujas funções permaneceu, por todo período do mandato, dadas as eleições consecutivas o Terminado o mandato, voltou ao exercício do cargo de promotor de Justiça da Comarca de São José de Mipibu, por não ter conseguido a reeleição, figurando na quarta suplência da Legenda.

Por decreto de 18 de agosto de 1953, do Governador Silvio Pedrosa promovido, por antiguidade, da Comarca de São José de Mipibu, da 1° entrância, para a de Ceará-Mirim, 2° entrância, tendo sido, logo em seguida, posto à disposição da C. O. A. P. e depois da Procuradoria Geral do Estado por decreto de 12 de fevereiro de 1957, do Governador Dinarte de Medeiros Mariz, nomeado para exercer, interinamente as funções de sub-procurador geral do Estado.

Transcrito do livro Bachareis de Olinda e Recife
(Norte-Riograndenses formados de 1832 e 1932).


Ainda sobre o Dr. Arnaldo Barbalho Simonetti, transcrito do livro “Goianinha no Contexto Histórico da Província”

O Deputado Arnaldo Barbalho Simonetti apresentou junto a Assembléia Legislativa o projeto para que fosse dado o nome da escritora célebre à terra que a acolheu ao nascer. Assim a antiga vila de PAPARÍ passou a ter a denominação de, município de NÍSIA FLORESTA em homenagem justa e merecida à grande filha, de conformidade com o Decreto Lei n° 146 de 23 de dezembro de 1948.

O Dr. Arnaldo Barbalho Simonetti faleceu em 16 de junho de 1972, no Hospital da Beneficência Portuguesa em São Paulo, após uma operação para implantação de safenas.

segunda-feira, 8 de março de 2010

ACTA DIURNA - DENDE ARCOVERDE I

Uma maravilha!

Parabéns por compartilhar esses textos cascudianos.

Alex Gurgel
Natal/RN

A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS

Caro Ormuz:
Recebi sua emocionante mensagem sob o título "Apraia da Pipa dos meus avós", bonita sob todos os aspectos, sobretudo pelo belo exemplo de amor filial.
Receba um forte abraço do amigo

Moacyr Gomes
Natal/RN

quarta-feira, 3 de março de 2010

A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS

Uma linda crônica, caro Ormuz.
Pena que movida por um sofrimento que tem de ser superado.
Aceite meus pêsames pelo falecimento de sua mãe.

Paulo Gurgel Carlos da Silva
Fortalea/CE

terça-feira, 2 de março de 2010

A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS

Primo Ormuz, acabo de ler sua crônica, com lágrimas nos olhos, pela emoção transmitida! Abraços,

Maria do Carmo Simonetti
Jaraguá do Sul/SC

A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS

Ormuz,

Minha emoção foi grande ao ler, não, A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS, mas a declaração de amor que percorre cada palavra, frase ou parágrafo do seu relato.
Voltei àquele tempo em que vivíamos um janeiro/verão, familiar.
Aí, a memória voa e parece-me possível degustar aquele arroz de leite, que fez história, tanto quanto o puxa-puxa da minha mãe.
Sabe primo!!! O tempo se vai, mas a memória permace intacta, indelével e habitada por aquele algo mais que somente nós, privilegiados que fomos, vivendo ou escutando, somos parte, inquestionável, daquele mundo fantástico que passou.
Entretanto, jamais poderemos deixar ir!!!
Vamos repassar aos nossos filhos o que nos foi verbalizado, com amor e humor, por aqueles que nos antecederam.
O que escutamos e vivemos foi obra única, aquele amor que Drummond tão bem em "As sem razões do amor", escreve: "Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no elipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários".
Deus o abençoe e te permita muito mais.
Beijo grande,

Tásia Simonetti
Natal/RN

segunda-feira, 1 de março de 2010

A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS

Meu caro amigo Ormuz,

Fiquei sabendo, embora tardiamente, do falecimento de sua mãe. Receba a minha solidariedade e de Ruth, assim como nossas preces por este momento de dor.

Saiba que suas crônicas, recentemente com as “actas” do Mestre Cascudo, são muito benvindas e lidas semanalmente, quando chegam à esta caixa de entrada.

Agradecemos pela sua gentileza.

Abraço fraterno,

Nicolau e família
Natal/RN

A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS

Caro Ormuz,

Ao ler sua crônica, fiquei muito emocionado e sensibilizado com a perda de Dona Cirene, sua mãe. Que Deus lhe proteja e lhe dê muita força espiritual para suportar a irreparável falta pelo restante de sua existência.

Transmita à família nossas condolências.

Um afetuoso abraço.

Roberto Barbalho
Belém/PA

A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS

Meu primo, fiquei muito emocionada ao ler esta crônica, a saudade apertou. Quando fiquei sabendo do acontecido fiquei muito triste , porque na verdade ela era a minha ultima tia .Parece que advinhei em passar algumas horas com ela quando vim da pipa. Fiquei com a ultima lembrança de seu rostinho magro, sorrindo sentada na cadeira, onde falou "Odilonzinho é o irmão que mais quero bem"...Cantou Roberto Carlos, e falando bem baixinho pegou minha mão e dizendo o meu nome falou "Maysa não demore muito a voltar". Olha me emociono ao lembrar , mais agradeço a Deus de ter tido a oportunidade de ter passado aqueles dias maravihosos com voces na pipa e ter visto Tia Cirene ainda viva, foi por isto que fui para Natal. Aceite de coração meus sentimentos e estamos aqui a disposição d que precisarem. Nós da segunda geração temos a responsabilidade de procurar unir mais nossa família. Sinto muito a falta de voces aqui.

Beijo no coração de voces



Maysa Barbalho
Belém/PA