sábado, 26 de dezembro de 2015





SOBRE O PRÉ LANÇAMENTO DO LIVRO "A PRAIA DA PIPA DO TEMPO DOS MEUS AVÓS", SEGUNDA EDIÇÃO ATUALIZADA COM 472 PÁGINAS E 763 IMAGENS.





PARA VER A MATÉRIA ACESSE O LINK:

http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/bom-dia-rn/videos/t/edicoes/v/ormuz-simonetti-lanca-livro-no-rn-a-praia-da-pipa-do-tempo-dos-meus-avos/4689810/



NESTE MOMENTO EM QUE VIVEMOS O RENASCIMENTO DO CRISTO REDENTOR DO MUNDO, A DIRETORIA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE, LIDERADA PELO PRESIDENTE VALÉRIO MESQUITA

VEM APRESENTAR A SUA MENSAGEM DE FELIZ NATAL, PAZ E UM ANO NOVO PROMISSOR, NA CERTEZA DE CONTINUAÇÃO DA LUTA EM FAVOR DA CULTURA DO ESTADO E DO BRASIL.
                                            

Poema de Natal

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.

Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.

Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.

Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
                                                    Vinicius de Moraes

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O GENERAL JOÃO VARELA


Postagem feita em 01/06/2011, no Blog “CEARÁ-MIRIM CULTURA E ARTE”, mantido pelo Acadêmico Gibson Machado.

O General de Brigada João da Fonseca Varela, nasceu em Ceará-Mirim, em 2 de dezembro de 1850 e morreu em Natal, aos 81 anos completos, no mesmo mês do nascimento, dia 12, em 1931.
Herói da Guerra do Paraguai, último comandante da Fortaleza dos Reis Magos, Chefe de Políc
ia (equivalente a Secretário de Segurança) e abolicionista, foi promovido a general por ato do Presidente Epitácio Pessoa. Recebeu inúmeras distinções, entre elas a Medalha de Bravura Militar, as Medalhas das Imperiais Ordens de Cristo e da Rosa e a da Campanha do Paraguai.
Homem de muita bravura, civismo (alistou-se para a campanha do Paraguai quando tinha apenas 16 anos) e integridade moral, é motivo de orgulho para a sua cidade de nascimento e para o próprio Rio Grande do Norte e um estímulo para os seus descendentes e conterrâneos.
Nenhuma voz é mais credenciada do que a de Câmara Cascudo que a ele dedicou uma de suas Acta Diurna, publicada em 2 de julho de 1943(*):

“O Presidente Epitácio Pessoa pelo Decreto 3.958, de 24 de dezembro de 1919, conferiu aos oficiais veteranos da Campanha do Paraguai as honras de General de Brigada.
Por isso João da Fonseca Varela era o General Varela.
Recordo-o com saudade. Ato, forte, claro, a longa barba branca descendo para um busto de atleta, parecia um daqueles boers do Transval, soldados natos e comandantes desde o batizado.
Cercava-o um halo de veneração irresistível. A onda nacionalista, deflagrada por Olavo Bilac, encontrava no velho Varela um centro de atração para o nosso entusiasmo.
Em todas as festas militares ou civis onde houvesse multidão, estava presente o veterano do Paraguai, possante, sereno, fardado, o peito coberto de condecorações.
Quando as bandas executavam o hino nacional em continência à bandeira ele tirava o boné da cabeça e ficava hirto. Não fazia continência à bandeira da República porque não era a sua, a de Caxias, Osório, Porto Alegre e Pelotas, seus ídolos.
Disciplinado, saudava apenas a bandeira de sua Pátria.
Republicano na Monarquia, era monarquista na república. Monarquista platônico, respeitador das leis, lembrando sempre o imperador.
Nascera num aniversário de D. Pedro II, 2 de dezembro de 1850. Com dezesseis anos, fugindo de casa, alistou-se voluntário para a guerra contra o ditador Francisco Solano Lopez, o tiranillo do Paraguai, a 9 de março de 1865.
Seguiu no 28º Batalhão até S. Borja, onde este se dissolveu, comandado pelo norte-rio-grandense José da Costa Vilar. Incorporou-se ao 36º de Voluntários da Pátria. Alferes, passou para o 36º e depois para o 48º Batalhão e foi extinto depois de Avaí.
Varela ficou adido ao 2º batalhão de Infantaria e posteriormente ao 18º.
Bateu-se em Avaí, em Curuzu, em Curupaiti, na ponte de Itororó, em Humaitá, na batalha-modelo de Lomas Valentinas.
(...)
Feita a paz voltou a Natal e regressou ao Exército, sendo alferes efetivo.
(...)
No Rio Grande do Norte teve várias comissões, todas militares. Comandou a Fortaleza dos Reis Magos, em 1888. Ingressou no Corpo Policial da Província, sendo capitão e o seu comandante. Enfrentou, em diligências ásperas, os cangaceiros no interior norte-rio-grandense e paraibano.”

O notável Mestre de todos os norte-rio-grandenses ainda relata que o general vira Caxias, Osório, Porto Alegre, Pelotas e Fernando Machado, seus heróis, nos acampamentos e nos campos de batalha, cada qual com a sua característica, todos, entretanto, bravos guerreiros.
Diz ainda o grande historiador potiguar que, dias antes de morrer, erguendo-se com muita dificuldade, o velho general fardou-se e foi à Praça Pedro II (hoje João Tibúrcio), onde erguia-se o busto do imperador e, diante do busto, perfilou-se, bateu uma continência e voltou para casa, para morrer.

(*) – Cascudo, Luís da Câmara – “O livro das velhas figuras” – IHGRGN. 1976 (págs. 84/86)

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domingo, 29 de novembro de 2015

ESTÓRIAS, LENDAS E TRADIÇÕES DE CEARÁ-MIRIM


Antônio Sérgio Medeiros da Silveira.




Entre todos os povos, as lendas formam a tradição viva do pensamento primitivo. Constituem a base dos contos populares, são transmitidas oralmente e conservadas pelo costume. Elas crescem com os conhecimentos diários e se incorporam à vida cotidiana.

Em Ceará-Mirim, esse patrimônio de tradições é fruto de inúmeras estórias cultuadas por gerações e gerações. Refletem o desenvolvimento sócio-econômico e cultural de seu povo e se vinculam ao florescer da atividade agro açucareira no vale. São relatos contados nas dependências dos velhos engenhos. Com o passar do tempo, foram sendo adoçados e se transformando noutros, misturando-se a elementos que expressam a formação étnica de seu povo.

Narram os antigos que em um dos engenhos se cometiam perversidades tais que causavam repulsa até mesmo aos outros proprietários do vale. Eram episódios que manchavam de vergonha, tamanha a sua crueldade, mesmo numa época em que era comum a aplicação de castigos físicos aos escravos. Tais castigos, para alguns, se assemelhavam ao próprio inferno vivenciado na terra.

Dizem que num túmulo do cemitério velho de Ceará-Mirim vive uma gigantesca serpente, que seria a personificação da antiga senhora desse engenho. Trata-se da lenda da mulher que virou serpente. Falecida repentinamente, como forma de tocar o coração do seu esposo e a pedido dos deuses, seu corpo teria se transformado numa grande serpente que devia ser contida. Seu túmulo foi concretado e acorrentado devido às grandes rachaduras ali surgidas.

Para os dogmas cristãos, essa transformação traduz a incessante luta entre o Bem e o Mal. Nos livros do Gênesis e de Isaías o Mal é textualmente chamado de Serpentem Tortuosum. Ele age em forma de serpente, representando as forças subterrâneas, misteriosas e identificadas como sendo o espírito das trevas. Por outro lado, essa manifestação reproduz o pecado original com todas as suas desastrosas conseqüências: o Tentador, a Tentação, a Queda e o Castigo, como se refere a Bíblia: Callidis Simum Omnium Animatium.

O senhor desse engenho exigia de seus escravos cega obediência e eles faziam de tudo para servi-lo. Segundo Madalena Antunes, no seu livro de memórias, Oiteiro, “quem tinha negro ruim, vendia ao dono daquele engenho ou, quando muito, uma simples ameaça era o suficiente para o infeliz, amedrontado, logo melhorar a conduta”.
Conta-se, ainda, que até os animais reclamavam dos abusos ali praticados. Das estórias narradas, uma se faz presente no cotidiano popular: “o boi que teria falado”. Num certo dia, como noutro qualquer naquele engenho, cansado da lida, um boi teria exclamado: “Não é possível que nem na sexta-feira santa se descanse nessa propriedade”.

Também faz parte do imaginário popular de Ceará-Mirim a estória da baleia que estaria dormindo num gigantesco berço posto em baixo do altar-mor da matriz. Conta-se que, após uma salutar disputa entre Santa Águeda e Nossa Senhora da Conceição, pela escolha da Padroeira da Cidade, Santa Águeda, derrotada, teria invocado a Deus que aprisionasse aquele animal, libertando-o somente quando as águas do Rio Ceará-Mirim banhassem a calçada da Matriz.

A lenda da Cabaça é outra narração que faz parte da imaginação popular, sendo alimentada pela existência de um grande rio subterrâneo que corta a cidade de ponta a ponta. Segundo os moradores do município, ao se mergulhar um porongo no Rio do Mudo, na Jacoca, ele é levado pelas águas, surgindo no Olheiro Pedro II, próximo à estação ferroviária da cidade. Conta-se que esse rio é a fonte principal a alimentar os olhos d’água do município.
  1. Fonte: Ceará-Mirim Tradição, Engenho e Arte - UFRN/SEBRAE/Prefeitura de Ceará-Mirim - 2005.



quarta-feira, 11 de novembro de 2015

NSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO TEM NOVOS DIRIGENTES



Durante o período das 9h às 16h de ontem, ininterruptamente, o INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE, em sua velha sede da Rua da Conceição, 622, Cidade Alta recebeu os seus associados para a escolha dos novos dirigentes para o triênio 2016-2019 em eleição direta e secreta, em mais um momento histórico para a Casa da Memória, em ambiente de total cordialidade.

Com resultado da vitória da "Chapa Consolidação" liderada pelo sócio ORMUZ BARBALHO SIMONETTI, que se comprometeu a dar continuidade à excelente gestão do escritor VALÉRIO ALFREDO MESQUITA, que declinou em se candidatar à reeleição, temos a certeza de que os objetivos do atual Presidente serão alcançados.


                      O Presidente VALÉRIO depositando o seu voto


                                       Flagrante da votação

Presença do Presidente Vitalício Jurandyr Navarro, Presidente
da Comissão Eleitoral juntamente com Carlos Gomes e Jansen Leiros
                    O novo Presidente Ormuz, no momento da votação



DIRETORIA

1.Presidente: ORMUZ BARBALHO SIMONETTI
2.Vice-Presidente: ROBERTO LIMA DE SOUZA
3.Secretário-Geral: ODÚLIO BOTELHO MEDEIROS
4.Secretário-Adjunto: FRANCISCO JADIR FARIAS PEREIRA
5.Diretor Financeiro: AUGUSTO COÊLHO LEAL
6.Diretor Financeiro Adjunto: JOSÉ EDUARDO VILAR CUNHA
7.Orador: ARMANDO ROBERTO HOLANDA LEITE
8.Diretor da Biblioteca, Arquivo e Museu: CLAUDIONOR BARROSO
BARBALHO
CONSELHO FISCAL
1.EIDER FURTADO DE MENDONÇA E MENEZES, Membro titular
2.TOMISLAV RODRIGUES FEMENICK, Membro titular
3.EDGAR RAMALHO DANTAS, Membro titular
4.EDUARDO ANTÔNIO GOSSON, Membro suplente.
Venha votar presencialmente ou envie a sua manifestação por
correspondência em envelope lacrado para o endereço acima descrito e valorize o seu Instituto.
A posse só ocorrerá no dia 29 de março de 2016, por ocasião das comemorações dos 114 anos de fundação da CASA DA MEMÓRIA.


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

INSTITUTO HIST[ORICO E GEOGRÁFICO DO RN.







 INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE
– A MAIS ANTIGA INSTITUIÇÃO CULTURAL DO ESTADO –
       Rua da Conceição, 622 / 623, Centro – CEP: 59025-270 – Natal/RN
CNPJ.: 08.274.078/0001-06  -  Fone: (84) 3232-9728
E-mail: ihgrn1902@gmail.com
 





CONVITE ELEITORAL


A Diretoria do IHGRN comunica ao ilustre associado que no próximo dia 10 (dez) de novembro, a partir das 9h, no prédio da Rua da Conceição, 622, Cidade Alta, CEP: nº 59.025-270, ocorrerá a eleição da nova diretoria para o próximo triênio.
A sua presença será muito importante para respaldar a continuidade do desenvolvimento desta Casa e um incentivo para o prosseguimento das metas administrativas que serão implantadas.
Conforme é do conhecimento geral, somente uma chapa denominada Consolidação fez o registro regular de sua inscrição, dentro do prazo estabelecido pela Comissão Eleitoral, com a seguinte composição:
DIRETORIA
1.Presidente: ORMUZ BARBALHO SIMONETTI
2.Vice-Presidente: ROBERTO LIMA DE SOUZA
3.Secretário-Geral: ODÚLIO BOTELHO MEDEIROS
4.Secretário-Adjunto: FRANCISCO JADIR FARIAS PEREIRA
5.Diretor Financeiro: AUGUSTO COÊLHO LEAL
6.Diretor Financeiro Adjunto: JOSÉ EDUARDO VILAR CUNHA
7.Orador: ARMANDO ROBERTO HOLANDA LEITE
8.Diretor da Biblioteca, Arquivo e Museu: CLAUDIONOR BARROSO BARBALHO

CONSELHO FISCAL 
1.EIDER FURTADO DE MENDONÇA E MENEZES, Membro titular
2.TOMISLAV RODRIGUES FEMENICK, Membro titular
3.EDGAR RAMALHO DANTAS, Membro titular
4.EDUARDO ANTÔNIO GOSSON, Membro suplente.

Venha votar presencialmente ou envie a sua manifestação por correspondência em envelope lacrado para o endereço acima descrito e valorize o seu Instituto.


Atenciosamente,

A Diretoria.



quinta-feira, 8 de outubro de 2015

IVONE BEZERRA DE SOUZA – PROFESSORA


Gerinaldo Moura da Silva, ocupante da Cadeira número 21 da ACLA.



A professora Ivone Bezerra é natural do município potiguar Pedra Preta, onde nasceu no dia dedicado aos Santos Reis Magos, 06 de janeiro, no ano de 1947. Seus pai é o senhor Luiz Epifânio de Souza, funcionário público municipal e sua mãe, dona Alcina Bezerra de Souza, uma exímia costureira.
Seus primeiros estudos, fez na Escola Isolada Gercina Bezerra, em Pedra Preta, e no ano de 1963, veio com a família morar em Ceará-Mirim, contando nessa época com 16 anos de idade.

Na terra dos verdes canaviais, Ivone que pretendia dar continuidade aos estudos, passou a frequentar as aulas preparatórias ao Exame de Admissão ao Ginásio, com o professor José Tito Júnior. Aprovada, matriculou-se na Escola Normal Ginasial “Dr. Augusto Meira”, que funcionava no prédio do Grupo Escolar Barão de Ceará-Mirim, concluindo esta etapa escolar, no ano de 1966.
No ano seguinte, Ivone frequenta a Escola Municipal de Comércio, onde conclui apenas o 1º ano do Curso Técnico em Contabilidade, transferindo-se para a Escola Normal “Professor José Ivo” onde habilita-se para exercer o Magistério, lecionando para as crianças do Curso primário. Embora sua primeira experiência profissional tenha sido em outra seara, pois trabalhou no 1º Cartório Judiciário de Ceará-Mirim, com o tabelião Leovigildo Cavalcanti de Albuquerque, conciliando estudo e trabalho.

Somente em 1971 passa a trabalhar no Instituto Imaculada Conceição, exercendo suas funções na secretaria do citado estabelecimento de ensino, vindo depois seu ingresso propriamente no magistério, sendo a professora responsável numa turma de jardim, e em seguida, foi promovida para atuar na Pré-Escola.
Tendo sido aprovada no Concurso Público Para o Magistério Estadual no final dos anos 60, sendo convocada 02 (dois) anos depois, e em 1970, foi nomeada para trabalhar na Escola Estadual Barão de Ceará-Mirim.
No mês de dezembro de 1982 Ivone casou-se e desse matrimônio nasceu sua única filha, Ívia Maria de Souza Nascimento, funcionária pública municipal, lotada na Secretaria Municipal de Defesa Social, sendo Guarda Municipal
O ano de 1986 marcou a vida de Ivone com dois acontecimentos: o nascimento de Ívia Maria, e sua conclusão no Curso de Especialização em Educação Especial para Professores Atuantes na Pré-Escola para Excepcional.

Na Escola Estadual barão de Ceará-Mirim, existiam alunos com necessidades especiais, em turmas classificadas como “Treináveis” e “Educáveis”, muito tempo antes de surgir a APAE em nossa cidade. E as professoras destes alunos eram preparadas em cursos oferecidos pelo Governo do Estado, sendo a escola pioneira na inclusão de alguns desses alunos nas turmas dos ditos “normais”.
Após 25 anos lecionado na mesma escola, a professora Ivone bezerra de Souza se aposenta, depois de ter prestados um grande serviço ao magistério de nossa cidade, sempre com dedicação, amor e paciência, esforçando-se para que seus alunos pudessem ter o melhor.
Mesmo aposentada, Ivone continuou ligada ao Magistério, dando aulas de reforço para os alunos que tinham dificuldades na aprendizagem, em sua própria residência, sem nunca ter deixado o saudável hábito da leitura, que continua sendo o seu passatempo predileto.


sábado, 22 de agosto de 2015

MESTRE SANTANA


Gerinaldo Moura da Silva
Ocupante da Cadeira número 21 da ACLA - Academia Ceramirinense de Letras e Artes.

O mestre/escultor Santana, nasceu no município de Pedro Velho, aos 18 dias do mês de fevereiro de 1964. Seu nome de registro é Antonio Santana de Lima. Casou-se com Luci Silva de Lima (in memoriam) tendo, desse casamento dois filhos: Lorayne Kelly Silva de Lima e Yogo Silva de Lima. 
O escultor Santana é conhecido por seu estilo, inicialmente, de peças em miniaturas, partindo do sacro para o erótico. Entretanto, os orixás são presenças permanentes nas suas produções artísticas. O artista caminha pelas ruas de nossa cidade com um pedaço de madeira tosca nas mãos e, de sua mente brilhante e criativa, vão surgindo os contornos desejados que o mesmo vai dando formas, e as personagens aparecem devagar enchendo a vista de todos que as contemplam.

Esse trabalho teve início ainda quando o mesmo tinha 14 anos, conforme ele declarou ao Jornal “Tribuna do Norte”, em entrevista, no ano de 1996.
Santana tornou-se bastante conhecido em vários estados brasileiros, bem mais do que em Ceará-Mirim. Mesmo assim, sempre prestigiou os mais diversos eventos culturais e artísticos de nossa cidade, para os quais fora convidado em escolas, bibliotecas, praças públicas, etc.

Muitas de suas esculturas tornaram-se famosas pela peculiaridade. Dentre elas, podemos destacar “A Santa Ceia”, uma miniatura que, para ser vista com perfeição, tem que se usar uma lupa; “A Medusa”; LAMPIÃO CAVEIRA; O HOMEM RENDEIRO E O CANGAÇO, que fazem parte de seu catálogo espalhado pelo mundo em revistas, jornais e nas redes sociais.
Santana vem se destacando nos vários eventos de que participou pelo país afora, dentre os quais, elencamos os seguintes:
– FIART, desde a sua criação, em 1994 – 20 anos de Feira Internacional de Artesanato.
– Salão de Artes Plásticas – Natal, 1995
– Festa do Boi – Parnamirim, 1998.
– Feira “Brasil Mostra Brasil” – João Pessoa/PB, 2000 a 2004
– Multifeira – João Pessoa/PB, 2000 a 2005.
– Multifeira – Natal/RN, 2000 a 2005
– I Feira de Turismo de Natal – Natal, 2002.
– Espanha – Mostra Nordeste – Brasília/DF, 2002
– Multifeira – Cuiabá/MT, 2004.
– Festa dos Estados – Brasília/DF, 2004.
– I Festa de São João do Nordeste: “São Paulo de Todos os Nordestinos”! – São Paulo/SP, comemoração dos 450 anos da cidade – São Paulo/SP/2004.
– II Mostra RN – Natal, 2006.
– XII Congresso brasileiro de Folclore – CEFET. Natal, 2006.
– II Salão de Turismo no Anhembi – São Paulo/SP, 2007.
– I Mostra Nacional de Desenvolvimento regional – Salvador/BA, 2009.
– III Feira de Negócios da Região do Mato Grande – João Câmara/2009
– I Mostra de Artes Visuais de Ceará-Mirim, promovida pela ACLA, na Capitania da Artes. Natal 2011.
– Agosto da Alegria – Natal, 2011.
– Salão Nordeste de Arte Popular “Chico Santeiro” – Natal/2011.
– I Seminário de Cultura da Região Metropolitana de Natal – Natal/2013
– Norte Shopping – Brasília/DF

Santana também foi homenageado em vários eventos, devido ao seu talento e reconhecimento pela produção artística. Congressos realizados em Brasília, Natal, Ceará-Mirim, São Gonçalo do Amarante e no Sambódromo, no Rio de Janeiro, são alguns desses momentos marcantes em sua vida de artista.
Em Ceará-Mirim, Santana participou de exposições coletivas na Biblioteca Pública Municipal Dr. José Pacheco Dantas, organizadas pela Assessoria de Cultura da Prefeitura Municipal; na Escola estadual Interventor Ubaldo Bezerra de Melo; na Secretaria Municipal de Educação; no Museu Nilo Pereira; na Escola de Artes “José Lemos de Oliveira”; no centro esportivo e Cultural; na festa de Nossa senhora da Conceição; no FEST Comércio Ceará-Mirim; no Colégio Santa Águeda e no I Fórum Comunitário do selo UNICEF.
No ano de 1996, durante a apresentação do Plano de Ação Cultural para o município, promovido pela Assessoria de Cultura do Município e da Biblioteca Pública Municipal, Santana participou de uma Exposição Cultural, no “Salão Nobre Ruy Pereira Júnior”.


A revista Geográfica Universal de 1996, traz em suas páginas 74/75 reportagens referentes aos mestres cearamirinenses, Etewaldo Cruz Santiago e Antonio Santana de Lima. Nesse período outros veículos de comunicação também registram a trajetória de Santana, dentre eles destacamos os Jornais Tribuna do Norte, Diário de Natal e “O Litoral”, as revistas “Préa” “Rede da Renda” e “Fatos e Fatos”.
Por ter se tornado um grande colaborador da Biblioteca Pública Municipal Dr. José Pacheco Dantas e do Colégio Santa Águeda, Santana é agraciado com os títulos de “Amigo da Biblioteca” - pela Prefeita Therezinha Mello e “Amigo do CSA” - pela Madre Irmã Regina Pacis.
EXPOSIÇÕES PERMANENTES DE SEUS TRABALHOS 
– Na alta estação – Praia de Muriú e Engenho Mucuripe, Ceará-Mirim.
– Museu da Ribeira, Natal/RN
– Museu Câmara Cascudo, Natal/RN
– Museu de Brasília, Brasília/DF
– Em duas Igrejas de Natal (a da Candelária e no Alecrim) existem obras de sua autoria: um Cristo e um Espírito Santo, respectivamente.
– Com o Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, uma imagem de São Francisco.
– Com o Ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva, uma “Ceia Nordestina”.
– Com a ex-governadora Wilma Maria de Faria, “A Ceia Cultural”, entre outras obras.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

DESTAQUES DA CULTURA POTIGUAR RECEBEM COMENDA DEÍFILO GURGEL


É com imensa satisfação que comunico a familiares e amigos que fomos indicados pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, para na próxima sexta-feira dia 21 de agosto, em sessão solene na Câmara Municipal de Natal, receber a Comenda do Mérito “Folclorista Professor Deífilo Gurgel”. 



Essa honraria nos deixou muito honrado e gratificado, dado a amizade e grande admiração que nutria pelo poeta/folclorista, apesar dos poucos anos que vivenciamos mútuo conhecimento.


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A FEIRA TEM POR FINALIDADE ANGARIAR FUNDOS PARA A CONTINUIDADE DAS OBRAS DE MELHORIA DA INSTITUIÇÃO.

INFELIZMENTE EM NOSSO PAÍS A CULTURA É UMA ATIVIDADE MEDICANTE E O RESULTADO É ISSO QUE ESTAMOS VIVENCIANDO.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

OS ACADÊMICOS DA ACLA SAUDAM CEARÁ-MIRIM, NOS 157 ANOS DE SUA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA.





CAIO CÉSAR CRUZ AZEVEDO – Meu coração bate e ainda semeia vigor em vias que fazem vibrar o meu Ceará-Mirim. O vale todo reverdesce, espraia-se, como um antigo deus protetor vindo das mitologias da terra. A visão é do paraiso. Rogamos para este coração, como para tantos outros, no centro do viver, perpetuar esta cidade, como afirma Madalena Antunes “as cidades não morrem... até mesmo quando caem em ruínas, salva-as arquitetônico do aniquilamento aquela alma fecunda que as revive, por ser consciente que o patrimônio arquitetônico é um livro de pedras, areia e cal a narrar com a escrita do tempo a construção de nossa identidade”.
CLEA BEZERRA DE MELLO CENTENO – É com alegria que saudamos hoje, Ceará-Mirim, lembrando a importância da sua fundação, no Estado do Rio Grande do Norte. Sabemos o quanto a cidade contribuiu para o enriquecimento da região e quanto a exuberância do seu vale encanta a todos os que lá vivem e guardam no coração, com indizível saudade, a lembrança dos dias mais felizes de suas vidas.
Ainda hoje, olhando os velhos bueiros de Ilha-Bela e Santa Terezinha, me invade uma grande emoção com a tristeza de pensar que aquela paisagem está e ficará, apenas, no coração para sempre.
“As coisas findas, muito mais que lindas, elas ficarão” (Carlos Drummond).
CIRO JOSÉ TAVARES DA SILVA – Venho saudar-te, cidade amada, na data do teu aniversário, embora todos os dias guardo-te nas minhas lembranças, recolhidas no vale verde e abençoadas por Nossa Senhora da Conceição. Venho saudar-te com minha alma repleta de saudades, sempre renovadas nas visões dos antigos vultos que partiram. Distante de tuas ruas e de tua gente, chegam-me, milagrosamente, o indelével aroma da cana-de-açúcar e o ruído das moendas dos engenhos que vivos permanecem nas nossas memórias. Venho saudar-te, cidade amada, num tempo em que teus filhos lutam para ver-te ressuscitada como no passado, econômica e culturalmente bela e magnífica.
EMMANUEL CRISTÓVÃO DE OLIVEIRA CAVALCANTI – Na passagem de mais um aniversário da Emancipação Política do Ceará-Mirim devo dizer que, como ceará-mirinense, me sinto orgulhoso de ser seu filho, pelo encanto, pela sedução e fascínio que esta querida terra, palco inesquecível da minha infância, adolescência e maturidade, vem me proporcionando no decorrer de toda minha vida. Como um antigo Menino de Engenho, do velho Jaçanã, hoje de fogo morto, recordo-me dos meus antepassados, que dali com seu trabalho, tiravam o seu sustento e de sua família, e dos dias felizes da minha infância, ali vividos. Quero neste exato dia de comemoração de mais um aniversário da minha querida Ceará-Mirim, homenagear todos os seus filhos, que fizeram, marcaram e deram personalidade e grandeza à velha e tradicional Cidade dos Verdes Canaviais.
FRANKLIN MARINHO DE QUEIROZ – Aos 157 anos de idade, um município é uma criança, consequentemente temos que cuidar dele com o mesmo zelo, amor e responsabilidade que se dedica a um infante. Este é o meu pensamento, esta é a minha atitude para com o Ceará-Mirim. A ternura, a saudade de outrora, da origem do seu povo, da sua aristocracia canavieira, dos seus altos e baixos, não cabem nesta mensagem, para dizer o que penso e o que sinto pela minha terra, mas estou sempre no casarão da antiga rua da Aurora, a disposição de todos, para relatar os fatos históricos desta cidade que eu tanto amo.
Viva ao Ceará-Mirim!
Viva a Nossa Senhora da Conceição!
GERINALDO MOURA DA SILVA – CEARÁ-MIRIM - 157 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA. Era o ano de 1858. Nascia na província do Rio Grande, a Briosa Vila do Ceará-Mirim, que mais tarde se tornaria uma fidalga cidade encrustada num verde e paradisíaco vale. Orgulho de todos nós seus filhos, nativos ou adotivos que sempre a cantaram em verso e prosa. Do adro da matriz de Nossa Senhora da Conceição, admirando o balançar do canavial parece que a Divina Providência quis deixar sua marca indelével de beleza e riqueza em seus vários aspectos. Não no sentido capitalista e materialista, mas uma riqueza cultural, histórica e arquitetônica onde os poetas, músicos e artistas registraram no tempo e na memória de todos o que de mais belo possuímos. Parabéns à nossa terra e aos todos que aqui vivem e que aprenderam a amá-la e sonham sempre com dias melhores sob o manto protetor da Virgem Mãe de Deus.
GIBSON MACHADO ALVES – ENCANTOS DO MEU LUGAR. Lugar de lembranças, de sonhos e, sobretudo, de esperança! Memórias de um tempo que já vai longe, na infância, quando a alegria da meninada, eram as peladas no sítio de Antonio Potengi, o campinho dos irmãos Manoelzinho e Carlos Gusmão, nosso mundo encantado lobatiano apesar da ausência de suas figuras mitológicas. Lá, vivíamos sonhos e momentos de felicidade, brincávamos e criávamos nossas fantasias de crianças e adolescentes, já na fase das resenhas amorosas juvenis. Tantas lembranças de um pequeno e efêmero espaço temporal! Nossa aldeia de menino, tão conhecida e explorada, tornou-se estranha, desconhecida e distante de nossas reminiscências provincianas.
GUSTAVO LEITE SOBRAL - Foi no rio Pequeno ou Baquipe (rio Ceará-Mirim), vindo da fracassada tentativa de achar ouro no Maranhão, que os filhos de João de Barros, donatário da Capitania do Rio Grande, tentaram se estabelecer por volta de 1555, mas encontraram resistência dos índios que ali viviam amigados com os franceses negociadores de pau-brasil. Foi esta a primeira tentativa de colonização portuguesa no Rio Grande do Norte. A história do Rio Grande do Norte assim começa no vale do rio Ceará Mirim, limite do conhecimento geográfico do Rio Grande do Norte até então.
JANILSON DIAS DE OLIVEIRA
Ceará-mirim minha cidade querida
Jamais te esquecerei
Es a razão de minha vida
Para sempre te amarei.
JEANNE ARAUJO SILVA – EM TEUS VERDES ENCANTADOS
Na primeira manhã em que te vi, vestias teu mais lindo vestido em tons de verde, e o vento ondulava sua saia que voava suavemente e me encantava. Foi amor à primeira vista. Meus olhos pousaram sobre os teus e nunca mais quis me ver longe de ti, dos teus encantos e de tua suavidade. Não te toquei naquele dia. Não conheci suas curvas e esquinas. Mas embrenhastes no meu coração e não pude te esquecer um só minuto. Então foi preciso tomar a decisão e voltei. Desta vez, cada vez mais enamorada, voltei pra ficar junto a ti. E o mesmo assombro de sua beleza me encantou os olhos. Os seus tons de verde me feriram os olhos acostumados com o cinza do sertão. A umidade de seus orvalhos umedeceram esses mesmos olhos ressecados de solidão. Eu já não era mais sozinha, eu tinha a ti, que me acolheu docemente.
JOANA D’ARC ARRUDA CÂMARA – Ceará-Mirim eu te parabenizo pelos 157 anos. Seus casarões e seu vale verde, encantam a todos que te conhece. Tenho orgulho de ser filha dessa terra abençoada por Nossa Senhora da Conceição e das figuras ilustres que enriquecem a nossa cultura. Hoje é um dia especial para os Cearamirinenses. Parabéns a todos.
JOSÉ DE ANCHIETA CAVALCANTI – AS PALMEIRAS DO COLÉGIO SANTA ÁGUEDA. Reverenciando o aniversário do Ceará-Mirim.
Eis que se postam altaneiras, com seus leques abertos ao vento, olhando o vale distante em um místico de oração! Quem são elas? São as palmeiras do velho Colégio Santa Águeda! Elas são as únicas palmeiras da minha infância, infância que as viu crescer, encantar os poetas e, depois, muito depois, caírem aos “golpes do machado branco”, no dizer de Augusto dos Anjos e “não mais levantaram da terra”, ainda no dizer do maravilhoso vate paraibano [...] E as palmeiras que já se manifestaram e já se foram, deixaram na alma do menino, o forte sentimento de saudade e de ternura de um tempo bom que não voltará jamais! Parabéns Ceará-Mirim, por mais um aniversário.
JOSÉ EDUARDO VILAR CUNHA – FELIZ ANIVERSÁRIO CEARÁ MIRIM.
Todos nós ascendentes de Ceará Mirim estamos felizes pelos 157 anos de sua emancipação política e, ainda mais satisfeitos, porque nos dias de hoje, o município faz parte da Região Metropolitana de Natal.
JOVENTINA SIMÕES OLIVEIRA – “Ceará-Mirim, hei de lhe ver, jovem e formosa, como uma manhã de sol, vestida de noiva, desposando o progresso...”. Reitero hoje, os mesmos desejos de sucesso formulados pelo meu pai, Percílio Alves de Oliveira, no seu livro O Colecionador de Esmeraldas (1981). Curvo-me diante de você, Ceará-Mirim, cidade que me embalou criança, me acalentou adolescente e me inspirou adulta, me transformando no que hoje sou. Eu lhe saudo, Ceará-Mirim e lhe dedico a minha gratidão eterna e o meu amor incondicional. Parabéns pelos 157 anos de emancipação política.
LEDA MARINHO VARELA DA COSTA - Ceará Mirim é uma terra repleta de fascínio que me faz sentir casada com a Natureza – canavial, mar, rio – onde consigo beber crepúsculos adocicados de mel e me vestir de auroras poéticas.
LÚCIA HELENA PEREIRA (gravado no Hospital da Unimed, onde ela se encontra internada) – Oh povo de Ceará-Mirim, hoje é o teu aniversário de emancipação política, e no meu coração os sinos dobram, os pássaros arribam dos canaviais e dos engenhos os últimos apitos vão executando a nostalgia do tempo. Tu, meu vale lindo, que me viste nascer, não poderia me ver morrer agora. Estou muito bem e te amando sempre. Ceará-Mirim, terra do meu coração!
MARIA DA CONCEIÇÃO CRUZ SPINELI – PARABÉNS A CEARÁ-MIRIM
No dia 23 de março do ano de 1903, Dolores Cavalcanti, filha de Ceará-Mirim, lançava um jornal feminino chamado “A Esperança”, e convidava os presentes a “[...] ir comigo a tantos lugares de paisagens e cenários, ver o rio descer em cheias diluviais: ouvir a voz do canavial, tangido por um sopro de poesia; entrar na matriz e orar a Nossa Senhora da Conceição; descer e subir pelas velhas ruas, onde há de cada um de nós um pouco [...]”. Passados 112 anos, com a mesma Esperança, faço um convite de volta ao passado desejando perspectivas alvissareiras para o futuro, parabenizo a cidade de Ceará-Mirim.
MARIA DAS GRAÇAS BARBALHO BEZERRA TEIXEIRA – Em Ceará-Mirim que se estende para cima e para baixo, nada mais aprazível que o verde do vale, suas ladeiras, suas ruas largas, seus becos históricos, sua arquitetura, seu rio antes caudaloso, hoje assoreado, todavia ainda respirando vida, buscando caminhos, umedecendo terras. Em Ceará- Mirim minha terra centenária os cheiros de açúcar, melado, ocre, argila, massapé, mesclam e lambuzam as lembranças, os amores, a saudade imorredoura. Em Ceará-Mirim de Nossa Senhora da Conceição comemora-se hoje os seus cento e cinquenta e sete anos de lutas e glórias, de muitas histórias, de muitos contos e de muita poesia. SALVE CEARÁ-MIRIM 30/07/2015.
MARIA HELOISA BRANDÃO VARELA – HOMENAGEM AO CEARÁ MIRIM - 157 ANOS. Parabéns ao Ceará Mirim a aos Administradores atuais pelas comemorações. Inspirada no poema Pasárgada, do poeta modernista Manoel Bandeira. Penso que todos têm dentro de si uma Pasárgada. Hoje no meu imaginário, as paisagens fabulosas, a lembrança da cidade nos remete aos tempos de crianças e adolescência e nos faz reviver e renovar, saímos mais jovens, claro no sentido figurado. A mensagem que deixo através do poema Pasárgada é uma homenagem aos presentes e a terra querida de todos nós.
MARIA LEONOR ASSUNÇÃO SOARES – Ceará-mirim, Comemoramos hoje 157 anos de sua emancipação política. É Fácil falar sobre você, minha terra querida, pois há muitos anos desfruto das suas belezas, vibro com suas alegrias e sofro com suas tristezas. Quero, portanto, desejar a você e a todos os seus habitantes muitas felicidades e um futuro promissor. Quero saudar a você, minha terra, saudar seus filhos, vivos e mortos, pedindo a Deus e a Nossa Padroeira, Nossa Senhora da Conceição, que derramem suas benções sobre a nossa terra e sobre o nosso povo. Viva a nossa querida Ceará-mirim!
MÚCIO VICENTE – VALE ORGULHO, PARABÉNS!
Venha conhecer a nossa cidade,
A maior igreja do estado, a casa do barão;
A usina são Francisco; o engenho união
O túmulo da linda Emma; a fazenda nascença.
O banho das escravas, a casa grande do Guaporé,
O olheiro diamante, o engenho verde nasce, a fazenda Igarapé.
Os quilombolas em coqueiros, Capela, matas, mineiros.
Orgulho-me quando falo sempre assim,
Do vale do Ceará-Mirim, dos verdes canaviais.
ORMUZ BARBALHO SIMONETTI – Desembarquei em Ceará-Mirim em 1981, para ficar de 6 a 12 meses. E aqui vivi, nessa bela terra, 23 anos de minha existência. Dispensável dizer que foi amor à primeira vista. Conquistei importantes amizades que perduram até os dias de hoje. Por fim, já aposentado, passei a integrar a valorosa Academia Ceará-mirinense de Letras e Artes “Pedro Simões Neto”-ACLA, instituição que vem se destacando no cenário cultural e artístico do Rio Grande do Norte. A você, Ceará-Mirim, a minha homenagem e o meu preito de gratidão!
PAULO DE TARSO CORREIA DE MELLO – Ceará-Mirim é a poesia das lembranças de infância, Ceará-Mirim sou eu subindo a rua calçada em pedras irregulares, ao fim da tarde. Vestido em um terno azul, levo um presente bem embrulhado e um ramo de saudades roxas que me enfiaram na mão. Vou ao aniversário de uma namorada menina. Neste exato momento o relógio da igreja bate as cinco horas. Continuo escutando pelo resto da vida.
RICARDO DE MOURA SOBRAL - CEARÁ-MIRIM DO MEU CORAÇÃO - “Terra de que ninguém se desprende sem perder o espírito”. Quem ousa acrescentar algo à frase de Nilo Pereira, autor da Manhã da Criação? Diante de ti, terra dadivosa, berço fecundo, pátria afetiva, repouso celestial, curvo-me eternamente grato por desfrutar de sua insuperável beleza natural, da generosidade de seu povo, e pelo legado que me transmitistes dos meus ancestrais, plasmado numa memória presencial entrada no quarto século. Retribuo-te, terra amada, com a minha presença, discreta e silenciosa.
ROBERTO BRANDÃO FURTADO – FÉRIAS EM CEARÁ-MIRIM. Da rua das Trincheiras para a rua da Igreja, era um pulo: dois quarteirões. Lá me esperava a pelada apalavrada com João Palhano e Zé Moreira. Para chegar ao local da lide, bastava pular as bueiras com a ajuda da vara de bambu. Depois do jogo, uma “furtiva” incursão ao sítio de Aurora Barroca, na rua Grande, para usufruir do sabor das uvas do seu bem cuidado parreiral. De volta para casa, passar em frente a casa de Clóvis Soares, dona Corinta de seu Simeão, dobrar na esquina de Chico Leopoldino, sem antes dispensar uma olhadela para a mansão de Valdemar de Sá, vizinha a casa de esquina que morei, perto da padaria de João Neto e no oitão de Dr. Canindé. A noite, duas opções: jogar sinuca com Pedro Champirra, no Café de Cleto, sob os olhares de Coronel Pinto e de Vital Correia ou ir ao cinema de Jorge Moura, assistir um episódio de Besouro Verde.
Que boa era a infância!

segunda-feira, 20 de julho de 2015

O IHGRN ABRE SUAS PORTAS PARA REGISTRAR O CENTENÁRIO DO AMÉRICA FUTEBOL CLUBE - 14-7-1915

Por solicitação dos dirigentes do América Futebol Clube, o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte realizou sessão solene para registrar a passagem dos 100 anos de fundação do Clube alvirubro, ocorrida nas cercanias do próprio Instituto no dia 14 de julho de 1915.





 A sessão foi presidida pelo Vice-Presidente Ormuz Barbalho Simonetti em razão de problemas de saúde ocorridos com o Presidente Valério, participando da Mesa dos Trabalhos os ex-Presidentes Fernando Nesi, Jussier Santos e o Presidente em exercício Hermano Morais, além dos Secretários do Instituto Carlos Gomes e Odúlio Botelho e o representante do Prefeito de Natal, Dr. Luiz Eduardo Machado, Secretário de Esporte e Lazer .
 O auditório ficou lotado, além de grande contingente de americanos e americanas que assistiram a solenidade em um telão colocado no Largo Vicente de Lemos


Para falar pelo Instituto o Presidente Valério Mesquita designou o Secretário Geral e torcedor do América, escritor e pesquisador Carlos Roberto de Miranda Gomes, que fez alguns registros interessantes, dos quais resumidos os seguintes:


Fundação do América Foot Ball Club
e fundadores

Apesar dos precários registros documentais, é absolutamente exato que o clube foi fundado no dia 14 de julho de 1915, feriado nacional comemorativo da “Queda da Bastilha”, na França, fato ocorrido ironicamente na residência do Desembargador Joaquim Homem de Siqueira Cavalcanti (não apreciava futebol), situada na Rua Vigário Bartolomeu, possivelmente nº 565, antiga Rua da Palha na Cidade Alta, precisamente em uma dependência onde ocupavam os irmãos Carlos e Oscar, que dava para o Beco da Lama, depois Rua Vaz Gondim (há indicações dos nºs  598 e 600) e hoje Rua Professor José Ivo, onde se reuniram 15 desportistas. Hoje o imóvel não tem mais fundos para o Beco da Lama, pois foi vendida uma parte para loja que fica na Rua Ulisses Caldas, esquina com o Beco).

O novo clube recebeu inicialmente o nome de América Foot Ball Club, expressão inglesa muito em voga, quinze dias depois da fundação do ABC que, no futuro, tornar-se-ia o seu principal adversário.

Acrescente-se, por oportuno, que antes da data da fundação oficial houve uma reunião preparatória realizada informalmente no dia 11 de julho na residência do Senhor Manoel Coelho de Souza (Inspetor da Alfândega), localizada à Rua Nova, que contemporaneamente recebeu o nome de Av. Rio Branco, local onde posteriormente funcionou, por muito tempo, a Livraria Universitária. Foi nessa reunião preliminar que se aprazou a fundação oficial para o dia 14, por ser feriado nacional. (Informações colhidas de depoimentos que afirmam ter sido declaração do Doutor Oscar Siqueira). Contudo, tendo por base declarações do grande desportista e americano Gil Soares, nessa fundação teriam comparecido 27 jovens nas dependências onde servia de sala de estudos dos irmãos Coelho, inclusive Manoel Coelho Filho teria participado da primeira diretoria presidida por Getúlio Soares.

Certamente essa diferença entre 15, 27, 34, 36 ou 38 fundadores se justifica pelo do fato de que nem todos estiveram numa única reunião ou assinaram a lista de presença, mas que se agregaram nas seguintes até o registro do estatuto, situação muito comum na fundação de entidades. Assim, damos fé a todas as versões, haja vista que o ocorrido não descaracteriza o grande número de desportistas interessados na criação do América, ficando assim a relação, pela ordem alfabética:

São fundadores nas versões comparadas de Gil Soares, Oscar Siqueira, José Rodrigues de Oliveira, Miguel Leandro, Carlos Barros, Lauro Lustosa, Fernando Nesi e Luiz G.M.Bezerra:

1 – ABEL VIANA, estudante e foi proprietário de uma das mais tradicionais padarias de Natal;
2 – AGUINALDO CÂMARA, conhecido por “Barba Azul”, irmão da Profª Belém Câmara;
3– AGUINALDO FERNANDES DE OLIVEIRA, filho do Des. Luiz Fernandes;
4 – AGUINALDO TINOCO, filho do Cel. João Juvenal Pedrosa Tinoco, chefe da firma Pedrosa & Tinoco & Cia.;
5 – ANIBAL ATALIBA, filho do velho Ataliba, da Estrada de Ferro Central /RN e grande amigo do trovador João Carlos de Vasconcelos;
6 – ANTONIO BRAGA FILHO, empregado da “Casa Lotérica”, de Cussy  de Almeida;
7 – ANTONIO DA ROCHA SILVA (Bidó), cunhado do falecido Aurélio Machado França, funcionário federal;
8 – ANTONIO TRIGUEIRO, empregado da Loja “O Amigo do Povo”, de Felinto Manso, na Praça do Mercado, Cidade Alta;
9 - ARARY DA SILVA BRITO, funcionário do Ministério da Fazenda, Oficial Administrativo da Alfândega/Natal e de Tributos Federais da Alfândega/RJ;
10 - ARMANDO DA CUNHA PINHEIRO, filho do Prof° João Tibúrcio e falecido como tenente do Exército;
11 – AUGUSTO SERVITA PEREIRA DE BRITO (Pigusto), funcionário do Departamento de Segurança Pública do Estado;
12 - CAETANO SOARES FERREIRA, amazonense e irmão do 2° Presidente Getúlio Soares Ferreira;
13 – CARLOS DE LAET, filho de João Antonio, da Brigada do Exército;
14                    – CARLOS FERNANDES BARROS, fiscal de Consumo, aposentado;
15 – CARLOS HOMEM DE SIQUEIRA, funcionário da Estrada de Ferro Central do Brasil/RN;
16 – CLINIO BENFICA, estudante, nascido em Baixa Verde (hoje João Câmara);
17 – CLOVIS FERNANDES BARROS, comerciário, passou a residir em Recife/PE;
18 – CLODOALDO BAKKER, estudante e funcionário federal;
19 - EDGAR BRITO;
20 - EUCLIDES OLIVEIRA, nome acrescentado pelo tabelião Miguel Leandro;
21 - FRANCISCO LOPES DE FREITAS, chefe do expediente da Prefeitura de Natal e do Dep. De Finanças e campeão de bilhar em Natal, amante do remo e apontado como 1º Presidente do América no período de 14/7 a 14/12/1915.  Assinala-se o nome de FRANCISCO LOPES TEIXEIRA também apontado como 1º Presidente, o que nos leva a acreditar, pela similitude do nome, se trate da mesma pessoa;
22 – FRANCISCO PEREIRA DE PAULA (Canela de Ferro), estudante e funcionário público;
23 – FRANCISCO REIS LISBÔA, estudante falecido ainda jovem;
24 – GETÚLIO SOARES FERREIRA, 2° Presidente do América por eleição direta por aclamação (15/12/15 a 14/12/16). Era campeão de Natação pelo Centro Náutico Potengi, tendo treinado para uma das Olimpíadas. Amazonense, ingressou no Banco do Brasil e serviu em Natal;
25 - JOAQUIM REVOREDO, nome apontado pelo tabelião Miguel Leandro;
26 – JOÃO BATISTA FOSTER GOMES SILVA (Padaria), funcionário de “A República” e responsável pela cobrança/América;
27 – JOSÉ ARAGÃO, estudante e funcionário público;
28 – JOSÉ ARTUR DOS REIS LISBÔA, estudante, irmão de Francisco, ambos filhos do Capitão do Porto, Reis Lisboa, intelectual, foi Delegado de Policia em Recife;
29 – JOSÉ FERNANDES DE OLIVEIRA (Lélio), estudante. A família residia no “chalet” da av. Rio Branco, onde morou o Dr. Solon Galvão, esquina com a rua Apodi;
30 – JOSÉ LOPES TEIXEIRA, comerciário e irmão de Francisco Lopes Teixeira (de Freitas), 1° Presidente eleito, por aclamação, na reunião de fundação;
31 – LAURO DE ANDRADE LUSTOSA, empregado da firma Olimpio Tavares & Cia.;
32 – LUCIANO GARCIA, estudante, posteriormente funcionário público;
33 – MANOEL COELHO DE SOUZA FILHO, estudante, que muito se esforçou para as atividades do clube. Faleceu no Rio de Janeiro;
34 – MARIO MONTEIRO, irmão do falecido telegrafista Orlando Monteiro.  Trabalhava no semáforo da torre da Catedral;
35 – NAPOLEÃO SOARES FERREIRA, irmão de Getúlio e Caetano Soares Ferreira;
36 – OSCAR HOMEM DE SIQUEIRA, estudante, atleta e Presidente do América, que alcançou o alto posto de Desembargador, como seu pai Joaquim Homem de Siqueira;
37 – SIDRACK CALDAS, irmão de Abdenego Caldas, figura ilustre da cidade;
38 – VITAL BARROCA, eleito Vice-Presidente para a segunda gestão, iniciada em 15/12/1915.

      No encerramento da sessão aconteceu um fato inusitado: O orador da noite, escritor Carlos Gomes pediu a palavra e leu os primeiros versos do Hino Oficial do América e em seguida indagou se alguém conhecia, gerando um rebuliço na platéia pois os torcedores tinham acabado de entoar o hino no final da missa que antecedeu a solenidade. Então o orador disse, pois um dos autores do hino está aqui no recinto e ao se apresentar o empresário musical HILTON ACIOLI foi aplaudido de pé e em seguida suportou uma maratona de fotografias com os presentes. Foi um momento de total contentamento, coroando um dia de comemorações. Um pouco da história:

O hino oficial, assim reconhecido pela família americana e constante do seu site oficial é a composição dos componentes do Trio Marayá - letra de Behring Leiros e Hilton Acioli e música de Marconi Campos, com a denominação “Eu sou América”:
 
Eu sou América
Marcha
Música: Marconi Campos
Letra: Behring Leiros e Hilton Acioli
Int.: Trio Marayá

Ficha Técnica
Gravação Especial -
Compacto Simples  PCS 40.006  de 1973
Gravado no Estúdio Eldorado em São Paulo-SP
Técnico Flávio Augusto - Marcus Vinícius- Luiz Carlos
Uma promoção Exclusiva da S. S. Propaganda LTDA
Natal.


O nosso time mostra a sua raça no jogo,
É o América, América
Vai conquistando o coração do povo no jogo,
E na torcida eu sou América
Eu sou América e tenho orgulho de ser,
Porque o América em tudo é o melhor
É alegria no esporte e no futebol
América, América (Bis)
Meu coração vibra nas suas cores
Eu sou América, América
É uma canção que canta mil amores, enfim,
Cantou América, América
Vamos em frente gente Americana
Mostrar que o nosso time entrou pra valer
Bola pra frente, quero ver jogando pra ganhar
América, América (Bis)

Outra Gravação Especial – Pedrinho Mendes
CD  - América é sucesso  ao Vivo  - Ano 1998
Gravado no Estúdio Companhia do Som-RN (Lula)
Técnico Eli Medeiros
Produzido por Alex Padang - Natal.
Fonte Acervo da Música Popular (Leide Câmara)

O produtor Hilton, ladeado pela escritora Leide Câmara, Odúlio Botelho e Carlos Gurgel, os dois últimos membros da Comissão de Recepção, juntamente com o orador da solenidade.
O Presidente Hermano Morais com Hilton Acioli e Leide Câmara

O público aplaude o ilustre visitantes e o fez por tempo demorado, inclusive todos ficaram de pé e felizes.

Foi uma solenidade histórica e importante para as duas Instituições - IHGRN e o Centenário América Futebol Clube (1915-2015.

Do blog do IHGRN.