Visita do Presidente do IHGRN Ormuz Barbalho Simonetti
e o primeiro secretário Odúlio Botelho de Medeiros em visita ao Gabinete da
vereadora Eleika Bezerra. Na ocasião foi entregue a ilustre vereadora, dois
ofícios encaminhados pelo IHGRN. O
primeiro solicita o retorno dos nomes primitivos dos seguintes logradouros: Praça
Cívica para PRAÇA PEDRO VELHO; Parque
das Dunas Jornalista Luiz Maria Alves para BOQUE
DOS NAMORADOS e Cidade da Criança para LAGOA
MANOEL FELIPE. O segundo ofício solicita que se crie um dispositivo na Lei
Orgânica do Município, que impeça a mudança dos nomes primitivos das ruas,
avenidas e logradouros e que a partir da aprovação do dispositivo, a
denominação desses espaços públicos seja submetido à apreciação de uma comissão
formada por membros do IHGRN e do Conselho de Cultura do Estado do RN.
terça-feira, 31 de maio de 2016
quarta-feira, 25 de maio de 2016
OS 150 ANOS DA BATALHA DE TUIUTI.
HOMENAGEM DA CÂMARA MUNICIPAL DE NATAL PELOS 150 ANOS DA BATALHA DE TUIUTI. DIPLOMA RECEBIDO POR TER CONTRIBUÍDO COM DEPOIMENTO SOBRE O EVENTO.
A Batalha de Tuiuti
foi um evento militar ocorrido durante a Guerra do Paraguai que teve o
enfrentamento das tropas do General
Solono Lopes com a chamada Tríplice Aliança, resultado da união dos
exércitos do Brasil, Uruguai e Argentina. A guerra do Paraguai durou exatamente
seis anos de 1864 a 1870, e termina com a morte de ditador General Solono López.
A guerra foi provocada pelo General Solono López que queria conquistar
terras ao longo da Bacia do Prata.
Teve inicio com o aprisionamento de um navio brasileiro o paquete “Marques de
Olinda” em 11 de novembro de 1864 pelos paraguaios que navegava nas águas do
Rio Paraguai transportando que na ocasião transportava o presidente da
província de Mato Grasso Frederico Carneiro de Campos.
A Batalha de
Tuiuti, recebeu esse nome por ter sido travada nos pântanos que circundavam o Lago Tuiuti em território paraguaio. Durou
apenas seis horas e foi reputada como a mais sangrenta batalha já travada na
América do Sul. Teve inicio às 11 horas do dia 24 de maio de 1864 e termina por volta das 17 horas. Envolveu um
efetivo de 50.000 homens de ambos os lados e provocou em torno de 13.000 baixas
entre mortos e feridos.
O inglês George
Tompson, que lutou como oficial no exército paraguaio, em
seu testemunho disse que o General Solono Lopes confiava numa
esmagadora vitória de seus exércitos. Com isso iria empurrar os inimigos em
direção ao Rio Paraná, o que
definiria sua vitória, muito embora seus oficiais não confiassem nessa
possibilidade, principalmente por ser o inimigo muito mais numeroso.
A batalha teve
início por volta das 11 horas da manhã tendo durado até as 17 horas.
A princípio os exércitos aliados passaram por enormes dificuldades
principalmente pela surpresa do ataque seguindo-se a desorganização das
companhias, principalmente pela ausência do General argentino Bartolomeu Mitre,
então comandante em chefe das tropas aliadas.
Com a continuidade
da batalha surge entre as tropas brasileiras a figura do General Osório que
tomou as rédeas da situação e conduziu as tropas sob seu comando. O Paraguai
atacou inicialmente o exército uruguaio com 5000 soldados e os exércitos
brasileiro e argentino com mais duas alas com cerca de 9000 homens cada ala. As
tropas paraguaias eram comandadas pelos coronéis Maracó, Rojas, Dias e
Barrios.
Uma divisão dos
paraguaios composta com 5.000 homens atacaram as tropas uruguaias comandadas
pelo General Venâncio Flores então presidente do país.
Após dizimarem três batalhões uruguaios, partiram para atacar o
exército argentino que já se encontrava sob o comando do General Bartolomeu
Mitre.
Quando chegou a vez
de se confrontar com o exército brasileiro comandado pelo tenente coronel Emílio
Luís Mallet, comandante do 1° Regimento de Artilharia a Cavalo, a poderosa
cavalaria paraguaia chegou a ficar a apenas 50 metros das tropas brasileiras.
Porém, não conseguiram avançar em virtude de um fosso que o coronel Mallet
mandara cavar, única maneira de barrar a temida cavalaria cabocla.
Não conseguindo
avançar em virtude do fosso aberto, foi então rechaçada pelo pesado fogo da
artilharia brasileira, que resultou um enorme número de baixas na cavalaria
cabocla.
Quando a cavalaria
paraguaia se aproximava do exército brasileiro um dos saldados disse apavorado
a um alferes: “Saiba, vossa senhoria, senhor alferes, que o mato está se
avermelhando de caboclos", é que o uniforme dos soldados era vermelho.
A batalha termina
com a vitória dos aliados. Estima-se que o Paraguai perdeu nessa batalha mais
de 6.000 homens entre soldados e oficiais. Entre feridos e aprisionados
contava-se mais de 1.000 indivíduos. Unidades como o 40° Batalhão de Infantaria
Uruguaio foi totalmente dizimado.
Os aliados também
tiveram suas perdas, em torno de 4.000 homens. O exército brasileiro perdeu
cerca de 725 combatentes e 2.300 ficaram feridos.
O presidente Solono
Lopes refugia-se e entrincheirado nas Fortalezas de Curupaiti e
de Humaitá e morre em 1870, pondo
fim a guerra do Paraguai.
Por mais de quarenta
anos após a Guerra do Paraguai a batalha de Tuiuti ficou sendo a principal
comemoração militar brasileira, com destaque para o general Manoel Luiz
Osório como principal herói, e comandante das nossas tropas. Por seus
feitos, foi condecorado pelo Regente D. Pedro II com Marquês de Herval. Embora
tenha culminado com a vitória dos aliados, essa batalha ficou também conhecida
como a mais sangrenta batalha travada na América do Sul.
Três norte-rio-grandenses
participaram da batalha do Tuiuti. CLAUDINO CÂNDIDO DE VASCONCELLOS MONTEIRO; FIRMINO
JOSÉ DÓRIA, embora não tendo nascido no Rio Grande do Norte, aqui residiu por
mais de 10 anos, tendo inclusive sido deputado provincial no biênio 1860/1861 e
atuou como cirurgião do serviço de saúde do Exército o cearamirinense FELIPE
BEZERRA CAVALCANTI.
Ormuz Simonetti
Presidente do IHGRN
Presidente do IHGRN
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